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Carlos Fontes

EDITORIAL
   

Arqueologia

"Navegando na Filosofia" nasceu ainda no século XX, numa altura em que a Internet iniciava a sua massificação a nível mundial. Resultou de uma pesquisa pessoal e institucional iniciada em 1994, na então  Direcção Geral dos Espectáculos e das Artes (1992-1994), prosseguida na Direcção Geral dos Espectáculos (1994-1997) e na Inspecção Geral das Actividades Culturais (1997) da Secretaria de Estado da Cultura / Ministério da Cultura de Portugal.

Nos debates que então ocorriam em vários organismos públicos, em particular em Lisboa e em Coimbra, nos quais participei ativamente, as questões sobre este novo meio de informação e comunicação estavam sobretudo centradas nos problemas do seu possível impacto cultural,  nomeadamente no  "domínio global" da língua e cultura anglo-saxónica , mas também nos problemas jurídicos colocados aos "direitos de autor". O mundo caminhava para uma nova "Idade Média", onde o anonimato dos criadores era a regra.

Num círculo mais restrito debatia-se a questão da emergência de uma "inteligência colectiva" devido às facilidades criadas no acesso e difusão da informação a nível mundial.

De regresso ao Ministério da Educação, em 1999, criei este site dedicado ao ensino da "Filosofia" com um conjunto de "recursos didácticos" concebidos e adaptados a este novo meio de comunicação. Pretendia percepcionar o impacto da internet ao nível do ensino numa disciplina de pensamento global.

"Navegando na Filosofia" acabou por ser um dos primeiros, senão o primeiro site que foi publicado em Portugal sobre o ensino da filosofia.  Nada era fácil naqueles tempos, desde os servidores onde foi sendo alojado (Terravista, Sapo...) até ao rudimentos de programação necessários para a sua edição.

Ao longo dos anos foi criando muitos outros sites abrangendo novas temáticas. "Navegando na Filosofia" foi ficando "esquecido" e era raramente atualizado. Várias vezes pensei a encerrá-lo, mas nunca o fiz porque número de visitantes foi sempre muito significativo. Ainda em 2015  surgia em lugar destacado nas pesquisas sobre filosofia em Portugal.  Atribui este facto a duas razões: em primeiro lugar o pouco empenho dos amantes da filosofia em Portugal na divulgação das suas ideias junto de um público mais alargado,  mas igualmente à natureza da própria disciplina, onde as questões debatidas são "eternas", isto é, nunca estão encerradas. Basta então enunciá-las para que permaneçam sempre atuais. Assim seja.

Carlos Fontes

 
   

O Filósofo e os seus Alunos (1626), Willem Van der Vliet

 

 
   

Universalismo

 

A filosofia dirige-se a todos os homens e não a nenhum em particular. O filósofo expressa a voz de um Homem no mundo. Esta é a essência da filosofia. Mais

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É a Cultura Ocidental Racista?

Um dos aspectos mais interessantes da globalização foi o dar a voz àqueles a quem a mesma foi retirada durante séculos. Entre eles contam-se, como é sabido, os muitos povos escravizados ou exterminados pelos europeus. Mais

 

   
 

 

A Crise da Filosofia

Os tempos estão maus para a filosofia, esta é a conclusão a que chegou um prestigiado jornal internacional. A razão é simples: Não há tempo, nem paciência para elaborar grandes ideias. A receita para ter sucesso na filosofia é produzir ideias simples para servirem de entretenimento a leitores sem tempo para pensar. As obras filosóficas que mais se vendem são uma espécie de manuais de auto-ajuda para espíritos despistados. Mais

 

Temas em Destaque

Novos Problemas da Ética

 

 

A história do ensino da filosofia em Portugal pode ser lida em www.filorbis.pt/educar/index.html

Para nos contactar:

carlos.fontes@sapo.pt

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