Dramas da Emigração Portuguesa na União Europeia

     
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Emigrantes Portugueses Vítimas de Racismo e Escravatura 

em países da União Europeia

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Desiluda-se quem pensar que os cidadãos europeus estão mais seguros contra o racismo e a escravização quando migram na própria comunidade. Tomando apenas como referência o que acontece as cidadãos portugueses na UE o panorama é aterrador.

 

Espanha

Os emigrantes portugueses em Espanha são  frequentemente tratados como autênticos escravos ou vítimas de actos de racismo. A partir de 2000 a comunicação social tem relatado vários os casos envolvendo centenas de pessoas que são aliciadas ou raptadas em Portugal e levadas para Espanha onde são escravizadas. Os factos não são novos, apenas confirmam uma velha tradição neste país.consultar 

 

França

A França há muitos anos que já deixou de ser um dos principais destinos para a emigração portuguesa. Os emigrantes que ainda a procuram, fazem-nos em geral devido à facilidade de integração que lhes é proporcionada pelas inúmeras comunidades de portugueses que aqui estão fixadas. Apesar destes apoios locais pontualmente ainda surgem notícias de casos escravatura de imigrantes portugueses. Á cabeça desta lista negra surge a Córsega.

 

Holanda

Multiplicam-se os casos de imigrantes portugueses escravizados. Empresas de trabalho temporário recrutam-nos Portugal sob a promessa de mundos e fundos. Uma vez na Holanda o que os espera são condições de trabalho degradantes. Nestes recrutamentos, por absurdo que possa parecer, estão envolvidos organismos oficiais.

Novembro de 2006. Na localidade de Stramproy, a cerca de 180 km de Roterdão, foram descobertos cerca de 90 emigrantes portugueses a viverem em condições infra-humanas, alguns do quais nem dinheiro tinham para comer. A maioria foram recrutados no norte de Portugal, concelho de Paredes, por agentes locais da empresa holandesa Tempo Team. 

 

Inglaterra

Maio de 2003. A imprensa tem denunciou a existência de milhares de emigrantes portugueses escravizados por mafias locais, sob a cobertura de agências de emprego temporário. Desde então multiplicaram-se os casos, limitando-se o governo português a fazer uma discreta campanha informativa sobre o assunto. 

 

Irlanda

24 Setembro de 2004. Um grupo de 5 portugueses, contratados por negreiros da cidade da Corunha (Galiza, Espanha) ao serviço de um armador da Irlanda, em virtude de terem protestado pelas miseráveis condições de trabalho na embarcação em que seguiam, foram simplesmente abandonados em Kilrush. 

 

Irlanda do Norte (Uster )

Não é propriamente uma terra de imigrantes, sobretudo quando os mesmos são oriundos de países ditos católicos e ainda por cima, por vezes, são de raça negra. A verdade é que se multiplicam os ataques racistas a portugueses, mas também a outro estrangeiros. Em princípios de 2005, simbolicamente a Selecção Portuguesa de Futebol foi jogar à Irlanda, vestindo um equipamento "Preto e Branco", repudiando desta forma a expansão dos actos racistas, nomeadamente no seio da União Europeia.  

Portadown

11 de Dezembro de 2004.Neste dia 8 portugueses, incluindo uma criança, foram vítimas de mais um ataque racista. Um grupo de irlandeses do Uster, procurando-os apanhar desprevenidos, enquanto dormiam, às 4 horas da madrugada, incendiaram o quadro eléctrico da residência onde viviam. O incêndio propagou-se rapidamente. A tragédia só não aconteceu devido à pronta intervenção dos bombeiros locais, alertados por um automobilista.    

6 de Novembro de 2004. A casa de uma família portuguesa, onde estavam uma mulher e uma criança de colo foi atingida por "cocktail molotov". Um dirigente local do Sinn Fein (republicanos) afirma que existe uma acção concertada contra os imigrantes, levada a cabo por um grupo radical protestante denominado Ulster Volunteer Force (pró-britânico), com o objectivo de lhes extorquir dinheiro a troca de protecção.

Agosto de 2004. As casas de duas famílias portuguesas foram alvo de atentados racistas. Um casal com dois filhos teve que ser realojado. 

O objectivo em ambas as situações foi sempre o mesmo: a intimidação ou a eliminação física de pessoas. 

A maioria destes imigrantes foram contratados, muitas vezes em condições degradantes, por agências de emprego que operam no Reino Unido.

Desde pelo menos 2003 que não param de aumentar os ataques racistas contra estrangeiros em toda a Irlanda do Norte. 

 

Carlos Fontes

 

 


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Carlos Fontes