Director: Carlos Fontes

 

 

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Partidos e Movimentos Políticos em Portugal

(Século XIX)

A história dos partidos políticos em Portugal, durante o regime monárquico pode ser dividida em três grandes períodos.

 

 
  1820-1850. Este período corresponde à implantação da democracia em Portugal. É marcado por uma guerra civil (1828-1834) e pela permanente instabilidade política. Os partidos políticos possuem uma organização muito incipiente, gravitando em torno dos seus líderes. Os monarcas interferem directamente no seu funcionamento, favorecendo uns em detrimento de outros.  

Entre 1820 e 1834, emergem dois grandes "partidos", os liberais e os absolutistas (Miguelistas). Os primeiros defendem um regime democrático. Os segundos, reclamam o regresso à velha ordem absolutista, confinado o poder absoluto a um filho de D. João VI:  - D. Miguel. Os liberais acabam por vencer, mas após a partida de D. Miguel para o exílio, dividem-se em facções sobre a melhor organização política para o país.

Em Setembro de 1836, ocorre uma revolução. Uma facção dos liberais toma o poder e procura impõe uma nova ordem política. A guerra entre as duas principais facções dos liberais só termina em 1850. 

Os Setembristas (autores da revolução de 1836), pretendem a regresso à Constituição liberal aprovada em 1822. Representam a facção radical do movimento. Proclamam a soberania popular, eleições directas e a eliminação de qualquer tipo de moderadores (Rei). Incarnam o espírito republicano. Contestam a enorme influência da Inglaterra em Portugal. 

Os Cartistas, defendem o regresso à Carta outorgada por D. Pedro IV em 1826. Recusam um sistema político igualitário, onde o povo seja soberano. O Rei devia de ter um poder moderador. Acabam por sair vencedores e a Carta será adoptada até 1910.

Estes partidos que desaparecem em 1851, têm já um verdadeiro programa político, uma boa  organização com importantes meios de propaganda.     

 

  1851-1890. O regime monárquico adquire alguma estabilidade. Formam-se dois grandes partidos políticos que se alternam no poder, muitas vezes, devido a influências régias. Estes partidos tem já uma sólida organização, assente em vastas redes de clientelares.

O Partido Regenerador, fundado em 1852, foi o principal partido português da IIª. metade do século XIX. Fontes Pereira de Melo foi o seu mais carismático líder. A sua política assentava na criação de infra-estruturas ( estradas, caminhos de ferro, comunicações, etc). 

O Partido Histórico (progressista), fundado em 1852, foi o segundo maior partido. Alternou no poder com o Partido Regenerador (rotativismo). Tinha uma política mais conservadora.

Quando estes dois partidos se coligaram, em 1860, surgiu como reacção o Partido Reformista (renovador), ligado ao conhecido Bispo de Viseu e a Sá da Bandeira. A sua existência foi muito curta.  

A actividade partidária abrange todo o país e envolve todos os sectores de actividade. Estes partidos monárquicos, a fim de se perpetuarem no poder recorrem a todos os expedientes, incluindo a falsificação de resultados eleitorais. 

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  1891-1910. Após o ultimato de 1890, o regime monárquico entra em crise. O rotativismo dos partidos monárquicos está completamente desacreditado. A monarquia recorre cada vez mais a soluções autoritárias.

A válvula de escape para este pântano partidário, estava nos partidos e movimentos minoritários. Republicanos e anarquistas começam a adquirir uma crescente influência social. A partir do início do século XX, colaboraram entre si para o derrube no regime, ao qual atribuem a causa de todos os males que o país padece. A monarquia acaba por ser derrubada a  5 de Outubro de 1910. Os socialistas, neste contexto, adoptam uma atitude conciliatória com regime monárquico, nunca conseguindo uma expressão política significativa. 

 

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Partidos Políticos em Portugal

Monarquia (1820-1910)

1ª. República (1910-1926)

Ditadura (2ª. República -1926-1974)

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