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    Portugal na União Europeia
   
 
 
 
 
 
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	Grã-Bretanha: Um 
	membro incómodo? 
	Desde a sua 
	adesão, em 1973, à CEE tem mantido uma singular coerência na sua política. A 
	actual União Europeia, como a anterior CEE é para a Grã-Bretanha uma 
	organização de estados soberanos, cujo único objectivo aceitável é a 
	facilitação das trocas comerciais. Tudo o mais é dispensável.  Mais    | 
	 
	
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	EUA - EUROPA 
	Os EUA viram na Europa, 
	depois da 2ª. Guerra Mundial (1939-1945), um enorme "mercado protegido" para 
	as suas empresas. 
	É lógico que tenham apostado na estabilidade política da Europa, pois isso 
	garantia o escoamento das suas exportações, dando aos EUA uma grande 
	prosperidade. Os EUA receberam enormes reservas de ouro da Europa. A criação 
	da CECA (1951) e depois da CEE (1957) foi apoiada, embora sem entusiasmo, 
	pelos EUA.     
	O sucesso da CEE nos anos 60, 
	com o consequente aumento das exportações de produtos deste bloco económico 
	para os EUA causou-lhes alguma preocupação. O défice comercial dos EUA 
	não parou de aumentar. A resposta americana não se fez esperar: o dólar 
	deixou de ser convertível em ouro, em 1971, mas continuou a ser imposto como 
	moeda usada no comércio internacional.   Mais 
	Comércio Livre 
	EUA-UE 
	O acordo 
	estava a ser negociado em segredo desde 2012, mas só em 2013 se ouviu falar 
	dele. O principal objectivo é criar um grande "bloco económico", com mais de 819 
	milhões de consumidores (506 da UE e 313 dos EUA), para estimular o seu 
	crescimento económico. Outro objectivo geo-estratégico é fazer 
	frente à expansão dos chamados BRIC (Brasil, Rússia, India e China), 
	dificultando-lhes o acesso a estes mercados. Em contrapartida, os europeus, 
	garantem a continuidade como moeda do comércio internacional e facilitam a 
	entrada de produtos agrícolas do EUA, etc. Mais  |  
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   Rússia - UE 
	A antiga União Soviética 
	encarou a CEE/UE sempre como uma ameaça: era o símbolo do capitalismo, cujo 
	prosperidade contaminava a Rússia e os seus países satélites. A situação 
	pareceu mudar, em 1989, em consequência da queda do Muro de Berlim e o fim 
	da antiga União Soviética e a libertação dos seus países satélites. 
	Chegou-se mesmo a falar que a Rússia pudesse vir a integrar a UE, mas 
	rapidamente o equivoco se desfez, quando vários do bloco soviético, pediram a 
	adesão à UE. Mais
	 
	
	  
	
	Igreja do Sangue Derramado, em 
	Moscovo. Foi construída em 1881 no local onde foi assassinado o Czar 
	Alexandre II  
	A Estratégia 
	da UE-EUA face à Rússia 
	O atual conflito da UE face à 
	Rússia, numa perspectiva histórica, nada tem de novo. É simplesmente a 
	continuidade de um objectivo que desde o século XVIII é regularmente 
	prosseguido: enfraquecer ou mesmo aniquilar a grande potência que se criou a 
	leste da Europa. Mais  |  
	
