Carlos Fontes

 

 

Cristovão Colombo, português ?

 

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Salvador Fernandes Zarco, Colombo ?

Trata-se da primeira hipótese e partilhada por muitos historiadores que defendem a sua identidade portuguesa.

1. Nome  

O seu verdadeiro nome seria Salvador Fernandes Zarco. A sua enigmática assinatura cabalística parece ter neste ponto uma possível explicação. 

4.1. Enigmática Assinatura

A tese portuguesa é que Cristoval Colon era apenas um nome de guerra, um pseudónimo e não o seu verdadeiro nome. Não se tratava todavia de um nome qualquer, mas um que tinha um significado oculto.

Colombo deu informações muito precisas aos filhos sobre a forma de fazer a sua verdadeira assinatura.

A assinatura está escrita de forma cabalística, para saberemos o seu verdadeiro nome de Cristoval Colon temos que a decifrar. Em Itália ninguém prestou qualquer valor à mesma, pois não se encaixava no perfil de um humilde plebeu.  

Assinatura de Cristoval Colon

(Salvador Fernandes Zarco)

1. " .S. " - Salve

2. " .S.A.S. "  - Salve, Ave, Salve

3. " X M Y  " - Christo, Maria Joseph

4. " : " - Dois pontos ou Colon (separador perfeito na escrita antiga)

           - Hernando Colon, filho de Colombo, afirma que o significado é " membro " (Kõlon em grego).

5. " Xpo " -  Cristo, Salvador. 

6. " FERENS " - Abreviatura de "Fernandes" (filho de Fernando )

                         -  Conjugação do verbo latino "Fero" que significa "fazendo a  travessia, trazendo, levando...

 

7. " S " - Zarqa, Zarqo ( em hebraico ).

 

8. " . / " - Ponto e vírgula ou semi-colon (separador imperfeito na escrita antiga)

Leitura: 

-   Membro  ( do quê ? da Ordem de Santiago ? da Cruz de Cristo ? )

"Cristoferens"  - Membro dos que vão com Cristo 

 - Salvador Fernandes Zarco

 

Junto a esta assinatura cabalística Cristoval Colon fazia também um monograma ( a vermelho), cuja decifração já foi concluída.

Salvador Fernandes Zarco

 

Foi a partir da descodificação desta assinatura que começaram a ser levantadas hipóteses sobre os seus país e naturalidade, e depois dos seus irmãos. Este método pressupõe conhecimentos de cabala e de genealogia.

2. Pais de Colombo

Colombo era filho bastardo de um nobre português, um caso nada estranho para a época, pois ele próprio teve também um filho bastardo em Castela (D. Hernando Colón). Nasceu no Alentejo, numa família ligada à Ordem Militar de Avis  e / ou de Santiago de Espada. Neste momento estão reunidas centenas de provas que confirmam estas conclusões, como vimos nestas páginas.  

Pai: O Infante D. Fernando (1433-1470), 2ª Duque Viseu (1460), 1º. Duque de Beja, senhor de Serpa e Moura, Mestre da Ordem de Cristo e da Ordem de Santiago de Espada,  6º Condestável de Portugal, fronteiro-mor das comarcas do Alentejo. Era o segundo filho do rei Duarte I de Portugal e de sua esposa Leonor de Aragão. O Infante Dom Henrique tinha por ele uma enorme estima, pelo que o nomeou seu herdeiro, e por isso este lhe sucedeu como Duque de Viseu e no Mestrado da Ordem de Cristo. 

Não fosse o facto de ter falecido, em 1470, estava destinado a ser rei de Portugal. O Infante casou-se, em 1447, com D. Beatriz de Portugal, sua prima. Pouco depois de se casar, tentou fugir de Portugal para Nápoles (Itália). O rei D. Afonso V, informado a tempo, conseguiu interceptar o seu navio junto ao estreito de Gibraltar. Permanece um mistério os reais motivos desta tentativa fuga para Itália. O que pretenderia esconder ? 

Mãe: Uma filha de Constança Rodrigues de Sá e Almeida e de João Gonçalves Zarco, neta de Cecília Sciarra Colonna, bisneta de D. Agapito Colonna.

Cristoval Colombo teria portanto uma ascendência real aragonesa (sua avó paterna era D. Leonor de Aragão) e outra portuguesa (seu avô paterno era o Rei D. Duarte). Este elevado estatuto justifica a forma como foi sempre tratado em Portugal e Espanha, assim como os seus irmãos. 

2.1. Mãe

Quem era a filha de João Gonçalves Zarco amante do Infante D. Fernando ? . Nomes apontados:

- Isabel de Melo. Casou-se com João Afonso de Aguiar, provedor de Évora (Alentejo). Este nome permitiria explicar a razão porque Bartolomeu e Diego tinham o apelido de "Melo".

-  Isabel da Câmara. Isabel casou-se com Diogo Afonso de Aguiar (padrasto de Colombo), era caçador do rei ou do Duque de Bragança e tinha a alcunha de "o Altaneiro". 

- Lia Zarco (Colonna ?) . Nome apontado em duas obras enigmáticas datadas de 1692: "Teatro Genealógico" (editada em Portugal) e "Pericope Genealogica" (editada em Espanha). Pode ser um nome fictício para encobrir uma das duas mulheres anteriores .

2.2. Infante D. Fernando e a Ilha da Madeira

O Infante D. Fernando, assim como as filhas de João Gonçalves Zarco estavam ligadas por família e títulos ao Alentejo. Os maridos de duas das suas filhas, eram como vimos, oriundos do Alentejo.

O Infante D. Fernando, recebeu do Infante D. Henrique o senhorio da Madeira. A documentação é abundante sobre o assunto (10).

3. Outros Inesperados Irmãos

O Infante D. Fernando teve 9 filhos de Dona Beatriz, a sua única esposa legitima. Quatro destes filhos legitimos cruzaram-se com Colombo: 

Diogo (1450/1-1484), 4º Duque de Viseu,3º Duque de Beja. Foi "assassinado" em 1484 por D. João II. Colombo fugiu para Castela neste mesmo ano. Algumas teses esotéricas sustentam que se trata da mesma pessoa, mas assumindo uma nova identidade.    

Leonor de Lencastre (1458 -1525). Nasceu em Beja. Casou-se com principe D. João, tornando em rainha de Portugal. Era muito amiga de Cristovão Colombo e este dela (consultar).

Isabel ( 1459-1521). Nasceu em Beja. Casou-se com D. Fernando II, 3º. Duque de Bragança. Este Duque foi assassinado em 1483 por D. João II. Os irmãos deste Duque refugiaram-se em Castela, onde foram amigos e protectores de Colombo.

Manuel (1469 -1421). Nasceu em Alcochete. Duque de Beja, rei de Portugal. Está documentado o encontro deste com Colombo em 1493, quando este regressou das Indias. Voltaram-se a encontrar em Toledo (1498), cerca de um mês antes de partir para 3ª. Viagem. D. Manuel I protegeu todos os portugueses que apoiavam em Espanha.

 

7.

4. Apelido Melo de Bartolomeu e de Diego

 

Alguns autores, como Mascarenhas Barreto defendem que o Infante D. Fernando teve também uma relação amorosa com Isabel de Melo, do qual nasceu Bartolomeu e Diego, daqui terá derivado a origem do seu apelido de "Melo". Isabel de Melo casou-se depois com João Afonso de Aguiar, provedor de Évora (Alentejo). Esta ligação permite perceber o enorme apoio que os melos, nomeadamente D. Alvaro de Bragança, lhe deram em Castela /Espanha.

5. Sangue Judeu

Teria Colombo sangue judeu ? Sim se admitirmos a sua filiação anterior, do lado materno era originário dos Zarcos. O seu avô era João Gonçalves Zarco, um célebre navegador português. Este facto justificaria a bênção em hebraico, nas cartas para o seu filho.

As coincidências são enormes e permitem explicar aspectos particulares da sua fisionomia, carácter, crenças, etc.

6. Naturalidade

7. Estudos

8. A Falta do Documento de Baptismo

Esta tese tem um problema: não existe - nem pode existir -, nenhum documento que comprove o nascimento de Colombo em Portugal. Primeiro porque o nome é falso, depois porque a sua missão exigia, como veremos, que todo o seu passado fosse ocultado; Por último, os cronistas de Portugal, falsários e muitos outros que daremos conta, trataram de destruir as provas para o proteger ou tirarem proveito do facto. Como não há crimes perfeitos, a verdade mais tarde ou mais cedo acaba por ser revelada.

História

Provas

Esta hipótese de identificação de Cristovão Colombo como Salvador Fernandes Zarco assenta nas seguintes provas:

- Decifração da assinatura cabalística;

- Decifração da assinatura sua abreviada (S, F, Z )

- A identificação do seu pai como o Infante Dom Fernando assenta num facto ocorrido em 1456, quando tentou fugir para Nápoles (Itália). Especula-se que terá tentado fugir com a sua amante ou para junto da mesma em Itália. 

- Hipóteses baseadas em complexos estudos genealógicos reconstruíram as peças que faltavam.

9. Autores: Patrocinio Ribeiro, Arthur Lobo d`Avila, Saul Santos Ferreira, Alexandre de Naia, Mascarenhas Barreto (Não partilham todas as teses).

Carlos Fontes

 

 

 

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