Director: Carlos Fontes

 

 

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Grupos Carenciados 

 
 

 

Entre a população que reside em Portugal, destacam-se quatro grupos sociais que carecem de uma atenção especial.

1. Idosos. A melhoria das condições de vida, provocou o aumento da longevidade, assim como o abaixamento das taxas de natalidade. O resultado conjugado destes factores foi o envelhecimento global da população portuguesa. Actualmente existe maior número de idosos com mais de 65 anos do que jovens com menos de 15. A manter-se esta evolução, segundo o INE, dentro de 40 anos para cada 100 jovens haverá 250 idosos com mais de 65 anos (Dados de 2005).

Para além da idade, este grupo social possui outras vulnerabilidades:

a)  a maioria dos idosos possui baixos níveis de escolaridade. A quase totalidade dos analfabetos em Portugal correspondem a pessoas idosas que nasceram e viveram grande parte da sua vida durante a ditadura (1926-1974); 

b) Uma boa parte destas pessoas habita em habitações antigas ou em regiões, vilas e aldeias deprimidas economicamente;

c) Começam a ser alvos de alguma discriminação social por parte dos grupos mais jovens, que os encaram como menos atractivos, inteligentes, sexuados ou produtivos.

2.Camadas intermédias pouco qualificadas. Em largas zonas do país, em especial no norte, centenas de milhares de pessoas abandonaram muito cedo as escolas para se empregarem em industrias de trabalho intensivo. Nunca faltou trabalho neste tipo de industrias. Á maioria destes trabalhos, pouco ou nada qualificados, pouco mais se exigia do que força de trabalho. As capacidades profissionais e os horizontes intelectuais dos trabalhadores eram limitados. Para agravar esta situação as câmaras municipais locais pouca ou nenhuma importância atribuíram à educação e cultura. Fizeram brutais investimentos em clubes de futebol, enquanto ao lado as escolas do 1º. ciclo permaneciam no mais completo abandono.

O encerramento de milhares de empresas de trabalho intensivo, a partir de finais dos anos 90, deixou num momento para o outro milhares destas pessoas sem grandes alternativas de vida no próprio país. A população mais jovem é muito melhor qualificada, possui outro tipo de exigências e experiências intelectuais. Os imigrantes passaram também a disputar os trabalhos menos qualificados. Para milhares destes portugueses pouco qualificados e sem horizontes de vida, a única saída que vislumbraram foi o emigração (uma saída histórica e cultural).  

3. Ciganos. Estamos perante um grupo entre 30 a 50 mil pessoas que vive há séculos nas margens da sociedade portuguesa. A esmagadora maioria dos projectos de integração, nomeadamente os realojamentos tem-se revelado um completo falhanço político e social (consultar).

4. Africanos. Após a independência das colónias, em 1974, não tem parado de aumentar a população negra em Portugal. No total serão mais de meio milhão de pessoas. A maioria das quais é oriunda dos Palops, embora na última década a sua origem seja cada vez mais  diversificada, vindo de outras regiões de àfrica como o Senegal, Nigéria, Congo, etc. As deficientes condições de integração desta população tem levantado sérios problemas sociais. Alguns dos bairros de realojamento são verdadeiros focos de violência urbana, nomeadamente na região da grande Lisboa  (consultar).  

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2. Mudanças Previsíveis 

A população portuguesa irá continuar a envelhecer, fruto das baixas taxas de natalidade, mas também do aumento da esperança de vida.

A verificar-se um aumento da população ele será devido à natalidade dos imigrantes.Neste contexto a única saída possivel é desenvolver uma política de imigração que assente em dois pilares fundamentais:

a) Formas pró-activas de integração dos novos imigrante na cultura e na lingua portuguesa, evitando tanto quanto possível a sua instalação em guetos urbanos como os que proliferam nos arredores de Lisboa (Loures, Odivelas, Amadora, Sintra, Almada, etc); 

b) Privilegiar os fluxos migratórios de áreas culturais afins (brasileiros, angolanos, moçambicanos, etc) de forma atenuar a conflitualidade social e o crescimento descontrolado de minorias sociais que se auto-excluem da cultura dominante, gerando uma sociedade dilacerada. 

Carlos Fontes

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