Histórias

     
   
 

O Salto

 Belarmino Duarte Batista

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A Preparação da  Partida

Ajustado com alguem dentro da complexa maquina do<salto>(assim se chamava a abalada clandestina) o preço monetario a pagar, na altura em média 10.000$00, porque o resto poderia custar muito mais.  Mas o candidato sabia-o e não hesitava, a decisão de abalar era profícua… não havia outro caminho a seguir.                      

Assim alguma roupa preparada, só o indispensável e alguma coisa para comer, assim partiam dezenas e centenas,  pelo silêncio da noite; desapareciam como por encanto e quando os filhos  mais novos acordavam e procuravam pelo pai ou irmãos (mais velhos) que tambem tinham partido, a mãe de lágrimas nos olhos e coração desfeito, dava-lhes qualquer desculpa !…                                    

Que tinham ido aqui ou ali, pois as crianças dormindo não deram conta dos beijos misturados com lágrimas que o pai lhes tinha dado no silêncio da noite.

E assim  partiam da terra que os viu nascer deixando para traz a melhor fortuna que tinham…mulher, filhos e familia.            

Introduzidos em territorio espanhol durante a noite em determinado ponto da fronteira, eram escondidos nos montes, nos estábulos dos animais de onde eram carregados e misturados com os mesmos, em camiões proprios para o efeito, “proprios para o transporte de gado”e assim faziam  a travessia de toda a Espanha. Os homens encarregados deste transporte chamavam a estes, <borregos> e rotulados como tal assim eram transportados para evitarem as autoridades espanholas. Borregos era o nome de código utilizado para se referirem aos emigrantes clandestinos.

Estas viagens levavam alguns dias e por vezes até mais de uma semana, consoante as dificuldades ou facilidades que se deparavam, muitos factores e  pormenores tinham que ser conhecidose ponderados o que por vezes obrigava a atrasos. Uma vez chegados ao destino desta segunda etapa da viagem, proximo da fronteira Francesa eram novamente descarregados junto com os animais para outro lugar onde aguardavam as ordens dos <passadores>.                                                    

Desde que entravam em Espanha  eram  espanhois que se entregavam das  operações, embora seguidos a distancia por compatriotas nossos, angariadores dos mesmos.

Nova noite, nova aventura que seria a final etape para o escape alem Pirineus.                                                 

Era a travessia  destas montanhas rudes e rochosas tantas vezes geladas e cobertas de neve, que normalmente eram transportas  a pé pela escura noite, que eram mais temidas, pois historias se contavam e muitas verídicas, de que  os que se recuzassem ou arrependessem da travessia ou por qualquer motivo sofressem qualquer acidente que os impossibilitasse de se moverem pelos seus proprios meios, eram mortos a tiro ou abandonados  na montanha. 

Verdadeiras ou não estas afirmações, elas constavam por estas aldeias da Beira. E quantos corpos de compatriotas nossos não foram encontrados nestas montanhas ou desapareceram ?

Seria necessário entrar em muitos e detalhados pormenores e averiguações para se constar quantos foram, mas…foram alguns.

E todos os que passaram por estas andanças o sabemos.                                    

Este factor atormentava muitos dos que seguiam a aventura, se seriam ou não forçados a seguir a rota a pé, pelos Pirineus, mas não havia garantia, pois eles nunca sabiam qual a modalidade escolhida pelos <passadores>.

Muitas outras modalidades havia, que eram usadas conforme as circunstâncias o aconselhassem ou o numero de <borregos> a passar.Uma vez entrados em territorio francês continuavam a não estar seguros. Isto dependia das leis em vigor de acolhimento aos emigrantes em França.

Havia ocasiões  em que eram aceites mesmo indocumentados desde que tivessem a confirmaçao de um lugar certo de trabalho, noutras eram  mesmo postos fora do país, noutras eram  aguardados ou guiados por Portugueses ou Espanhois para os levarem às autoridades francesas as quais lhes davam um salvo-conduto até chegarem ao local de trabalho  que muitas vezes era arranjado préviamente por esses intremediarios a troco de mais uns milhares de escudos ou francos e assim chegavam  ao desejado destino depois de uma aventurosa viagem de fuga à miséria e à guerra colonial em Africa.

