Carlos Fontes

 

 

Entrada

 

     

Cristovão Colombo, português ?

 

.

Inicio . Anterior 

 
 

 

 

 

.Os Silva em Portugal e Espanha

A poderosa família dos Silva em Castela, oriunda de Portugal, estava ligada a D. Alvaro de Bragança e a Cristovão Colombo. 

Desde a batalha de Toro, em 1476, que Alvaro de Bragança e o Conde de Faro eram grandes amigos de Juan da Silva (Conde de Cifuntes). Quando os primeiros se exilaram em Castela (1483), não apenas os laços de amizade se estreitarem, mas passaram a agir de forma coordenada na Corte e nos negócios das Indias.  

Esta amizade tem uma explicação muito simples: a esposa de Alvaro de Bragança, o antigo chanceler-mor de Portugal, Filipa de Melo, era filha de Isabel de Meneses, neta de Aires Gomes da Silva, o antepassado dos Condes de Cifuentes. O Infante D. Dinis, filho de D. Pedro I e de Dona Inês de Castro, foi também senhor de Cifuentes. Laços familiares união, como veremos, estes homens.

Os Silvas de Portugal estavam unidos aos silvas de Castela, e assim se mantiveram até ao século XVII.

Não estamos perante um caso isolado, como se poderá perceber analisando a família dos Silva em Portugal e Espanha.

 

1. Silvas em Portugal (século XV)

A revolução de 1383/85 provocou a divisão da antiquíssima família dos Silvas em Portugal, uns tomam o partido do Mestre de Aviz - D. João I -, outros descontentes exilaram-se em Castela. 

A referência fundamental desta família era Aires Gomes da Silva, senhor de Vagos (Portugal), que se casou com Urraca Mendes Tenório,  irmã do Pedro Tenório, bispo de Coimbra. Ambos, exilados em Portugal, eram filhos de de Jofre Tenório, senhor de Moguer, almirante de Pedro, o cruel, rei castelhano.

Aquando da revolução de 1383/83, Aires Gomes da Silva, tomou o partido dos castelhanos, tendo participado no cerco de Lisboa. Acabou por fugir para Castela. 

O seu filho João Gomes da Silva (?-1444), rico-homem, tomou o partido de D. João I, mestre da ordem de Avis.  Participou na Batalha de Aljubarrota, defendeu Coimbra, etc. O rei português deu-lhe os bens do seu pai, atribuiu-lhe vários títulos como o de copeiro-mor, alferes-mor de Portugal, 2º. Senhor de Vagos, Unhão, Tentugal, Cantanhede, etc. Exerceu funções de embaixador em Castela. 

Em 1441, retira-se para a sua Quinta de São Marcos, em Coimbra, morrendo em 1444. Nesta quinta, como veremos, foi edificado o Mosteiro de S. Marcos e o Panteão dos Silva.

Sucedeu-lhe o seu filho Aires Gomes da Silva (1390- ? ), 3º. Senhor de Vagos, regedor de justiça, alcaide-mor de Montemor-o-Velho, para além de outros. Tomou o partido do Infante D. Pedro e acabou morto na Batalha da Alfarrobeira (1449), sendo os seus bens confiscados. 

Era casado em segundas núpcias com Brites de Menezes, filha de Martim de Meneses, senhor de Cantanhede, aia e camareira-mor da rainha Isabel de Aviz (1432-1455), esposa de D. Afonso V. 

Deste casamento nasceram quatro filhos, dos quais se destacam:

- Isabel de Menezes (c.1430-12/8/1482), que se casou com Rodrigo Afonso de Melo, pais de Filipa de Melo.

- João Gomes da Silva, 4º. Senhor de Vagos, era casado com Branca Coutinho, aia de Dona Isabel, filha do Infante D. Pedro, e acaba por exilar-se em Castela, onde se terá juntado a outros membros da família.

D. Afonso V, a 22/4/1451, perdoou aos Silvas, permitindo-lhes regressarem a Portugal. 

João Gomes da Silva, após o seu regresso, participa em campanhas militares no norte de África (1452-1458). Em 1459 é nomeado camareiro-mor do principe D. João, futuro rei D. João II. 

