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Imigrantes em Portugal
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Resenha Histórica

A história de Portugal não se faz só de emigrantes, mas também de imigrantes. Frequentemente vieram, a pedido do Estado para aqui desenvolverem actividades inovadoras que o  país carecia, outras para suprirem a mão-de-obra que nele escasseava.

No período dos descobrimentos (séculos XV-XVI), Lisboa fervilhava de estrangeiros. Algo semelhante ocorreu no século XVIII. Na primeira metade dos século XX, em dois momentos o país recebeu milhares de estrangeiros, tendo muitos aqui fixado residencial definitiva (ex.Calouste Gulbenkian) ou apenas temporária (ex.Ortega y Gasset). O primeiro foi nos anos trinta, durante a Guerra Civil de Espanha(1936-1939), e o segundo durante a 2ª. Guerra Mundial (1939-1945).

Durante a década de 50 o número de estrangeiros residentes, manteve-se estável, oscilando à volta dos 25.000 indivíduos. Na sua maioria residiam no país há muito tempo, ligados a importantes actividades como o comércio do vinho do porto, exploração mineira, etc.

Em 1960, a maioria dos cerca de 30 mil estrangeiros eram europeus (67%) e brasileiros (22%).Entre os primeiros destacavam-se os espanhóis (40%). 

A abertura em relação ao exterior (1959), e o desenvolvimento económico a partir dos anos 60, traduzem-se num aumento dos imigrantes profissionais, nomeadamente alemães e ingleses.

No princípio da década de 70, devido à escassez de mão-de-obra, o Estado fomenta a emigração de trabalhadores cabo verdianos e de outras colónias africanas. Após o 25 de Abril de 1974, com a independência das colónias dá-se um brusco aumento da imigração das mesmas, acentuada pelos conflitos militares que nelas continuam a ocorrer. 

Processa-se então uma alteração significativa na percentagem e composição da imigração. A cota da população estrangeira  passa de 0,33% em 1960 (29.429 indivíduos) para 1,10% em 1981 (108.526). O maior aumento ficou a dever-se à imigração de origem africana. Em 1960 constituía 1,5% dos estrangeiros, mas em 1981 atingia já os 44%. 

A entrada de Portugal na CEE. em 1 de Janeiro de 1986, provocou um natural aumento do número de estrangeiros ligados a actividades económicas, mas estimula também a vinda de um número crescente de imigrantes, não apenas dos países lusófonos, mas também de outros europeus e norte-americanos (EUA, Canadá, etc).  

 

No final de Abril de 2002, estavam registados em Portugal  389 mil imigrantes, dos quais 91 mil oriundos dos países do Leste europeu. Calcula-se que o número de imigrantes ilegais seja superior a 100 mil, na sua maior parte cidadãos da Moldávia, Ucrânia, Rússia e Roménia, mas também de países de expressão oficial portuguesa. 

 

Carlos Fontes

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