Esta fonte de mão de obra barata interessava igualmente aos franceses.

No entanto cada caso tinha o seu pormenor especial e só o cada um que por eles passou o poderá dizer.  Uma vez chegados ao local de trabalho, dura vida os esperava.   As primeiras dificuldades; a lingua , o isolamento a que eram forçados, trabalho duro na agricultura, construção civil ou obras publicas, como pontes, tuneis, estradas, caminhos de ferro, eram os trabalhos que esperavam o emigrante português, explorado ao maximo pelos patrões.    

Assim passavam os primeiros anos, trabalhando horas a mais do que o normal, vivendo nas piores condições em velhos alpendres, carruagens etc, fazendo o proprio comer e lavando a propria roupa.

Assim ajudaram a construir uma grande nação…França.

Tudo isto e muito mais aconteceu aqueles pioneiros que no princípio se aventuraram.       

Ultimamente as condições mudaram e muitos outros foram encontrar melhores condições de vida e a grande ajuda moral dos familiares e  amigos que lá se encontravam.    Aqueles que não seguian nas grandes levas, tentavam  aconselhados por outros, a seguir outros caminhos, como tentar a viagem por conta propria, no comboio, apoiados a distancia por um amigo que já conhecia a estratégia por já a ter passado anteriormente.         

Tomando um automovel de aluguer  distante da povoação, não fosse alguem desconfiar, eram postos em determinado ponto da fronteira, que nós motoristas de praça já conheciamos e não muito longe da estação de caminho de ferro espanhola.  Eram lhe dadas as instruções e indicados o local por onde seguir de forma a aparecerem na estação à hora da chegada do comboio emigrante que vinha de Portugal, < o Sud > assim lhe chamavam, onde se misturavam com os outros passageiros e se rêncontravam com o guia amigo que seguia documentado e os orientava  na tentativa  e lhes adquiria o bilhete para Hendaia, França.

Para se intoduzir em Espanha ia por vezes  disfarcado de trabalhador local, com um sáco ás costas, (pois a mala da roupa era levada pelo amigo) ou de comprador ocasional de artigos para consumo próprio que por norma eram mais baratos no outro lado, Espanha e os povos fronteiriços compravam diariamente, como pão, carne, biscoitos, etc, em pequenas quantidades a que as autoridades fronteiriças não ligavam grande importancia, desde que fossem apenas para consumo próprio.                            

Assim se tentava alcançar a primeira etapa. Mas sempre olhando desconfiado não fosse alguma patrulha fronteiriça descobri-lo e ser apanhado nas malhas da justiça. E quantos de nós, motoristas praça não fomos apanhados, presos e apertados  para não dizer mais, só porque uma patrulha lá longe nos viu largar um homem na estrada, na chamada zona de desconfiança !  Foram muitos e eu o sei perfeitamente apesar de nunca ter sofrido esse precalço.        

Um dos serviços que não cobrando nehum extra, poderia trazer-nos a nós motoristas de praça, grandes  perigos e dissabores… ossos da profissão e da situação em que então se vivia, em que eramos obrigados a colaborar na emigração clandestina, mesmo até involuntariamente.

Assim quando atingido o primeiro objectivo e misturado com a multidão anónima de outros companheiros emigrantes, o guia amigo já munido do bilhete para a fronteira francesa, Hendaya, entregava-o ao companheiro para que podessem seguir viagem até á nova etapa.

Ali em Espanha já não havia o perigo da “Pide” aparecer no comboio, rectificando os passaportes na caça aos clandestinos.                                      

Atingida  a fronteira francesa, esta mais complicada, pois ali já-se falava outra lingua diferente e com a tensão e os nervos a acumularem-se ainda mais, na expectativa de alcançar a terra desejada.        