Em 1462 parte para a Catalunha, acompanhando D. Pedro, Duque de Coimbra, quando este foi eleito Rei da Catalunha e Valência. Entre os cargos que aí exerce conta-se o de general de Empordán. Entre 1464-1466 serve de embaixador em Inglaterra, para negociar o casamento de D. Pedro com Margarida de York, irmã do rei Eduardo IV. 

Volta a Portugal, em 1468, e é nomeado para defender a Vila de Ouguela, junto à Fronteira. É aqui que mata o Mestre de Calatrava (castelhano) num duelo entre os dois, morrendo também 28 dias depois. 

.

Panteão dos Silva

Brites de Menezes, em 1451, fundou em Coimbra, o Mosteiro de S. Marcos para os frades Jerónimos, criando aqui o panteão da família Silva (2 ). 

Convento de São Marcos. Pormenor da Capela-Mor, com três túmulos da família Silva . Em destaque o túmulo de Brites de Menezes, mãe de Felipa de Melo, esposa de Alvaro de Bragança. O altar-mor é de Nicolau Chantarenne.

Sucede-lhe o seu filho, Ayres Gomes da Silva, 5º. senhor de vagos, senhor de Aveiras, etc, era casado com Guiomar de Castro. Foi regedor da Justiça, camareiro-mor de D. João II, embaixador em Inglaterra, cavaleiro da Ordem da Jarreteira. 

Foi na sua casa, em Vale de Paraíso, que D. João II se encontrou com Colombo (10 e 11 Março de 1493).

É também muito significativo que um seu filho, também chamado Ayres Gomes da Silva, tenha sido o comandante de um navio na 1º. expedição ao Brasil (1500), tendo morrido a 24 de Maio de 1500, a caminho do Cabo da Boa Esperança, quando naufragou em consequência de uma violenta tempestade.

Na linha da sucessão dos silvas, temos ainda a destacar João Gomes da Silva (6º.senhor de Vagos) e Diogo da Silva (7º.senhor da Vagos, que foi embaixador ao Concilio Tridentino.   

Os Silvas em Portugal são uma das principais famílias do reino, destacando-se pelos cargos diplomáticos que exerceram tanto em Portugal, como em Espanha.

 

2. Silvas de Castela

Aires Gomes da Silva, ao apoiar D. Beatriz na crise dinástica de 1383/85, torna-se um perdedor a favor do seu filho que apoia D. João I, mestre de Avis.

Alguns dos seus familiares acabam por fugir para Castela, como foi o caso do seu outro filho Afonso Gomes da Silva, acompanhado pela sua mãe Dona Urraca Mendes, irmã de D. Pedro Tenório, bispo de Coimbra (1371) e arcebispo de Toledo (1377-1399).

Em Castela, Afonso Gomes da Silva passa a chamar-se Dom Afonso Tenorio de Silva

O seu tio (arcebispo de Toledo) nomeou-o adelantado de Cazorla (Jaén), tornado-se senhor de Vililla, tendo conseguido constituir um morgadio (Mayorazgo) a favor do seu sobrinho - Juan Francisco da Silva (1399-1464)-, que se tornou o 1º. Conde de Cifuentes (1454)

A vila de Cifuentes (Guadalajara), desde o século XIII ligada a Portugal (6), foi dada no século XIV ao infante D. Dinis, filho de D. Pedro I e Dona Inês de Castro.

As ligações destes condes a Portugal mantém-se muito activas, sendo os casamentos feitos com as mesmas famílias, em especial os Meneses. Graças a uma hábil estratégia familiar não pararam de aumentar o seu património e poder (7).

Juan da Silva (1452-1512), 3º. Conde de Cifuentes, com o mesmo nome do seu avô português,  foi assistente real (corregedor de Sevilha), senhor de Palos, embaixador de Fernando de Aragão em França, etc. Com Alvaro de Bragança foi um dos homens mais poderosos de Sevilha, no período que Colombo aí viveu.

