Director: Carlos Fontes

 

 

EDITORIAL

ANGOLA

BRASIL

CABO VERDE

GUINÉ-BISSAU

MOÇAMBIQUE

PORTUGAL

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

TIMOR

OUTROS PORTOS

CONTACTOS
.

Grandes Desportistas 

Coluna (Futebol)

Eusébio (Futebol)

Mutola (Atletismo)

.

Grandes Escritores

Craveirinha (poeta)

Mia Couto 

.

 Cantores

Mariza (fadista)

.

 

MOÇAMBIQUE

.

 

História de Moçambique

 

Inicio . Anterior

.

República de Moçambique

A queda da ditadura em Portugal (25 de Abril de 1974), precipita o processo de Independência das colónias portuguesas: cinco em África e uma na Oceania (Timor). A situação é extremamente complexa. Em todas as colónias existem movimentos políticos que reclamam a Independência imediata destas colónias, e outros que lutam pela continuidade da sua ligação a Portugal, onde a situação é idêntica. Os militares portugueses recusam-se a combater ou a embarcarem para as colónias, reclamando o fim imediato as hostilidades, acelerando desta forma o processo de Independência das várias colónias. A Frelimo intensifica neste período as suas acções militares registando-se então um número mais elevados de baixas portuguesas em relação à média de 1973.

O processo de Independência em Moçambique é todavia relativamente rápido e pacífico. Nem seis meses demorou.  A 24 de Julho de 1974 (Lei 6/74), é aprovada em Portugal uma lei que estabelece um regime transitório para Angola e Moçambique, tendo em vista a autodeterminação ou independência destes territórios. A 4 de Agosto deste ano, Portugal compromete-se perante a ONU a proceder à Independência destes territórios. A 7 de Setembro, em Lusaca, é solenemente assinado pela delegação portuguesa e pela Frelimo um acordo conducente à Independência de Moçambique, cuja data é marcada para 25 de Junho do ano seguinte. A 21 de Setembro de 1974, Joaquim Chissano (pela Frelimo), em conformidade com o estabelecido nos Acordos de Lusaca, toma posse como chefe de um governo de transição, apoiado pelo governo português. 

O período que se segue à Independência, a 25 de Junho de 1975, ao contrário do que seria de esperar é de profunda crise interna, devido a três factores fundamentais: 

Construção de um Estado Socialista. Um outro dos factores que contribuiu para agravar a situação do país foi quando a Frelimo pretendeu construir um Estado Socialista em Moçambique, contando para o efeito com o apoio da ex-União Soviética, ex-RDA, China, Cuba (entre outros). Os brancos, sobretudo os portugueses são hostilizados (cerca de 250 mil), os quais não tardam a abandonar o país, contribuindo deste modo  para iniciar um processo de paralisia do sistema económico. Os principais sectores económicos foram nacionalizados (industria, banca, agricultura, etc); As estruturas tradicionais são desarticuladas ou secundarizadas; as populações dos campos são obrigadas a viverem em aldeias padronizadas; a Igreja católica combatida, sendo os seus bens nacionalizados; etc. 

Conflitos com os Regimes Racistas na Região. Moçambique assumiu desde a primeira hora a linha da frente no combate aos regimes racistas que governavam a África do Sul e a Rodésia (Zimbabué), o que acabou por deixar o país praticamente isolado no contexto da África Austral. As retaliações efectuadas por estes regimes (fim da emigração, fecho de fronteiras, diminuição do tráfego ferro-portuário, etc), contribuem também para a destruição da economia moçambicana.

Guerra Civil. Em 1976 forma-se um movimento de resistência (Renamo), com o apoio da África do Sul e da Rodésia (Zimbabué) que combate a Frelimo. Este movimento reclama-se defensor de um regime democrático. A partir de 1977 a guerra civil alastra por todo o país.

Em 1984, face à extrema pobreza a que a guerra estava a conduzir o país, o governo moçambicano compromete-se face ao governo da África do Sul a não o hostilizar (apoiando o ANC), em troca do compromisso que este não apoiaria a Renamo.A Frelimo inicia então um processo de liberalização económica do país e abandono do marxismo-leninismo.

A paz é alcançada em 1992. Calcula-se que durante a guerra tenham morrido cerca de um milhão de pessoas. O número deslocados e refugiados estima-se que fosse superior a 4 milhões. Nos anos oitenta, cerca de 3 milhões de moçambicanos, por exemplo, estavam refugiados no exterior (Malawi, Zimbabué, Suazilândia e Zambia).

As primeiras eleições democráticas ocorreram em 1994, saindo vencedor o partido do poder (Frelimo). Ao longo dos anos 90 acentua-se a progressiva dependência económica de Moçambique da África do Sul, sendo cada vez menor a sua autonomia.

Desde 1974 Moçambique empobreceu de tal forma, que hoje carece de ajuda internacional para atender às necessidades básicas da sua população. Apesar de tudo, e malgrado as devastadoras secas, cheias e ciclones, nos últimos anos tem revelado um grande dinamismo auguram dias mais promissores.

 

   
 

Moçambique

.

Início . Indicadores. História . Geografia . Províncias. Cronologia . MapasEducação . Cidades . População. Geopolítica . Turismo . Emigrantes. Sociedade . Guerra de Libertação . Guerra CivilEscravatura . Resistência ao Colonialismo .Etnias. SOS. CooperaçãoFiguras. Clima . Cultura.

EconomiaLigações.  Hino . Feriados .

Comunicação Social . Comunicações. Partidos Políticos. Religiões . Bibliografia

.

 

Em Breve Novas Entradas sobre Moçambique

Fronteiras . Polícia . Saúde . Forças Armadas .Desporto . Justiça . Sindicatos. Nacionalismo

.

Editorial | lAngola | Brasil | Cabo Verde | Guiné-Bissau  | Moçambique | Portugal | São Tomé e Príncipe | Timor |  | Contactos

Para nos contactar: