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Tempos
Livres:
A
definição de tempo livre
é efectuar malgrado os inúmeros estudos que têm sido produzidos.
O problema reside nas contínuas mudanças do seu conteúdo material
e na carga ideológica que possui. Joffre
Dumazidier , consagrou,
em 1962, o termo “lazer”, como sinónimo de “tempos livres”,
acentuando-lhe a sua dimensão ocupacional, marcada pelos hábitos
urbanos, definido-o como “o conjunto de ocupações às quais o
indivíduo se pode dedicar livremente, para repouso, para
divertimento ou para desenvolver a sua informação e a sua formação
desinteressada, a sua participação voluntária ou a sua livre
capacidade criadora depois de se ter libertado das suas obrigações
profissionais, familiares e sociais”. O
mesmo autor em 1988, dava
conta das enormes limitações da definição anterior, sobretudo,
numa época em que o desemprego e as reformas antecipadas se
tornaram numa realidade incontornável. Neste sentido, passa a
adoptar o termo tempos livres como um tempo não ocupado em
actividades profissionais definidas. Outros sociólogos,
nomeadamente hispânicos, têm preferido identificar o tempo livre
como um tempo de ócio, o que nos parece contribuir para novos equívocos.
Alienação:
Na linha
de autores como Paul Goodman, entendemos a alienação antes de
mais, como uma perda de sentido das coisas. À medida que o mundo
exterior do homem se atravanca de objectos consumíveis, o seu
universo interior vai ficando empobrecido de sentidos. A procura de
um nível de vida cada vez mais elevado, isto é, mais repleto de
objectos, não visa outra coisa senão preencher um crescente vazio
interior. É sobre este mecanismo psicológico que, segundo Paul
Goodman se desenvolvem todas as formas particulares de alienação:
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