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	A China à Conquista 
	da Europa 
	Grande 
	potência até a século XVIII, humilhada pelos europeus no século XIX, e pelos 
	japoneses no século XX, acordou de novo a partir dos anos 80 do século XX, 
	abraçando um modelo de capitalismo sem regras.  
	Com a 
	abertura da China ao mundo, os EUA, a UE e vários países asiáticos (Coreia 
	do Sul, Japão) viram na mão de obra chinesa (abundante e barata), uma 
	incrível oportunidade de ouro para fazerem grandes negócios. As suas 
	unidades de produção foram deslocadas para a China, que rapidamente se 
	converteu na grande fábrica do mundo. A exportação em massa de 
	produtos "made in China", permitiu-lhes acumular enormes reservas dólares, e 
	mais recentemente de euros. Mais 
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Fotografia de Yannis Behrakis, 
fotógrafo da agência Reuters (2015) 
O 
Drama dos Refugiados que Abalou a Europa 
A fuga em massa 
de centenas de milhares de pessoas dos países muçulmanos para a União Europeia 
evidenciou aquilo que já todos sabíamos:  a palavra solidariedade tem pouco 
valor entre os estados membros.  
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 A Questão da Identidade 
Europeia 
A Europa, berço de muitas civilizações e da própria
democracia foi ao longo do século XX o palco de muitas guerras e dos mais
ferozes regimes totalitários onde  a barbárie ultrapassou todos os
limites. Uma das coisas que os europeus aprenderam nas últimas décadas, foi a
de que a paz e a democracia não são conquistas definitivas, exigem pelo
contrário um empenho constante de todos os cidadãos na sua preservação e
aprofundamento. A cidadania da união Europeia tem sido forjada neste paradigma. Mais 
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 Matrizes do Pensamento 
Ocidental 
Aquilo que designamos por Cultura 
Ocidental não passa de uma construção ideológica que ao longo dos séculos os 
europeus foram formando para se distinguirem dos outros povos, nomeadamente os 
orientais. Mais  | 
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Marcos
Históricos da Construção Europeia 
A Ideia de unir todos os povos da Europa tem mais
de dois mil anos. Os que a tentarem concretizarem, recorreram quase sempre à
força, provocando enormes matanças. A ideia de construir pacificamente esta união é
muito recente, continuando a despertar as maiores desconfianças em muitos europeus.
Mais  | 
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Um Improvável Império: União Europeia
 A União Europeia (UE) é uma
associação (voluntária) de países que foram antigos impérios ou que
resultaram da fragmentação de impérios. Todos eles tem uma longa história de
guerras entre si pela conquista da Europa, mas também do mundo. Guerras que
custaram a vidas a centenas de milhões de pessoas. 
Mais   | 
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 Federalismo à Força 
Os chamados "pais" da União 
Europeia, como Jean Monnet ou Spinelli, ainda durante a II Guerra Mundial 
(1939-1945), defenderam que a única forma da Europa evitar as guerras internas 
era criar uma "federação", uma entidade supranacional que governasse todo o 
continente. A CECA-Comunidade 
Europeia do Carvão e do Aço (1951)
foi a expressão mitigada destas ideias federalistas, mas que se 
irão traduzir na criação da 
 CEE- Comunidade Económica 
Europeia (1957). Os anos 60 e setenta foi pouco propício às ideias federalistas, 
que receberam a partir dos anos 80 um decisivo impulso.  
Mais.   | 
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 Defesa Comum 
É corrente 
dizer-se que o principal inimigo dos europeus são eles próprios, e a sua longa 
tradição de guerras devastadoras. Apesar da formidável obra que tem sido a União 
Europeia, a verdade é que a desconfiança é enorme entre os estados-membros. 
Existe inúmeros conflitos latentes (históricos) os mantém permanentemente alerta 
com os seus vizinhos.
 
