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Alex
Ballaman
Católicos versus
Protestantes, Norte versus Sul
Numa obra
mundialmente famosa - A ética protestante e o "espírito" do
capitalismo (1904/5) - , Max Weber, traçou as fronteiras
económicas da Europa depois do século XVI: o sul, onde predomina o
catolicismo, era o espaço dos perdulários, esbanjadores, iletrados,
preguiçosos, gente com uma forte aversão ao trabalho e poupança. O norte,
onde predomina o protestantismo era espaço do empreendorismo, poupança e
trabalho. Esta divisão era definida pela religião, mais
especificamente, por duas visões cristãs diferentes sobre o trabalho e o
lucro.
A convivência
entre estes dois espaços europeus nunca foi pacífica. Os católicos
perseguiram os protestantes e vice-versa. A verdade é que cumulação de
riquezas e de melhoria do bem estar a Norte, desde o século XVII que
contrastava com a crescente decadência e pobreza dos países (católicos) do
sul da Europa, como os mediterrânicos.
Na crise em
que mergulhou a Europa, depois de 2008, os países protestantes protestantes,
especialmente a Alemanha, pela voz da chanceler Alemã - Angela Merkel (Maio
de 2011) -, acusaram os países católicos (Irlanda, Portugal, Espanha e
Itália) ou mediterrânicos como a Grécia (ortodoxa), de serem os
responsáveis pele crise europeia.
Desde adesão
à CEE/UE limitam-se a esbanjar as ajudas que a Alemanha lhes "deu", eram uns
"preguiçosos", incompetentes, pelo que deviam de ser castigados através de
duras medidas de austeridade. | |