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Rotas da Imigração
A Europa foi entre os séculos
XVI e XX, uma região exportadora de mão-de-obra para todo o mundo. Estes
emigrantes partiam à conquista de terras e recursos naturais, subjugam ou
exterminavam os povos que encontravam. Brilhantes civilizações, como as
que os Espanhóis e Ingleses encontraram na América, foram destruídas nestas
conquistas. A partir dos anos 60 do século XX, a situação inverteu-se. Os novos emigrantes
são agora oriundos das antigas colónias ou das regiões que os europeus
procuraram conquistar. Estes emigrantes que elegeram a Europa como um dos
seus destinos de eleição, não reclamam terras ou recursos naturais, mas
somente trabalho para poderem melhorar as suas
condições de vida. | |
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Rotas do Magrebe
Líbia, Tunisia, Argélia, Marrocos
e Mauritânea. Do esplendor que aqui atingiu Cartágo e o Império Romano
atestam-no as ruinas das suas impressionantes cidades. Durante a Idade Média o
que aqui se produziu em termos culturais e técnicos foi uma referência para
a Europa. O inicio das conquistas da
região pelos europeus coincide com o principio da sua decadência. Primeiro
chegaram os
portugueses (Marrocos e Mauritânea no sec.XV), depois vieram os espanhóis e os franceses. Estes últimos
mantiveram a Argélia debaixo de ferro e fogo até aos anos 60.
Milhões de argelinos e marroquinos, para só citar estes, tem atravessado o
mediterrâneo de barco, fixando-se preferencialmente na França e na Espanha.
Muitos tem igualmente morrido em tentativas frustadas no estreito de Gilbraltar.
Em Espanha, os marroquinos são actualmente vítimas de uma crescente discriminação e
actos de racismo.
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Rotas do Machereque Egipto,
Jordania, Libano, Síria, Palestina. Em tempos existiu nesta regiões algumas
das mais brilhantes
civilizações da Humanidade, mas que hoje frequentemente se encontra é miséria,
guerras e conflitos religiosos. Um numero crescente do habitantes destes países
ruma para a Europa. De barco os sírios dirigem-se, por exemplo, para o sul da
França (Marselha).
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Rotas do Leste
Antes do colapso, em 1989, da
ex-União Soviética, os imigrantes do leste eram raros. Apenas os Jugoslávos
eram significativos na Alemanha. Com o fim do muro de Berlim, estes europeus
espalham-se por toda a Europa em busca de melhores condições de vida.
Todos os dias partem autocarros da Rússia, Ucrânia, Moldávia, Roménia para destinos
tão diversos como Portugal, no outro extremo da Europa.
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Rota da África Subsaarina
A dramática situação do Sudão,
Chade, Serra Leoa, Nigéria, mas também a falta de perspectivas do Senegal,
Gâmbia,Gana, Guiné-Conacry e Guiné-Bissau, provoca um êxodo das suas populações. Quase
sempre a única saída é procurarem trabalho na antiga potência colonial. Da
Guiné-Bissau rumam para Portugal. Os outros procuram a França e a Inglaterra.
O meio de transporte é o avião, mas também os barcos do estreito de
Gilbraltar.
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Rotas da África Austral
A dramática situação que se vive
no Congo, Zaire, Madagáscar, Ruanda, Burundi, Uganda, Zambia, Zimbabué,
Angola, Moçambique, etc., deixa poucas
perspectivas às suas populações. Os que podem emigram para a Europa,
procurando um refugiu nas antigas potências colonizadoras (Inglaterra, França,
Portugal e Bélgica), mas o acolhimento destes emigrantes não tem sido dos
melhores.
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Rotas da América Latina
Do Brasil, Equador, Colómbia,
Argentina e outros países da América Latina um número crescente de emigrantes
rumam todos os anos para a Europa. Os
Brasileiros preferem Portugal como porta de entrada, os restantes a Espanha, em
todo o caso, estes países funcionam quase sempre como ponto de passagem para
outros destinos.
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Rotas da Anatólia
Turcos e curdos tem a Europa, em
especial a Alemanha, como o seu destino privilegiado. Os primeiros procuram
melhorar as suas condições de vida, mas os segundos fogem a massacres e
perseguições que são vítimas pelos turcos, iraquianos e iranianos. Nos
últimos anos curdos, em situação de total desespero, procuram chegar de barco
à Itália.
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Rotas do
Extremo Oriente
Os
chineses, paquistaneses e indianos seguem diversas rotas no seu percurso para a
Europa. Milhares fazem-no de avião atravessando os países do leste da Europa,
outros de barco pelo sul. Outros ainda, atravessam os
balcans e a Turquia. Apesar da enorme distancia, cerca de 100 mil chineses, segundo a OIM, deixam todos os
anos a China a caminho da Europa e do Canadá.
Carlos
Fontes
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Rotas da Imigração para
Portugal.
Fonte: TSF (2002)
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