Nesse sentido, todas as tentativas para criar uma força militar conjunta, ou 
coordenar a política externa tem terminado num completo fracasso. Em matéria de 
defesa, o princípio básico, continua a ser cada uma assegurar a sua própria 
defesa, deixando para os EUA a defesa global. Mais 
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A Construção do "Estado" 
Europeu 
Quem hoje visita 
a "cidade da UE" em Bruxelas, quando a UE está mergulhada numa profunda crise, 
não deixa de ficar surpreendido com a dimensão das edifícios comunitários já 
construídos e aqueles que estão em construção. Dir-se-ia neste domínio, o das 
infra-estruturas que a UE respira dinamismo, o que se reflecte num orçamento 
de funcionamento cada vez mais elevado. 
 Este movimento 
construtivo reflecte um outro fenómeno mais significativo no seio da UE: a 
centralização das esferas de decisão comunitárias, num grupo cada vez mais 
restrito de pessoas, não eleitas, em Bruxelas.  
 Alguns teóricos 
(anti-democratas) falam de um fenómeno inevitável de desterritorialização da 
política, reflexo da globalização, desmaterialização da produção, do 
ciberespaço, etc. O sistema democráticos, como os conhecemos estariam desta 
forma condenados a desaparecer. 
 Os representantes 
escolhidos pelos cidadãos deixaram de ter qualquer poder efectivo sobre um dado 
território, quem agora toma as decisões são entidades difusas, anónimas, que 
actuam em organizações supra-nacionais e em última instância nos 
mercados.   
 A UE seria aliás 
o melhor exemplo desta desterritorialização da política. Os parlamentos 
nacionais, onde antes se tomavam as  grandes decisões sobre os países, 
desde 2010 foram reduzidos nas suas competências nucleares. O chamado Eurocid 
-"Semestre europeu" (aprovado a  7 de Setembro de 2010), alterou uma 
longa tradição dos estados democratas europeus: a aprovação do orçamento. 
.As linhas orientadoras dos 
orçamentos (e programas) de governo são agora previamente elaborados pelos 
burocratas da UE (Janeiro), que as submetem depois ao Conselho Europeu (Março). 
Os  governos têm que elaborar os respectivos orçamentos com base nestas 
orientações, e negociar alterações com os burocratas da Comissão Europeia 
(Abril). 
 No caso 
português, por exemplo, o orçamento quando é apresentado pela primeira vez na 
Assembleia da República para discussão (Outubro) já foi discutido e aprovado em 
Bruxelas ! Aos inúteis deputados apenas resta mostrarem a sua inutilidade, lerem 
e aprovarem aquilo que já está aprovado. 
Neste processo, o papel dos 
parlamentos nacionais, mas também o do parlamento europeu é irrelevante ou nulo. 
As decisões estruturantes são tomadas por anónimos burocratas da UE. Mais  | 
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 Futuro da UE 
A crise do Euro, 
depois de 2008, gerou um novo jogo: prever o futuro da UE. O economista Gavyn 
Davies, antigo quadro da Goldman Sachs, em 2011, divulgou quatro cenários 
possíveis, que com algumas alterações têm servido de inspiração para outros 
exercícios futurológicos semelhantes. Mais  | 
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 A Ameaça Alemã 
A ideia de uma União Europeia 
está ligada à tentativa de controlar os impetos expansionistas da Alemanha, que 
estiveram no século XX na origem de duas guerras mundiais, que provocaram a 
morte de mais de 70 milhões de pessoas. 
Mais As Duas Alemanhas 
A ideia de um 
"Império Europeu" é um dos mitos mais persistentes nos países germanófonos  
(Alemanha, Austria), mas também nas regiões onde existentes importantes 
comunidades de falantes desta língua (Suíça, Luxemburgo, Bélgica). 
A própria 
propaganda oficial da União Europeia, sob influência germanófona, com alguma 
frequência estabelece remonta a origem da União Europeia ao ano 800, 
quando Carlos Magno (Charlemagno, Great Karl) funda o 
Sacro-Império Romano- Germânico, o Iº. Reich. A ideia de um Império sob a 
égide de um imperador germano irá alimentar durante séculos inúmeras 
guerras. Mais 
  
A Alemanha tentou 
conquistar a Europa por duas vezes (1914-1918 e 1939-1945) e fracassou. Hoje, 
para muitos analistas, procura dominar a Europa através da EU e do Euro. 
 
BCE, um banco alemão? 
Foi sem qualquer 
surpresa que se ficou a saber, em Agosto de 2013, que a Alemanha, assumindo-se 
como uma potência hegemónica no seio da UE, havia lucrado 41 mil milhões de 
euros com a crise da divida soberana dos chamados países periféricos. 
 Este lucro obtido 
pelo estado alemão só foi possível graças a uma ação concertada com Banco Central 
Europeu (BCE), responsável pala gestão do euro, e que se encontra sediado em Frankfurt (Alemanha). 
As 
orientações vieram do Deutsche Bank, sediado igualmente em Frankfurt.  
Mais 
Alemanha contra o EURO 
Para o comum dos cidadãos europeus é difícil perceber porque a 
Alemanha constitui um perigo para os países que adoptaram o Euro. As acusações 
que lhe são feitas, numa perspectiva alemã são interpretadas como elogios... 
Mais 
A Grécia e a Afirmação 
da Hegemonia  Alemã 
Se falência do 
Lehman Brothers Holdings Inc (Setembro de 2008), nas suas ondas de choque por 
todo o mundo, descobriu as enormes fragilidades dos países que haviam adoptado a 
moeda única - o euro (2002). Estas economias caminharam rapidamente para a sua  
insustentabilidade, ao abandonarem a produção de bens transacionáveis, 
passando a viver do comércio de bens importados e do crédito barato, e 
das transferências da UE. A divida dos Estados, familias e empresas não 
tardaram a atingir valores incomensuráveis.  
A Grécia foi, 
neste contexto, onde esta política maior impacto registou. A construção e 
reparação naval, por exemplo, da sua gigantesca marinha mercante 
(controlam entre 15% e 20% da tonelagem da marinha mercante mundial) 
foi praticamente abandonada. Os 
próprios armadores gregos passaram a operar fora da Grécia, onde no entanto a 
marinha mercante não paga impostos. A cultura da produção foi substituída pela 
da importação, consumo. O crédito barato permitiu a expansão do consumo interno, 
concessão de benefícios sociais, realização de eventos de grande dimensão (Jogos 
Olímpicos, 2004), grandes investimentos em armamento, etc. Como se tudo isto não 
bastasse, a Grécia tem um sistema partidária de características mafiosas, 
muito semelhante ao que existe em Portugal, o que contribuiu para o desvario das 
contas públicas.  Mais  | 
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	 Portugal à 
	Venda 
	