Á semelhança do que acontecia em Portugal, os Silvas de Toledo (Condes Cifuentes), tornam-se embaixadores e estão envolvidos nos negócios da Indias.

Os silvas de Espanha, ao longo de todo o século XVI continuam a manter a tradição de casarem com nobres portuguesas. 

O título de senhor de Montemayor foi herdado, em 1508, pelo filho do III Conde de Cifuentes  - Juan de Silva y Ribera, alcaide de Toledo - que tomou o partido de Carlos V da Austria (I de Espanha), o qual em 1528 o nomeou Marquês de Montemayor. O seu filho - Manrique da Silva, casou-se com uma nobre portuguesa - Dona Beatriz da Silveira, filha do alcaide de Terena (Portugal) e dama da Rainha Dona Catarina de Portugal. O seu neto- João da Silva - casou-se com a Dona Filipa Silva ( 4ª Condessa de Portalegre, Portugal ).

.

2.1. Toledo

A família dos Silvas, era a mais poderosa das famílias de Toledo no século XV, dominando a municipalidade, e estendendo o seu poder durante o reinado dos reis católicos à Andaluzia ( Sevilha ) (1 ), mas também às Canárias (3 ). 

A cidade de Toledo desde o século XIV que regista uma importante comunidade de portugueses, destacando as famílias meneses e os silva.

Toledo tornou-se num refúgio privilegiado para muitos nobres portugueses que ai se fixaram, nomeadamente durante a crise de 1383/1384. Alguns dos principais monumentos da cidade, como a Catedral (14), o Mosteiro de Santa Clara el Real, o Mosteiro de Santo Domingo el Real (15), o mosteiro da Madre de Deus ou o Convento da Concepção, para só falar destes monumentos religiosos, estão ligados a portugueses.  

Durante o século XV, a cidade de Toledo onde pontificavam os Silvas ficou ligada a vários acontecimentos relacionados com Portugal, dois deles de particular importância: 

- Isabel Beatriz da Silva e Meneses (1424-1492), uma portuguesa, nascida em Campo Maior (Alentejo) (13) , criou a Ordem religiosa dedicada a Nossa Senhora da Conceição (Ordem das Concepcionistas Franciscanas), aprovada em 1491 pelo Papa Inocência VIII. Era irmã do célebre Beato Amadeu, confessor e secretário do papa Sisto IV.

Isabel foi para Castela, em 1444, como dama da rainha Dona Isabel de Portugal, esposa do rei João II de Castela, pais de Isabel, a católica. Devido aos ciúmes da rainha, refugiou-se no Mosteiro de Santo Domingo el Real, sob a protecção do 1º. Conde de Cifuentes, seu parente. Criou uma comunidade de monjas (1484), nos palácios de Galiana cedidos por Isabel a católica, até que fundou, em 1489, o seu próprio convento em Toledo (11). Não deixa de ser significativo que Colombo tenha sido particularmente devoto desta virgem. Mais

O rei D. Manuel, em 1498, foi também em Toledo declarado herdeiro do trono de Espanha, um acto que terá contacto com a presença do próprio Colombo, antes de partir para a sua 3ª. Viagem às Indias. 

Os Silvas de origem portuguesa, ao longo ao longo do século XVI, continuaram a ter uma enorme poder em Espanha e serão uma das principais familias envolvidas, entre 1580 e 1640, no domínio de Portugal.

3. Cumplicidades

Os Condes de Cifuentes, estiveram envolvidos no apoio a Cristovão Colombo. Álvaro de Bragança, amigo intimo Juan da Silva desempenharam certamente um papel central na coordenação das várias acções.

a ) Palos

A escolha de Palos foi tudo mesmo inocente. Este porto andaluz pertencia aos duques de Medina Sidónia, Conde de Miranda e Conde de Cifuentes (8). Era dificil escolher um porto mais seguro.

b ) Recepções entusiásticas em Portugal e em Sevilha

O encontro de Colombo com D. João II, em Março de 1493, na Casa dos Silvas, em Aveiras, não foi um episódio ocasional. Foram dois dias que passaram juntos, tendo provavelmente dormido na mesma casa onde ficou o rei de Portugal.

