Director: Carlos Fontes

 

 

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Otelo Saraiva de Carvalho (Militar do 25/4/1974) 

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Partidos Políticos de Moçambique

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A vida política moçambicana é desde a independência marcada por dois partidos políticos, a Frelimo e a Renamo, com trajectórias políticas muito distintas.

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Frelimo

 

A história da Frelimo até 1974, confunde-se com a história dos movimentos de libertação de Moçambique.No inicio foi uma verdadeira Frente de Libertação, agrupando três movimentos que representavam as mais diversas várias sensibilidades do país. Para a sua criação, a 25 de Julho de 1962, na Tanzânia, foi decisiva a acção de Eduardo Mondlane, funcionário das Nações Unidas. A Frelimo até 1974 desenvolve uma activa luta armada sobretudo no norte do território, sendo as acções no centro e sul mais esporádicas .

1974-1976. A queda da ditadura em Portugal, a 25 de Abril de 1974, apanha de surpresa a Frelimo. Este Movimento de Libertação, o único que efectivamente existia em Moçambique, controlava uma pequena parte do território próximo da fronteira da Tanzânia e do Malawi. Atendendo à legitimidade adquirida pelo movimento durante a luta de libertação, Portugal, manifesta-se disposto a entregar o poder à Frelimo sem qualquer consulta popular, o que veio a acontecer. 

Neste período, a Frelimo manteve ainda o carácter de uma frente política, apoiada em Grupos Dinamizadores,conseguindo desta forma penetrar a sul do território e nas zonas rurais. 

1977. Em Fevereiro, a Frelimo realiza o seu III Congresso (o primeiro depois da Independência) transformando-se num partido. É adoptada a ideologia marxista-leninista e defendida a criação de um estado proletário e socialista. Moçambique passa a estar cada vez mais dependente dos apoios que recebe dos países socialistas (ex-URSS, China, RDA, etc), mas também a contar com a hostilidade dos países ditos "ocidentais". Em termos  regionais, o regime racista da África do Sul e da Rodésia (Zimbabué) vê esta opção como uma ameaça à sua própria continuidade.

1978. As estruturas políticas do Estado confundem-se com as estruturas partidárias. Os Grupos Dinamizadores transformam-se em células partidárias.

1983. O IV Congresso, em Abril, dá conta da partidarização da sociedade moçambicana. O "centralismo democrático" estava a asfixiar as decisões políticas locais. Começa uma lenta mudança nos sentido de uma maior abertura à sociedade. 

1986. 14 de Outubro. Samora Machel, morre num estranho desastre aéreo, quando regressa numa visita a Lusaka. O avião despenha-se numa região entre os Transval e a Suazilândia.Joaquim Chissano é nomeado novo dirigente da Frelimo.

1989. O V Congresso, em Julho, marca o inicio do abandono do marxismo-leninismo e a aposta na iniciativa privada (capitalismo). A queda do regimes socialistas na Europa, deixa cada vez mais, Moçambique isolado nas suas opções políticas.

1991.O VI Congresso, em Agosto, marca o abandono do marxismo, e adopção de uma política reformista tipo ocidental, caracterizada pela defesa do pluralismo político, economia de mercado, etc. Viragem ideológica profunda que não deixa de trazer enormes problemas internos a esta organização. 

1992. Ocorre o primeiro encontro entre Chissano e Afonso Dhlakama, o lider da Renamo. O acordo de paz é assinado em Outubro deste ano.

1994. A Frelimo ganha as primeiras eleições democráticas realizadas em Moçambique. A Renamo embora conteste os resultados, como o fará em eleições posteriores, acaba por aceitar os resultados. 

 

Renamo

 

A RENAMO (Resistência Nacional Moçambicana), segundo a historiografia ocidental é um típico produto de serviços secretos. Terá sido criada, em 1975, pelo Rhodesia`s Central Intelligence Organization, destinado a provocar actos de sabotagem e acções de informação e contra-informação em Moçambique, numa altura que a Frelimo se afirma como um partido marxista-leninista (1977). Faziam parte da RENAMO, elementos das antigas forças auxiliares portuguesas e "comandos especiais" que em 1975-1976, tinham combatido em Angola ao lado do FNLA e da Africa do Sul, com o apoio dos EUA. A partir de 1980, a RENAMO teria passado a ser controlada pelo general Van der Westhuisen, director dos serviços secretos militares da África do Sul.

No final dos anos setenta, a Renamo era vulgarmente conhecida por ser uma espécie "bando armado", apostado na destruição do país a soldo dos regimes racistas da região. Recebia apoio da Rodésia, África do Sul e dos EUA. As suas acções concentravam-se até 1980, nas regiões de Manica, Sofala e Tete. Após a queda do regime da Rodésia (18 d Abril de 1980), a sua base de apoio deslocou-se para a África do Sul, o que lhe permitiu estender a sua acção às províncias de Inhambane, Gaza e Maputo.

Para além dos apoios exteriores, a Renamo, começa a capitalizar o apoio de um número crescente de moçambicanos descontentes com o rumo que o país seguia, nomeadamente os camponeses cujas terras haviam sido nacionalizadas,  os chefes tradicionais ostracisados pelo Governo, etc. 
Em termos ideológicos, a máquina de propaganda da África do Sul, passa a apresentar a Renamo como um movimento identificado com os valores ocidentais e em luta contra o marxismo em África. A evolução da situação internacional corre a seu favor.
1992.Em Outubro,a Renamo estabelece em Roma,  uma Acordo de Paz com o governo.
1994. Primeiras eleições democráticas em Moçambique. A Renamo, embora tenha perdido as eleições, atingia um dos seus objectivos. 

A Renamo continua a ser a principal força da oposição política ao governo em Moçambique. 

 

Partido Liberal e Democrático de Moçambique-PALMO

Criado em Março de 1991

 

União Nacional de Moçambique -UNAMO

Cisão da RENAMO.

Comentários

Um Sistema Partidário Bloqueado ?

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Moçambique

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