	  
	Num gesto 
	simbólico um grupo de cidadãos no dia 26 de Junho de 2015 colocou em dezenas 
	de edifícios públicos, como a Assembleia da República uma faixa com a 
	palavra "vendido". Desde 2011 que o actual governo de direita, sob as ordens 
	da UE-FMI tem vendido ao desbarato empresas, edifícios e terrenos públicos 
	alegadamente para pagar uma dívida que não para de aumentar. O saque tem 
	sido completo. Mais 
Endividamento 
Externo de Portugal 
A crise económica
que ocorreu em 2008, revelou um grave problema da economia portuguesa: o
país estava a gastar muito mais do que a riqueza que produzia. 
 
 Para manter e
melhorar o bem estar das famílias e promover o desenvolvimento económico não parou de
se endividar ao exterior. 
As dívidas do
Estado, famílias e empresas representavam em finais de 2008, cerca de 300% do
PIB. Um
fenómeno comum à maioria dos países desenvolvidos, mas que em Portugal
atingiu enormes proporções. Mais  Condenados ? 
	
	Estará Portugal condenado 
	historicamente a ser um país pobre? O atual primeiro-ministro de Portugal - 
	Pedro Passos Coelho - anunciou como um dos objectivos do seu governo 
	empobrecer os portugueses. Mais 
	Portugal na 
	Construção da União Europeia (I ) 
	Portugal embora não tenha
participado na IIª. Guerra Mundial (1939-1945), não deixou de estar envolvido
nos movimentos que lhe sucederam no sentido de se criarem na Europa organizações
de cooperação entre os vários Estados.  
	A manutenção das suas colónias de
Portugal em África, Ásia e Oceânia rapidamente se tornaram num obstáculo a
esta cooperação, acabando por isolar progressivamente o país no contexto
internacional.  
	A partir dos anos 60 a situação tornou-se insustentável. A
manutenção das colónias, com tudo o que elas implicaram, representou um
obstáculo brutal ao desenvolvimento numa fase de expansão económica do mundo
ocidental. Mais Portugal na 
	Construção da União Europeia (II) 
	
Portugal após a entrada na CEE
(actual UE), em Janeiro de 1986, deu alguns contributos decisivos para a
construção de um novo modelo supra-nacional na Europa.  
	Um dos melhores
momentos para assinalar o que tem sido a estratégia portuguesa tem analisar
aquilo em que se tem empenhado nas várias presidências (1992, 1999 e
2007). Mais História da Adesão 
	de Portugal à CEE 
	O incremento da 
	cooperação entre os vários países europeus após a II Guerra Mundial foi 
	atentamente seguido pela ditadura em Portugal (1926-1974).  
	O ditador 
	Salazar, apesar de defender uma via isolacionista foi obrigado pela 
	circunstâncias, a aderir de forma mitigada a este movimento integrador 
	europeu. Portugal, por exemplo, em 1948 foi um dos fundadores da OECE- 
	Organização para a Cooperação Económica, futura OCDE, cujo objectivo era
	
	
	
	promover a cooperação entre os países membros e coordenar a distribuição dos 
	fundos do 
	Plano Marshall e promover as relações económicas 
	
	económicas entre os estados membros e os 
	EUA.   
	
	Mais   
Emigrantes Portugueses Vítimas de Racismo e 
Escravatura em países da União Europeia 
. 
Desiluda-se quem pensar que os 
cidadãos europeus estão mais seguros contra o racismo e a escravização quando 
migram na própria comunidade. Tomando apenas como referência o que acontece as 
cidadãos portugueses na UE o panorama é aterrador. 
Mais Portugal: as lições da 
UE 
O papel de 
Portugal na UE continua a ser uma questão irrelevante para a esmagadora maioria 
dos portugueses. Antes da crise de 2008, o debate sobre a UE em Portugal 
cingia-se quase sempre as duas questões fundamentais: a boa ou má aplicação dos 
financiamentos comunitários e as algumas bizarrias das exigências das directivas 
comunitárias, nomeadamente em termos de consumo.  
Mais  |  
	
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. | 
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Gravura do séc. XVII. Filipe IV de 
Espanha deu a Miguel de Vasconcelos e Brito, um nobre português, plenos poderes 
para aplicar à população portuguesa pesados impostos. Ordem que cumpriu 
fielmente, arruinando ainda mais Portugal. No dia 1º de Dezembro de 1640, quando 
um corajoso grupo de portugueses entrou no Paço Real de Lisboa, escondeu-se 
dentro de um armário. Descoberto foi morto e atirado à rua numa janela do paço.
 
O governo de Portugal 
liderado por Passos Coelho (2011-2015), retirou da lista de feriados nacionais o dia 1º. de 
Dezembro.  
1986 = 1580 ? 
A história não se 
repete, mas num país tão antigo como Portugal, não faltam situações 
aparentemente semelhantes ao longo da mesma.  
Foram muitos os 
que em 1580, viram imensas vantagens em Portugal passar a fazer parte da 
Espanha, e nas duas primeiras décadas, muitos dos seus objectivos foram 
concretizados. O casamento parecia perfeito. 
Os traficantes de 
escravos, conseguiram o monopólio do tráfico para as Indias espanholas 
(América). A burguesia mercantil obteve parte do ouro e da prata das indias que 
necessitava para o comércio internacional. A alta nobreza, como a Casa de 
Bragança, viveu uma fase de opulência.  A Inquisição Portuguesa, e a vasta 
clientela de nobres e clérigos que alimentava com os seus saques aos hereges e 
"judeus", reforçou o seu poder ao associar-se à Inquisição espanhola, mais 
antiga e experiente. 
Os vários 
governos de Portugal, durante o domínio espanhol, foram entregues a uma casta 
social, ligada às famílias mais tradicionais do reino. Os seus membros 
desfrutavam na corte espanhola de enormes privilégios e reconhecimento pelo 
trabalho realizado em Portugal.  
Findo o período 
de "encantamento" (cerca de 18 anos), os portugueses são confrontados com uma 
dramática factura: o seu império colonial estava a ser tomado pelos ingleses, 
holandeses e franceses. A sua magnifica marinha havia sido destruída. A sua 
poderosa rede de comércio internacional havia desaparecido. As camadas da 
população mais dinâmica estavam em fuga do país perseguidas pela Inquisição. Os 
impostos aumentavam brutalmente. O recrutamento militar para ocorrer as guerras 
espanholas, provocava uma verdadeira sangria na força do trabalho disponível.  
A fome não tardou alastrar por todo o reino, perante a indiferença dos 
sucessivos governos fieis servidores dos interesses estrangeiros. Quanto mais 
eram odiados pela população, mais fiéis se mostravam para com a corte espanhola. 
Mais   | 
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	. Alex 
	Ballaman 
	Católicos versus 
	Protestantes, Norte versus Sul 
	Numa obra 
	mundialmente famosa - A ética protestante e o "espírito" do 
	capitalismo (1904/5) - , Max Weber, traçou as fronteiras 
	económicas da Europa depois do século XVI: o sul, onde predomina o 
	catolicismo, era o espaço dos perdulários, esbanjadores, iletrados, 
	preguiçosos, gente com uma forte aversão ao trabalho e poupança. O norte, 
	onde predomina o protestantismo era espaço do empreendorismo, poupança e 
	trabalho. Esta divisão era definida pela religião, mais 
	especificamente, por duas visões cristãs diferentes sobre o trabalho e o 
	lucro. Mais  |  
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	Grandes  e 
	Pequenos  
	Se em teoria 
	a UE todos os estados-membros (28) são iguais, a verdade é que a realidade é 
	muito mais complexa.  
	Embora a UE não possua nenhuma super-potência como os 
	EUA, a China ou a Rússia, tem três potências regionais: a Alemanha,
	Grã-Bretanha e a França, mas que há muito deixaram de ter uma 
	capacidade de intervenção global. No quadro da UE o poder de decisão, 
	sobretudo da Alemanha, é decisivo. O Tratado de Lisboa consagrou o poder 
	destes estados no seio da UE.. Mais  |  
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	Democracia na União 
	Europeia 
	A União Europeia (UE), apesar de 
	todos os avanços feitos para a aproximar dos cidadãos europeus, está longe 
	de ser uma organização supra-nacional democrática. Os seus principais orgãos 
	- Parlamento Europeu, Conselho Europeu, Conselho da União Europeia, Comissão 
	Europeia, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça, Banco Central Europeu - estão completamente 
	desligados dos cidadãos da UE. 
	 
	Estamos perante uma organização 
	supra-nacional, cujo poder e dimensão não pára de aumentar. Conta 
	actualmente com mais de 43 mil funcionários (2012), a maioria dos 
	quais oriundos das regiões onde estão instalados os seus principais centros 
	de decisão. Os ordenados e privilégios de todos os que trabalham para a UE 
	são um verdadeiro escândalo público. Mais  |  
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	Lóbis e Corrupção na 
	UE  
	Dada dimensão do 
	mercado económico da UE - 503, 7 milhões de habitantes (27 Estados, 2012),  
	e a enorme centralização das suas decisões - 75% da legislação nacional é 
	proveniente da UE -, é natural que nos seus principais centros de decisão 
	(Bruxelas e Estrasburgo), pululem os grupos de pressão (lóbis) para 
	influenciar directa ou indirectamente as decisões e a legislação 
	comunitária. 
	 Calcula-se que 
	só em Bruxelas existem cerca de 15.000 a 20.000 lobistas que a trabalhar 
	para países, regiões, empresas, organizações patronais e sindicais, 
	associações de cidadãos, ONGs, etc. 
	 O estado Alemão 
	é um dos que mais investem nesta pressão sobre os orgãos de decisão da UE. 
	Mais de 200 funcionários do Parlamento Alemão  (Bundestag), 
	por exemplo, trabalham 
	junto do Parlamento Europeu a 
	recolherem e tratarem informação, de modo a anteciparem-se a qualquer 
	decisão. Não é por acaso, que as sedes dos principais centros de decisão da 
	UE estejam situados junto à fronteira da Alemanha, de forma a permitir um 
	mais fácil controlo. 
	 Em resultado dos 
	enormes negócios envolvidos, a corrupção no seio da UE atinge hoje todos os 
	níveis, desde comissários, altos dirigentes, deputados até aos simples 
	funcionários. Um número crescente deles têm sido demitidos ou demitem-se, 
	como o comissário John Dalli, responsável das pasta da saúde e defesa do 
	consumidor (Outubro de 2012). A maioria dos corruptos, depois de fazer o 
	respectivo "serviço" nas estruturas da UE, transfere-se para as 
	empresas que os subornavam. Mais    |  
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	A Europa no Mundo 
	O discurso 
	sobre a decadência da Europa não é novo. A novidade está no facto de que no 
	passado, se falava de decadência cultural, e hoje se fala sobretudo de 
	decadência económica e política. A Europa, o "museu do mundo", assumiu a 
	sua irrelevância internacional vivendo de recordações de um passado 
	"glorioso".  
	Ao longo do século XX foram 
	constantes os sinais desta decadência: a resolução da Iª Guerra Mundial (1914-1918) e 
	depois da 2ª. (1939-1945), embora tenham começado na Europa, só terminaram, 
	em grande parte, devido à intervenção de uma potência externa - os EUA. Nada 
	disto foi, no entanto, suficiente para abalar a confiança dos europeus na Europa, 
	mergulhados que estavam num discurso europocentrico.  
	A "crise 
	europeia" começou nos anos 80 do século XX, com aquilo 
	que se denominou chamar de "globalização". Uma conceito que mascara todavia 
	uma realidade mais complexa. Mais  |  
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	Mercado Comum  Contra a 
	Europa? 
	As críticas 
	contra a União Europeia não são de hoje, mas de sempre. Para muitos a ideia 
	de um mercado comum não passa de uma união alfandegária. O objectivo não é 
	aproximar os povos europeus, mas de os explorar num mercado livre, onde só 
	os mais fortes sobreviverão. Mais  |  
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	O Euro, uma moeda 
	maldita?  
	Dez anos 
	depois de ter entrado em circulação (2002), a conclusão é consensual: o euro 
	foi mal concebido. Muitos são as deficiências que tem sido apontados: Havia 
