Carlos Fontes

Olivença

Usurpação e Etnocídio

1

Resistência

 

     
   

.

Resistência

.

A Vila de Olivença, em frente de  Juromenha e a 12 km do Guadiana, foi conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques. A expansionismo do reino de Castela, ameaçou deste logo a presença dos portugueses no lugar. O assunto foi resolvido no Tratado de Alcanises, em 1297. 

 

 

Pressentindo o perigo, que corria do lado de Castela, o rei D. Dinis mandou povoá-la e fortificou-a com o seu altaneiro castelo e cintura de muralhas (1298).

 

 

Face a novas ameaças, D. Afonso V (1438-81), mandou reparar as suas muralhas e ampliar a cerca amuralhada. O aumento da sua população tornava imperioso esta medida.

D. João II concedeu-lhe um brasão de armas, e mandou erigir a torre de menagem no centro do castelo (1488). No reinado de D. Manuel (1495-1521), reedificou-se toda a estrutura de defesa da vila, construindo-se uma ponte sobre o Guadiana, permitindo uma melhor ligação com Elvas.

A formação que entretanto ocorrera do reino de Espanha (1492), passou a constituir uma ameaça redobrada. O seu fanatismo religioso, aliada a uma crueldade sem limites passou a representar um perigo para a Europa, não apenas para Portugal. 

 

Após a restauração da Independência de Portugal do domínio de Espanha (1580-1640), Olivença passa a estar no centro das incursões do sanguinário exército espanhol, onde abundavam mercenários estrangeiros. A população de Olivença é por diversas vezes vítimas de massacres e saques, mas resiste. As suas muralhas são reforçadas, sob a direcção de Matias de Albuquerque. Estas obras foram custeadas pelo próprio povo de Olivença.

Durante 16 anos, os espanhóis tentaram tomar a vila: Entre os torcionários espanhóis que comandavam estas investidas registam-se as do marquês de Toral (1641), marquês de Leganés (1645), o mercenário e jesuíta flamengo Cosmander (1648). Todas estas tentativas foram frustradas. Em 1657, o mercenário italiano ao serviço de Espanha, o Duque de San Germano, á frente de 8.000 homens teve maior exito e tomou a vila. Dez anos depois, os espanhóis voltam a sair daquilo que se haviam assenhorado, sob o comando de um mercenário. Olivença voltava a fazer parte de Portugal.

   

Desde o século XII até 1801, Olivença constituiu uma das principais vilas de fronteira de Portugal. Milhares dos seus habitantes ao longo de gerações morreram por Portugal, a sua terra, cultura e identidade. A História de Portugal está indissociavelmente ligada a Olivença e esta a Portugal. Este é um facto incontornável.

 

 
 

Mapa de Portugal com a localização de Olivença e dos territórios portugueses usurpados pela Espanha em 1801

 

 

Dossier sobre Olivença

Inicio .1. Resistência . 2. Cultura . 3. A Tradição de Bolboa . 4. A traição de "nostros hermanos".  5. Isolamento e Extermínio6. A Legitimação da Usurpação.  7.Colaboracionistas  8. Outros casos de etnocídios. 9.Memorial  10. Bibliografia

Para nos contactar:


Imigrantes Somos Todos!
Director: Carlos Fontes