Os Silvas de Toledo-Sevilha, certamente estavam a par do que se passou e do que foi então combinado. Os laços familiares eram muito estreitos

Juan da Silva, III Conde de Cifuentes, alferes maior de Castela e assistente real de Sevilha (1482 a 1512), teve um papel activo em todas as viagens de Colombo. Quando o mesmo chegou a Sevilha, a 31 de Março de 1493, fez questão que  ficasse  hospedado na sua casa, tendo-o recebido com todas as honras. 

c) Financiamento da segunda expedição

Na organização da segunda expedição às Indias, em 1493, foi encarregue pelos reis católicos de recolher 4.120 ducados de ouro, que o bacharel Pedro Diaz de la Torre, fiscal dos reis, havia confiscado aos judeus (9). Nesta expedição com o banqueiro Pinelo, teve um papel espacialmente activo na recolha de fundos para a financiar.

d) Recrutamento de tripulantes e colonos

Na segunda expedição pelo menos um dos seus criados foi enviado para as indias.

Um das funções do Conde Cifuentes era receber, guardar e entregar a Colombo os delinquentes que participavam nas suas expedições. Numa ordem real datada de 22 de Junho de 1497, por exemplo, os reis católicos ordenam ao conde de Cifuentes, "que reciba y tenga presos a los delincuentes que le fueren enviados hasta que los entregue al Almirante."   

 

f ) Livros

 

Entre os livros que a rainha Dona Leonor, mulher de D. João II financiou, destaca-se a publicação em 1502 de uma tradução para português do célebre Livro de Marco Polo ( Livro de Marco Paulo de Veneza ), dedicada pelo editor Valentim Fernandes ao rei D. Manuel I. 

 

O prólogo da versão castelhana, publicada no ano seguinte em Sevilha por Rodrigo Fernandéz de Santaella, foi feita com base nesta edição portuguesa. Factos interessantes na edição castelhana: A obra é dedicada ao Conde de Cifuentes que eram os grandes senhores de Palos, o porto de onde partiu Cristovão Colombo em 1492. 

 

No prólogo desta tradução castelhana a "descoberta" de Colombo é ignorada, sendo apenas enaltecidas as descobertas de Portugal.

 

Este facto poderá ser interpretado como querendo dizer que a sua descoberta, não passava de um capítulo das descobertas dos portugueses. O próprio também não afirma que as descobriu, mas que as deu a Leão e Castela. O autor do prólogo evoca a este respeito os conhecimentos "ocultos" (não revelados) dos Condes de Cifuentes sobre esta matéria.

 

g ) Ao Serviço de Portugal

 

Juan da Silva (Conde de Cifuentes ) desempenhou uma importante missão ao serviço de Portugal, ao combater os atos de pirataria feitos pelos castelhanos e outros marginais nos seus domínios. Em 1503, os reis católicos, ordenam-lhe que apreenda os negros e outras coisas que os moradores de Lepe, Palos, Triana e Alcalá del Rio, haviam "roubado"na Guiné, S. Tomé e Fernando Pó, possessões portuguesas, e as entregue a D. Manuel I, rei de Portugal (10). 

 

O "portuguesismo" de Juan da Silva  foi ao ponto de como embaixador de Fernando de Aragão, nas negociações do seu casamento com a sobrinha de Luis XII de França - Germana de Foix, incluir nas cláusulas do contrato que os filhos deste matrimónio seriam os legítimos herdeiros do Reino de Aragão, Nápoles e Sicília.

 

Na prática esta cláusula significava a separação do reino de Aragão do reino de Castela (4), o que na altura interessava a Portugal. 

 

Não se tratou de uma caso isolado, pois logo a seguir à restauração da Independência de Portugal (1640), membros desta família foram presos em Espanha por conspirarem a favor de Portugal.   

4. As Fidelidades dos Silvas e  Novos exilados

Uma das estratégias dos Filipes, quando ocuparam o trono de Portugal (1580-1640), foi promoverem a governadores e vice-reis figuras que tivessem peso histórico nos dois países, como era o caso dos Silva. Destacaram-se então dois ramos desta familia (14):

a) Silva de Toledo. Juan da Silva, filho de Beatriz da Silveira, foi embaixador de Espanha na corte de D. Sebastião, participou na batalha de Alcácer Quibir. Ao casar-se, com vimos, com a 4º. Duquesa de Portalegre, acaba por tornar-se mordomo-mor da Casa Real portuguesa. Filipe II de Espanha promove-o a um dos cinco governadores de Portugal (1493-1598) (16).

O cargo de governador de Portugal foi também ocupado pelo seu filho - Diogo da Silva, Vº. Conde de Portalegre, entre 1623 e 1631(16). O filho deste último - Manrique da Silva, VI º. Conde de Portalegre, recebeu o título de 1º marquês de Gouveia.

b) Rui Gomes da Silva (Chamusca, Portugal, 1516 - Madrid, 1573) (12),  português, amigo intimo de Filipe II, rei de Espanha, foi intitulado de Principe de Eboli e nomeado Duque de Pastrana (1572), tornando-se num dos homens mais poderosos da corte espanhola.

A sua célebre esposa - Ana de Mendoza y la Cerda (1540-1592 - , filha de Catalina de Silva, irmã do Conde de Cifuentes,  nasceu e foi educada na vila de Cifuentes, opôs-se às pretensões de Filipe II de Espanha ao trono de Portugal (1578-1580), defendendo a causa da Duquesa de Bragança.

Três dos seus filhos destacaram-se pela sua forte ligação a Portugal:

- Ana da Silva que se casou como o 7º . Duque de Medina Sidónia, e de cujo matrimónio nasceu o 8º. Duque com o mesmo título, pai da rainha de Portugal - Luísa Francisca de Gusmão, mulher do rei D. João IV ...

- Rodrigo da Silva Mendonza y Sarmiento (1600-1664), V Duque de Hijar (consorte), II marquês de Alenquer, VIII Conde de Salinas, VIII Conde de Ribadeo, comendador da Ordem de Cristo em Coruche e Soure (1639). Rodrigo após Portugal ter restaurado a independência (1640), organizou na Catalunha uma conspiração contra Filipe IV de Espanha, com o objectivo de criar uma monarquia independente no antigo Reino de Aragão.  Esta conspiraçã obrigou a Espanha a concentrar as suas forças a sufocar a rebelião na Catalunha, contribuindo desta forma para o êxito das tropas portuguesas.

- Diego da Silva y Mendonza, nomeado marquês de Alenquer, Conde de Salinas, depois de ter desempenhado o cargo de presidente do Conselho de Madrid, foi vice-rei de Portugal (1615, 1617-1621, tendo assistido às cortes de Lisboa de 1619. 

Durante a longa Guerra que se seguiu à restauração da Independência de Portugal, Raimundo de Lancastre (1620-1666), 6º. Duque Aveiro, fugiu para Espanha, tendo sido condenado à morte e executada a sentença em efígie, sendo-lhe confiscados os seus bens. Em Espanha, este traidor, recebeu o título honorífico espanhol de Duque de Ciudad Real, foi ainda Duque de Maqueda, Marquês de Montemayor e Marquês de Elche, capitão general da armada do Oceano, etc. Está sepultado no convento de Nossa Senhora de Guadalupe (Espanha). Os Duques de Aveiro estavam aparentados como os Pereira, Távora e os Silva.

Carlos Fontes

 

  Notas:

(1 ) Miren Begoña Riesco de Iturri, La destacada participacion de un noble castellano en la politica andaluza, durante o reinado dos reys católicos: Don Juan de Silva, assistente de sevilha (1482-1512), in Actas del II Congresso de Historia de Andalucía. Córdoba, 1994.

