Carlos Fontes

 

 

 

ANGOLA

 

Portugal - Angola

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Depois da Independência de Angola (11 de Novembro de 1975), as relações entre os dois países atravessaram muitas fases, nem sempre pacíficas.

Após alguns anos de indefinição, as bases do relacionamento entre os dois países foram estabelecidas Guiné-Bissau, em 1978, traduzidas num Acordo Geral de Cooperação que recomenda a instituição de uma Comissão Mista Permanente de Cooperação luso-angolana. As relações forma contudo muito limitadas, centrando-se quase que exclusivamente no sector comercial.

Nos anos 90, com o declínio da influência da ex-União Soviética e a saída dos cubanos (1991), os dois países aprofundam as suas relações, tendo Portugal uma acção decisiva no processo de pacificação de Angola (Acordo de Bicesse, Setembro de 1992, etc).

As relações económicas entre dos dois países foram até 2003 marcadas pelas enormes dívidas do Estado angolano ao Estado português e às empresas portuguesas. Dívidas que não paravam de se acumular , e que ainda em 2007 não estão completamente saldadas. Muitas das empresas portuguesas que investiram em Angola depois de 1975 viram-se numa situação económica dificil.

Africanistas e Atlantistas

Embora depois de 1974 Portugal tenha assumido a sua condição de país europeu, e reforçado as suas ligações económicas e políticas continentais, a verdade é que esta posição tem sido sempre contestada. Os africanistas e atlantistas em nome da História, Identidade e Independência Nacional continuam a defender o reforço destes laços com África e as Américas (Brasil, EUA). Uma questão cada vez mais dificil de entender pelas novas gerações, para quem a Europa é sinónimo de paz e bem estar.

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Em Construção !

   
  Relações comerciais. Embora Portugal seja o principal fornecedor de Angola (2006), a verdade é que estas exportações representavam menos de 3 % do total das exportações portuguesas. Uma valor importante, mas ainda assim diminuto na economia portuguesa.

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  Movimentos de Pessoas. Em 2006 cerca 30 mil angolanos residiam legalmente em Portugal, mas o total deverá ser 3 vezes superior. Em Angola no mesmo ano, residiam cerca de 6 mil portugueses, o número de ilegais é insignificante. 

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  Investimentos. Em 2006, Portugal continuava a ser o maior investidor estrangeiro em solo angolano, com investimentos superiores a 136,5 milhões de euros (2005). Um investimento diminuto face ao investimentos realizados no estrangeiro pelas empresas portuguesas. Neste ano, por exemplo, só o investimento português directo nos Paises Baixos cifrou-se em 1.636 milhões de euros.

De acordo com os dados da delegação do ICEP em Luanda, no principio de 2006, estavam instaladas em Angola mais de 200 empresas portuguesas, merecendo especial referência o sector financeiro, onde se destacam os Grupos BPI, Espírito Santo e ultimamente o Grupo Millennium BCP. Destacam-se igualmente as áreas do comércio e da construção civil. 

Em Portugal são crescentes os investimentos da chamada nomenklatura do Estado angolano, com  destaque para a filha do Presidente do MPLA Isabel dos Santos, licenciada como engenheira informática em Londres. Isabel tem em Portugal (e Angola) uma vasta rede de parcerias com algumas das maiores empresas portuguesas nas áreas da Banca, Telecomunicações, Mobiliário, Cimentos, etc. 

Apesar destes investimentos continuam a ser frequentes as atitudes racistas e xenófobas do parte do Estado angolano, impedindo a entrada de técnicos e operários especializados portugueses para prestarem serviços nas empresas portuguesas (2007). Muitas empresários tem sido obrigados a abandonar Angola perdendo os seus investimentos. 

O grande medo dos angolanos é que os portugueses voltem a colonizar a Angola, instituindo uma espécie de neo-colonialismo económico ...   
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  Relações culturais. Se as relações económicas são diminutas, as relações culturais entre angolanos e portugueses são intensas.

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  Carlos Fontes
 

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