Carlos Fontes

 

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Brasil

 

Geopolítica

O Brasil é hoje uma potência a nível mundial, decorrente sobretudo da sua dimensão geográfica e demográfica, mais do que económica. Facto que exige uma política externa cada vez mais global de modo a vencer os seus tradicionais bloqueios, a fim de poder melhorar as condições de vida da população.  

As suas fragilidades económicas do Brasil continuam a assentar na sua enorme dependência dos agro-negócios (soja, café, açúcar, carnes, etc). Tratam-se de produtos de baixo valor acrescentado e sujeitos a enormes flutuações nos mercados internacionais. Basta um movimento especulativo nas bolsas internacionais, para os rendimentos dos agricultores brasileiros caírem de forma brutal, levando à miséria muitos milhões de pessoas. A única saída para esta situação é diversificar os mercados de exportação, assim como o tipo de produtos exportados.  

Mais do que razões ideológicas, são estes problemas de fundo que explicam as alianças estratégicas brasileiras à escala global.

EUA. O principal beneficiário da economia brasileira. Compra-lhe produtos baratos e vende-lhe outros com enorme valor acrescentado. Os preços, estabelecidos em dólares, são manipulados segundos os interesses americanos. Desde os anos 60 que o Brasil procura encontrar outros mercados alternativos, reduzindo esta dependência. Os EUA, percebendo esta intenção brasileira, comum a outros países da América Latina, procura integrar toda a América do Sul num mesmo mercado livre (ALCA) reforçando as suas interdependências. O objectivo é expandir para sul algo semelhante à NAFTA (EUA, Canadá, México). 

Esta posição do Brasil face ao EUA suscita naturalmente cumplicidades em muitos países do mundo, não apenas na américa-latina. Na Europa, a França, por exemplo, procura igualmente incentivar o Brasil a assumir-se o líder do "Terceiro Mundo" face à hegemonia norte-americana. É aliás o único país na região que está em condições de o fazer, a questão é saber se está interessado.

América Latina. O Brasil comunga de muitos dos problemas dos restantes países da América Latina, nomeadamente a excessiva dependência dos agro-negócios e do peso das empresas norte-americanas. Face a estes países tem contudo alguns factores de enorme vantagem competitiva, como uma maior dimensão geográfica, demográfica, apoiada numa forte unidade cultural, assim como uma maior estabilidade social e política. O gigantismo do Brasil tem gerado, entre os seus parceiros da América Latina, reacções ambivalentes de atracção e receio.

Desde os anos 60 que procura expandir-se para esta região da América, criando um vasto mercado de trocas comerciais. Um dos primeiros passos foi a criação da Associação Latino Americana de Livre Comércio (ALALI), transformada depois na Associação Latino Americana de Integração (ALADI), cujo principal resultado foi uma redução dos controlo das pautas alfandegárias. Em meados dos anos 80, o presidente Sarney, avançou com a articulação económica de alguns países fronteiriços (Argentina, Paraguai e Uruguai), a que depois se agregou outros na mesma região. O problema é a Argentina que se sente ameaçada pelo gigante brasileiro, com o qual compete na maioria das suas exportações. 

O Brasil assumiu-se hoje claramente como o líder da América do Sul, não hesitando em apoiar intervenções militares noutros países da região (Haiti). Os discursos ideológicos aliam-se frequentemente a medidas grande pragmatismo. É curioso recordar que a actual posição geopolítica do Brasil foi acordado nos princípios do século XIX, entre Thomas Jefferson e Abade Correia da Serra (embaixador português nos EUA): Os EUA seriam os líderes da norte América do Norte e o Brasil na do sul.  

África. O Brasil é o país fora de África com maior número de negros. Facto que não deixa de pesar nas ligações deste país aos países africanos, em especial aos grandes produtores de petróleo da África sub-sahariana (Nigéria, Angola, Guiné Equatorial, etc). Referira-se que a maioria destes produtores se situam justamente na costa ocidental de África mesmo em frente do Brasil.

Europa. O velho continente consume cada vez mais produtos brasileiros, assim como recebe um número crescente dos seus emigrantes. O Brasil procura aqui três coisas: 1. Mercado para os seus produtos agro-precuários, diminuindo a sua dependência dos EUA; 2. Investimentos para diversificar o seu tecido produtivo; 3. Turistas (sol e praia ou turismo cultural). O problema são aqui os subsídios à agricultura da União Europeia. O principal obstáculo é a resistência da França e dos seus agricultores. 

Tal como acontece com África, os brasileiros não deixarão de explorar e rentabilizar as suas afinidades culturais ou ligações históricas com vários países europeus (Portugal, França, Holanda, Itália, Suíça, Alemanha, Austria, Espanha, Inglaterra, etc).     

Potências Asiáticas. A China, India e o Japão estão na mira do Brasil. O aumento das exportações confirmam-no. No caso do Japão trata-se também de explorar os laços culturais decorrentes de uma intensa emigração nipónica no século XX para o Brasil. Para além disso, o que está em jogo é o estabelecimentos de alianças visando reforçar o novo  posicionamento do Brasil no mundo. Uma situação estratégica privilegiada.

CPLP. Esta comunidade de países de expressão portuguesa, com mais de 230 milhões de pessoas, unidas por uma história comum em todos os continentes, não deixa de ser um forte contributo para potenciar relações comerciais e cumplicidades várias. O objectivo do Brasil só pode ser neste aspecto muito realista: a lusofonia só serve se permitir conquistar mercados e captar investimentos para o seu desenvolvimento interno. 

Países muçulmanos. A recente cimeira com os países árabes, em Brasília, mostrou claramente que o Brasil não pretende ser apenas uma potência regional. O objectivo da Cimeira ultrapassou a simples questão das exportações e importações com o mundo árabe. O Brasil procurou mostrar é que é hoje uma potência à escala global, cumprindo justamente a sua vocação histórica. É neste contexto que se compreende a sua pretensão (legítima) a ter um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU, organização da qual é um dos principais financiadores. 

Carlos Fontes

 

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