Ali já não havia a terra árida da fronteira, Vilar Formoso - Fuentes de  Onôro, parecida com aquela que se estava habituado a pisar dia a dia; para transpôr… mas sim o ambiente do progresso francês, o movimento, mais linhas de caminho de ferro, muitos comboios.

Nova estratégia era explicada pelo companheiro amigo.

No recinto da estação era indicada a porta por onde  <passar> para o lado dos revistados, ou indicado o sítio para onde seguir, enfiltrando-se para dentro do comboio que segue a Paris. Mas...olho bem aberto, não vá alguen desconfiar da manobra.

Outras  vezes dada a impossibilidade de tentar na estação de caminho de ferro, os candidatos eram deixados à sorte, para tentarem noutra altura, talvês no dia seguinte. Alguns mais destemidos arriscavam-se pela noite, depois de durante o dia terem explorado o local a atravessar, o sujo rio Bidassoa que faz a divisão entre Irun- Hendaia ( Espanha-França). Todas estas alternativas eram conhecidas e usadas, por quem andava envolvido nestas andanças.

Quando um compatriota estava enrascado, fazia-se o possivel para se desenrascar.

Muitas vezes  se atingia o objectivo, embora com grande sobressalto e tensão nervosa, a tirarem o sono e a vontadede comer, mas noutras aparecia a mão negra do Polícia ou Guarda alfandegário a estragar tudo.

E aqui começa a desiluzão depois de  tantos trabalhos passados e eis o drama de retorno à velha aldeia, de país para país, de prisão para prisão,  até chegar a Portugal. Este processo chegava a levar  uma semana e…mais.

Em Espanha utilisava-se um processo de recambiar os presos  em que estes eram transferidos de cadeia para cadeia, processo este que levava por vezes à volta de duas semanas  para um emigrante clandestino chegar à fronteira portuguesa.

A família lá longe na aldeia, aguarda ansiosa as notícias , mas eis que elas não chegam tão depressa, pois o companheiro que o guiava no <escape> por vezes nada sabia do que poderia ter acontecido ao outro.E  só depois de percorrer todo o comboio e verificar, mais de uma vez,  que o companheiro não aparece, começa a pensar que a tentativa tenha falhado ou o companheiro tenha sido apanhado.

Pensa ele… pois a certeza não a pode ter, não fosse ele tambem meter-se em riscos e estragar a sua propria vida. Assim chegado ao destino envia notícias para a terra, dizendo que o Manuel deve ter tido qualquer azar… e se foi apanhado, deve estar preso em Espanha, mas... tranquiliza-os dizendo, não tenham mêdo pois isto leva o seu tempo. E mais nada se  sabe até que ele chegue às mãos das autoridades portuguesas, dias ou semanas depois.

Sempre fugindo como que procurar o sustento para si e para os seus, fosse um crime. Mas... era-o  para o regime deste Portugal oprimido, pois bastava um simples passaporte turístico, para que se evitassem estes tristes acontecimentos.                          

Chegado novamente à sua pequena aldeia a vergonha e a desiluzão apodera-se por algum tempo deste homem vencido pela pouca sorte, mas não vencido na coragem e determinação de deixar a vida de miséria em que vive ... cerrando os dentes, apesar do dinheiro gasto e de todos os trabalhos que passou, decede-se  a tentar novamente, mas desta vez procurando um  profissional ou <passador> como se chamavam os homens encarregados desta missão, que embora levando dinheiro e muita gente os considerava como desonestos, eu pessoalmente considerava-os como destemidos, homens de grande coragem, que embora actuando por dinheiro e quem é que neste mundo o não faz; e se arriscavam a perder a propria vida ou a pezadas penas de prisão e monetarias, para não falar dos célebres interrogatórios da Pide ou DGS.

E os emigrantes da França que conheciam  as dificuldades e perigos desta vida, saberão bem avaliar isso ... e ao fim e ao cabo acabarão por reconhecer que não foram mal empregados os milhares de escudos dados ao “passador,” pois sem eles era impossivel a muitos compatriotas nossos atingir o que desejavam, para obter uma vida melhor e muitos não estariam hoje na situação desafogada em que se encontram.

Este é um facto que merece ser realçado, por isso aqui o anóto tambem.

Outra via frequentemente utilizada quando se tentava passar um, dois ou tres emigrantes era a do automovel.

Pessoas com alguma experiência nestas viagens e com carro próprio, que poderia ser particular (português)  ou mais frequente de matricula francêsa, que proporcionava mais facilidade e menos desconfiança às autoridades, transportavam-se misturados com com dois ou três passageiros legais, documentados com passaporte, os outros clandestinos que eram previamente introduzidos para lá da fronteira espanhola, em local êrmo, já previamente conhecido; de dia ou de noite, à hora do jantar ou da ciesta... estes pormenores eram muito importantes, conforme as circunstancias o aconselhas-sem.

Depois de os documentados terem passado a fronteira eram os outros  “pescados” e juntos novamente seguiam viagem , que desde que não houvesse nenhum precálço ou acidente em que fosse necessário intervir as autoridades espanholas , normalmente corria sem incómodo.        

Porem atigida a fronteira Espanha - França, enfrentava-se o problema  de se introduzirem naquele país.

Aqui  normalmente entregavam-se os passageiros clandestinos a um motorista de taxi de Irun, que a troco de algumas centenas de pesetas, por conhecimento, ou na hora de ponta, quando os espanhois atravessam a fronteira para irem trabalhar em França, (centenas deles o fazem diariamente) eram introduzidos misturados com os trabalhadores espanhois, que por rotina nem  necessitavam de mostrar identificação, apenas levavam o passaporte à vista.

Este poderia até ser caducado ou doutra pessoa diferente e passaportes caducados arranjavam-se facilmente, o que era necessário era um passaporte. Claro que as autoridades fronteiriças confiavam um pouco nos motoristas de praça de Irun, que faziam aquele tragécto varias vezes ao dia e portanto já conhecidos das autoridades de vigia.                                                  

Com esta modalidade passei eu próprio alguns compatriotas nossos e como muitos outros motoristas de praça conhecedores da situação o faziam.
Havia que aproveitar, embora arriscando.

Nesta altura  em que se praticava esta modalidade, cobrava-se de quatro a seis mil escudos por cada candidato, que só davam um tanto de sinal à partida da sua terra  e pagavam o restante depois, antes da fronteira francêsa, ou pessoa de familia pagava o restante da importancia, na propria terra.

Portanto o risco para o candidato era menor, em termos monetários e físicos.

O maior risco era  do motorista que fazia a operação.

Uma vez em territorio francês eram novamente apanhados pelos companheiros e seguiam o destino, ou eram apresentados às autoridades francêsas de emigração na terra de destino ou na fronteira, aos  quais davam um salvo-conduto por determinado tempo, isto consoante as leis em vigor na época.

Quando esta modalidade se praticava mais,  por alturas de 1970, já as coisas iam correndo mais fácil para os novos candidatos a emigrantes.

A experiencia adquirida por muitos dos emigrados, familiarizados com estas viagens a França, proporcionava maior segurança para os novos emigrantes. Tambem no regime de Marcelo Caetano, embora seguindo as pégadas do seu antecessor, Salazar, já se notava uma maior flexibilidade na concessão de passaportes turísticos, o que facilitava mais a partida, embora com algumas clausulas de responsabilidade; como por exemplo o depósito de certa quantia em dinheiro, normalmente 5.000$00 que os titulares do passaporte perderiam , se não se apresentassem dentro do prazo estabelecido no mesmo, 30 ou 60 dias.

Ou então teriam que arranjar uma pessoa idónea que seria responsavel pelo regresso do titular do passaporte.

Estes factores foram motivo para que a emigração se acentuasse ainda mais, permitindo aos já emigrados  a  chamada dos familiares mais idósos para junto deles, ou simplesmente visita-los.

Permitia tambem que outras pessoas sem grande ideia de emigrar, fossem  experimentar, e muitos ficaram.

Enfim uma forma mais digna de tratar um cidadão, pelo menos já não era necessário fugir como que um ladrão ou criminoso ou misturado com os animais. Seria necessário entrar em detalhados pormenores para se descrever o que os primeiros emigrantes passaram, desde as viagens do “salto” até as condições de trabalho e viver que tiveram que enfrentar.

Vou citar alguns exemplos de que fui testemunho em algumas  das muitas viagens que fiz á Europa, principalmente França, no transporte de emigrantes. Numa delas numa viagem a uma cidade do centro de França, mais precisamente Brive, encontro  um conhecido que me convida a ir a sua casa, para me entregar uma encomenda para a família; comecei por recusar dizendo que não tinha tempo, mas como ele insistiu tanto e que morava ali perto, fui; pois é sempre um prazer para um emigrante português receber um compatriota e de mais conhecido e da mesma area de origem; pois ao verificar onde esse compatriota habitava, fiquei chocado com as condições encontradas e o local onde vivia.  No fundo da escavação de uma antiga pedreira, numa barraca improvisada, sugeito a um desmoronamento a todo o momento.

Embora fosse dentro da cidade, confesso que era de meter mêdo  o local onde este compatriota habitava , mas este era um dos iliterados habituado a tudo e a todo o trabalho, um desses tantos desprotegidos pela circunstancias da vida , que ainda tinha a família em Portugal e por conseguinte vivia ali para amealhar dinheiro  e nada mais;  pois se ele quisesse poderia viver em melhores condições. Noutro caso, numa viagem cujo destino era Dusseldorf, na Alemanha, depois de dois dias e uma noite de viagem já muito para o norte de Paris, parámos já quase sol posto para comer, da merenda…à hora de jantar, pois emigrantes raramente comiam em restaurantes.

Paramos num pequeno desvio à beira da estrada em frente do qual estava uma casa em ruinas, meia desmoronada, meia direita, era um domingo do mês de Agosto de 1971. Cada um dos passageiros, neste caso eram passageiras, moças novas que trabalhavam na Alemanha, abriu a sua merenda, bom chouriço caseiro, presunto, etc e começámos a comer; entretanto numa vista de olhos ao lado da casa é que verificamos  que a mesma estava caída na parte de traz. Alguem do grupo diz: mesmo assim e capaz de cá morar algum português:

Mal as palavras eram ditas e uma voz houve-se  lá de dentro dizendo; ó filhos do C...lho;   todos ficamos calados por um momento mas depois começamos  na rizada, afastando-nos um pouco da casa.

Entretanto disse eu; tambem poderia sêr mais educado e falar doutra maneira, se já sabe que somos portugueses; ou seria talvez nortenho, para os quais esta expressão é vulgar.

No entanto para retribuição, metemos-lhe algumas cascas de melão, pelo buraco do correio.  Brincadeiras !!! 

Estes são alguns exemplos das condições em  que a princípio alguns compatriotas tiveram que sugeitar-se.

Felizmente que o panorama hoje é bem diferente e todos os emigrantes portugueses vivem mais ou menos em condições decentes  e muitos mesmo em melhores condições do que alguns naturais do próprio país.

Daí advem algum sentimento de racismo dos naturais do país, para com os emigrantes.

Entretanto as aldeias deste Portugal do interior ou melhor rural, porque nem só do interior emigraram, iam-se tornando despovoadas, como que povoações fantasmas e quem as percorria via apenas  uma ou outra pessoa a maioria  já de idade avançada, espreitando uma réstea de sol.

Em muitas delas algumas escolas fecharam por falta de alunos, assim como fecharam estabelecimentos e acabaram outras actividades regionais e artesanais, obrigando muitos outros a emigrar tambem !  era um tempo de frustação. 

Entretanto uma nova actividade se tornava notória;  a construção civil

 

Continua

 

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