(2) Mosteiro de S. Marcos: As paredes laterais são ocupadas, do lado esquerdo, pelos túmulos de D. Brites de Meneses, D. Guiomar de Castro, D. Aires da Silva e D. João da Silva. Do lado direito, o túmulo de João da Silva (regedor e filho de Aires da Silva) e Luís da Silva Teles. Do lado da epístola, abre-se uma porta para a sacristia, mandada edificar por João da Silva, como se infere de legenda em remate.

As armas dos Silvas, Castros e Meneses - inscritas nas paredes, tectos, altares e túmulos - por norma têm a presença de um leão, a divisa dos Silvas, os padroeiros.

(3 ) María de Ayala, senhora de ilhas de Lanzarote e Fuerteventura, casou-se com Diego de Silva y Meneses, primeiro Conde de Portalegre, da Casa de Silva.  

(4 ) Ferández Álvarez, Manuel- Juana la loca. La cautiva de Tordesillas. Madrid Espasa calp. 2002  

(5) Fernandes, Fátima Regina - A Linhagem dos Silva em Portugal e sua Estratégia de Estabelecimento em Castela (séculos XIV e XV), Actas de las Quintas Jornadas de História de España. Tomo VIII. Madrid. 2007

(6) Seoana, Nicolás Ávila - El Señorio de los Silva de Cifuentes en los concejos de Atienza y Medinaceli (1431-1779), in, Revista de Historia Moderna. nº. 26 (2006). Para uma história global de Cifuentes consultar:  Francisco Layana Serrano - Historia de la Villa Condal de Cifuentes...

(7) Riesco de Iturri, Mª. Beguna - Propiedades y Fortuna de los Conde de Cifuentes: la constituicion de su patrimonio a largo del siglo XV, in, En la España Medieval, nº15. Madrid. 1992

(8) Diaz- Trechuelo , Lourdes - Cristobal Colón ..., pp.76 e 77

(9) Guerrero, Mª. Monserrat - El Segundo Viaje Colombina. Tese Doctorado. Univers. da Valladolid. 2000

(10) A.G. S.- Registro del Sello: Provision del 10/10/1503, citado por José Luis Cortés Lopez - La Esclavitud negra en la España Peninsular del Siglo XVI ...

(11) Caviróy Martinez, Balbina - Las Casas Principales de los Silva, de Toledo...

(12) Rui Gomes da Silva, filho do 3º. senhor de Chamusca e Ulme, Francisco da Silva, e de Maria de Noronha. O seu avô materno, foi para Castela como mordomo-mor da Imperatriz Isabel de Portugal, esposa de Carlos V.

(13) Isabel Beatriz da Silva e Meneses, era filha do cavaleiro Rui Gomes da Silva, alcaide-mor de Campo Maior e Ouguela, e de Isabel de Meneses, filha de Pedro de Meneses, I Conde de Vila Real, II Conde de Viana, e 1º. Governador de Ceuta.

(14) Alvarez, Fernando Jesus Bouza - 1640 perante o estatuto de Tomar. Memória e Juízo do Portugal dos Filipes. Revista Penelope, nº.9/10.( 1993).

(15) Eeste mosteiro foi fundado, em 1372, pelos meneses de Toledo. Encontra-se aqui sepultada uma rainha de Portugal - Dona Leonor, esposa de D. Duarte e mãe de D. Afonso V, que a trasladou depois para o Mosteiro da Batalha. Em memória deste episódio, o mosteiro de Toledo ficou o titulo de "real".

(16) Diogo da Silva, quinto conde de Portalegre (1579-1640), renunciou às actividades governativas de Portugal, ao serviço dos espanhóis, e passava o seu tempo nos conventos da Arrábida (Portugal), em especial no de São Joseph de Ribamar, onde foi sepultado (cfr. Bellini, Lígia; Pacheco, Moreno Laborda - Memória Conventual e Política em Portugal no Antigo Regime, in, Tempo...

 

.

As Provas do Colombo Português

As Provas de Colombo Italiano

.

  Carlos Fontes
 
Inicio . Anterior 

Para nos contactar: