F. Nietzsche

Estrutura da obra Origem da Tragédia

(Texto em construção. Aguarde um pouco!)

 

Título da 1ª. edição (1871): A Origem da Tragédia a partir do Espírito da Música

Título da 3º. edição (1878): A Origem da Tragédia ou Mundo Grego e Pessimismo

Posfácio 

- Questão decisiva colocada por Nietzsche: Porque é que o povo grego sentiu a necessidade de arte da tragédia? 

- A tragédia é apresentada, neste posfácio, como a essência do pessimismo, onde se manifesta o gosto pela crueldade, o horror e a incerteza quanto ao destino. O pessimismo não significa para Nietzsche abandono, mas aparece ligado à força, à vida e ao poder.

- A decadência da tragédia grega é justificada pela influência nefasta de Sócrates-Platão que afastaram os homens da vida e os envolveram na teoria, lógica, ciência.

- Duas manifestações da doença do homem pós-Sócrates-Platão: racionalismo e individualismo.

- O cristianismo, ausente no texto da Origem da tragédia, é aqui apontado como inimigo da arte. Representa um dos últimos estágios de degenerescência da cultura grega e dos impulsos da vida.

- Desilusão e ruptura com a música de R. Wagner e a cultura popular alemã. Estas deixam de ser consideradas por Nietzsche como manifestações promissoras do renascimento do espírito dionisiaco. 

 Prefácio a R. Wagner

- A arte surge como uma actividade metafisica. libertadora do sofrimento humano.

- O  mundo é apresentado como a obra de um Deus artista livre de preconceitos e valores morais.

 

Os dois princípios fundamentais da arte

Capítulo  1: O espírito apolíneo e espírito dionisíaco na arte . A sua presença na tragédia ática.

- A arte é o resultado da conflitualidade entre dois espíritos, simbolizados por dois deuses: Apolo e Dioniso. O primeiro individualiza e dá forma à energia vital que o segundo emana. Nas formas criadas por um descobrimos a energia transbordante do outro.  

Capítulo  2: Os dois tipos de arte: a apolinea (poesia) e a dionisiaca  (música). 

- Apolo domesticou na arte grega a bestialidade da força irracional de Dioniso. A harmonia da arte grega resultava desta tensão (reconciliação) de forças opostas. 

Capítulo  3: Evolução da mitologia grega. 

- O auge da cultura grega está na tragédia antiga anterior a Eurípides, onde a tensão entre os dois espíritos está ainda viva. 

- A imagem da cultura grega, simbolizada por Apolo e um mundo do Olimpo tranquilo, não passa de uma tentativa negar a existência do espírito dionisiaco na arte. Procura-se desta forma exorcisar heróis trágicos como Prometeu, Édipo, Orestes...

Capítulo  4: Caracterização dos dois princípios. O espírito dionisíaco só se pode manifestar através do espírito apolíneo.

- Apolo representa a individualização, medida, ordem. Exprime o triunfo da razão e da moral.

- Dioniso representa o excesso, embriaguez, orgias sexuais, festa, música, etc. Exprime a firmação da vida e da força.

- Por vezes predomina um ou outro espírito. Apolo predomina, por exemplo, na escultura e  arquitectura e Dioniso na música e na dança. 

Capítulo  5: Poesia lírica.  Implicações metafísicas da arte

- Homero e Arquiloco estão na génese da tragédia antiga. No primeiro predomina Apolo (subjectividade, individualização) e no segundo  Dioniso (identificação com o uno primordial e o sofrimento).

- O génio na arte é aquele que melhor exprime esta tensão e conflitualidade entre Apolo e Dioniso.

Capítulo  6: A música como essência da arte dionisiaca, conduzindo o homem à dissolução com o ser (uno primordial)

- O primado da música sobre a poesia na arte grega antiga. A música exprime na sua essência o uno primordial, a fonte inesgotável de toda a arte. 

A Origem e Apogeu da Tragédia Grega 

Capítulo 7: O papel do coro na origem da tragédia ática. 
Capítulo  8: Evolução da tragédia. Do coro trágico (dionisiaco) ao drama (decadência).
Capítulo  9: Exemplos do espírito apolineo-dionisiaco que vigorou na tragédia antes de Sócrates: Os dois heróis trágicos - Édipo (Sofocles) e Prometeu (Esquilo).  

A Decadência da Tragédia e as suas Causas

Capítulo  10: Evolução da tragédia desde o seu inicio (apogeu) até à sua decadência com Euripides. Causas da decadência da tragédia grega. A racionalização da religião e do teatro.
Capítulo  11: Causas explicativas para o desaparecimento da tragédia. As suas consequências na arte no no estatuto do artista.

Sócrates e Platão os teóricos da Decadência da Cultura Grega

Capítulo  12: A racionalização da arte. A supremacia do espírito apolineo. A influencia de Sócrates sobre Euripides.
Capítulo  13: Sócrates
Capítulo  14: O dialogo platónico, como resquício da arte dionisiaca. O espírito apolineo, na ética, lógica, ciencia, etc..

O homem teórico e o seu horror à vida

Capítulo  15: Sócrates como modelo do homem teorico na cultura ocidental. Caracterização do homem teórico.Limites da ciência moderna.
Capítulo  16: Natureza da música. 
Capítulo  17: Manifestações ocultas do espírito dionisiaco. Continua a caracterização do homem teórico.
Capítulo  18: Ilusões do homem teórico. O niilismo como o fracasso do homem teórico. 

A Opera como expressão artística decadente

Capítulo  19: A ópera como uma pseudo-arte. A opera trágica de Wagner como a promessa do retorno à cultura trágica.
Capítulo  20: O papel essencial da música no retorno à cultura trágica.
Capítulo  21: A arte deve assentar numa síntese entre o espírito apolíneo e o dionisiaco.
Capítulo  22: A moralização como uma actividade de degenerescência cultural.

A Opera de Wagner como promessa do regresso ao espírito dionisiaco

Capítulo  23: Necessidade de regresso à força criadora
Capítulo  24: A arte como a verdadeira natureza do real.
Capítulo  25: A indissociabilidade entre o espírito apolineo e o dionisiaco.
 

Biografia. Filosofia

Origem da Tragédia

Bibliografia . Estrutura da Obra. Problemáticas . Glossário. Testes

Carlos Fontes

Programa do 12º. Ano

Referências Históricas

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