	países, como a Grécia, que não deviam ter sido admitidos na zona euro; Uma 
	moeda demasiado forte diminui a capacidade competitiva de países, como 
	Portugal, provocando a destruição dos seus sectores produtivos; Não foram 
	previstos regras e sanções eficazes, baseadas em tratados, para dos países 
	incumpridores dos limites do defíce do Estado (3%) ou da dívida pública (60% 
	do PIB); A Alemanha e a França, como é sabido, foram os primeiros 
	incumpridores dos critérios de convergência; A falta de controlo na 
	concessão do crédito barato e abundante, depois de 2002, estimulou o 
	endividamento dos estados, famílias e empresas; Os estados, uma vez 
	que haviam perdido o  controlo da política cambial, pouco ou nada 
	podiam fazer para alterarem a situação. A lista de graves deficiências do 
	Euro podia prosseguir. Em síntese, podemos dizer que falhou a regulação 
	política do sistema, dados que os conceptores do euro estavam convictos nas 
	virtudes da auto-regulação. 
	 A moeda única 
	tornou-se, para uma boa parte dos europeus, num problema, atribuindo-lhe 
	inúmeros males. No discurso oficial de Bruxelas, o problema não está no 
	Euro, mas naquilo que faltou criar com o Euro: Um orçamento, política 
	fiscal, regulação bancária e políticas comuns. O Euro pressupunha afinal, 
	um sistema federalista. Bem vistas as coisas, a moeda única foi e é um 
	sucesso, o que falhou foi a criação dos Estados Unidos do Euro... Mais  |  
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	 O Factor Demográfico 
	A melhoria da qualidade de 
	vida na União Europeia, teve como reverso a diminuição da taxa de 
	natalidade e o envelhecimento da população. A situação em muitos 
	países teria sido muito pior, não fossem os milhões de imigrantes 
	recebem. A UE deixou de poder "funcionar" sem a continua captação de milhões 
	de imigrantes. 
	Em consequência do 
	envelhecimento da população, os custos com o sistema de saúde e de 
	reformas não tem parado de aumentar. Esta situação tem evidentes 
	reflexos na capacidade de inovação, produtividade e 
	dinamismo económico dos países mais afectados.  
	Uma análise do indice de 
	envelhecimento na UE, espelha com clareza as razões do debate que percorre 
	toda a Europa. A UE, a 27, em 2011, apresentava um indice de 
	envelhecimento de 113, 2% (nº. de pessoas com 65 anos ou mais, por cada 
	100 jovens, com idades entre  0 e 14 anos). Neste ano, o recordista do 
	envelhecimento era justamente a 
	Alemanha, o "motor económico" 
	da UE, com 154,9%.
	 
	Seguia-se a Itália - 
	145,9%, Bulgária - 140,2%, a Grécia -135,4%, 
	Portugal 
	e a
	Letónia
	com 129,6%,
	Austria - 121, 1%, 
	Lituânia 
	-120,6%, 
	 Eslovénia 
	- 116%,  Espanha 
	-113,7%,
	Hungria - 115,6%, 
	Suécia - 111,8%, Checa - 109%, Finlândia e Malta - 108,1%, 
	Bélgica- 101,5%, Roménia - 99,1%, Dinamarca - 96%,  
	Reino Unido- 
	95,8 %, Holanda - 91,5%, 
	França- 
	91%, 
	Polónia
	- 90,6%para só citar 
	estes países.  
	A crise económica, depois de 
	2008, em países como Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha o Itália estão a 
	provocar a emigração em massa para o outros países de vastas camadas da 
	população mais jovem e qualificada, acelerando o seu processo de 
	envelhecimento e diminuindo as suas capacidades de inovação. Mais  |  
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	A Questão Francesa 
	Na retórica dos 
	grandes princípios a França é dificilmente superável, mas a prática política 
	quase nunca os acompanha. Mais
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	Nações Sem Estado  |  
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	Conflitos Latentes 
	na UE 
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