Director: Carlos Fontes

 

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Comunidades Portuguesas no Mundo

Milhões de portugueses (exploradores, marinheiros, investigadores ou simples emigrantes) ao longo dos séculos tem percorrido o mundo, estabelecendo-se nos seus lugares mais recônditos. Descubra um pouco desta história fantástica de um povo que fez do mundo a sua pátria de eleição.

 

 

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Caravela. Navio português (séc.XV) 

Uma Viagem pelo Mundo em Português

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Uruguai - Portugal

Desde o inicio do século XVI que os portugueses descobriram e exploravam este território. Diz a tradição que o nome da capital do Uruguai - Montevideu, foi dado por um gajeiro português da frota de Fernão de Magalhães (Janeiro de 1520). Ao avistar um monte terá gritado "Monte vide eu " (Monte vi eu). Desta frase formou-se a palavra Montevideu. 

 

A história deste país, como o da Argentina e outras colónias espanholas da América do Sul está intimamente ligada a Portugal.

 

Missões Jesuítas, Bandeirantes e Gauchos 

 

Os portugueses desde o século XVI que procuravam apossar-se do região que hoje constitui o Uruguai. Os espanhóis perceberam que não tinham meios para a defender. A forma que encontraram foi autorizar que os jesuítas aí estabelecessem um conjunto de missões, verdadeiras reservas de indios. 

 

Este facto não impediu que os portugueses não se instalasse na região, sobretudo depois de 1580, durante a chamada "União Ibérica". 

 

Bandos de vagabundos portugueses (gaudérios, gauchos), instalaram-se no Uruguai onde se dedicaram à criação de gado para contrabando, auxiliados por indios locais.

 

Outros vindos de S. Paulo fazem  verdadeiras razias no Uruguai à procura de escravos indios, destruindo  acampamento e pilhando tudo o que encontravam.

 

Os portugueses instalam-se em toda a região, muitas vezes pelos motivos mais bizarros. Em 1628, por exemplo, chegou à cidade de S.Paulo o novo governador do Uruguai - Luis de Céspedes y Xeria, tendo-se se casado com um nobre portuguesa. Apesar dos paulistas o terem recebido mal, quando partiu para o Uruguai levou consigo grande número de portugueses para aí se fixarem. O seu governo foi marcado pelo apoio directo aos interesses de Portugal. Em 1631 foi preso, acusado de traição à Espanha.  

 

Colónia de Sacramento

 

Em 1680, os portugueses fazem uma nova investida sobre o Rio da Prata, e fundam nas suas margens a célebre Colónia do Sacramento, origem da actual cidadeTrata-se da primeira cidade que foi criada no Uruguay. Mais.

 

Sítio classificado pela UNESCO: Bairro Histórico da Cidade Colónia de Sacramento: http://whc.unesco.org/sites/fr/747.htm

 

Montevideu

 

Os portugueses no princípio do século XVIII, haviam conseguido instalar-se em diversos pontos das margens do Rio da Prata, incluindo São Filipe e Santiago de Montevideo. Graças à acção de Bruno Mauricio de Zabala,em 1724, são expulsos desta cidade, na sequência desta acção foi mandado construir uma importante fortaleza no local. 

 

Montevideo virá a ser mais tarde, várias vezes ocupada pelos portugueses.

 

São Carlos

 

A cidade de San Carlos foi fundada, em 1763,por portugueses radicados no Uruguai, na sua maioria açorianos.

 

 

Tratado de Madrid

 

D. João V, prosseguindo a política do seu pai procura expandir o Brasil até ao Rio da Prata. Em 1731 contrata em Roma jesuítas astrónomos e matemáticos para fazerem um levantamento cartográfico da costa e território da costa oriental do rio da Prata. Secretamente inicia conversações com a Espanha para que esta reconhecesse os territórios ocupados pelos portugueses para além do linha do Tratado de Tordesilhas. Propõem-se inclusive comprar os territórios entre os Rios Negro e o do Uruguay, incluindo as sete missões dos jesuitas. 

 

Uma princesa portuguesa, esposa do rei espanhol (Fernando VI) intervém no processo, e leva os espanhóis a aceitarem um Tratado (1750) que consagrava as novas fronteiras entre o Brasil e as colónias espanholas.

 

Portugal em troca de cedência da Colónia do Sacramento e das suas pretensões ao estuário da Prata, recebia em em troca Santa Catarina, Rio Grande do Sul (território das missões jesuitas do Sul), Mato Grosso do Sul, a região entre o Alto-Paraguai, o Guaporé e o Madeira de um lado e o Tapajós e Tocatins do outro, assim como outras vastas regiões. 

 

Os habitantes das colónias espanholas, nomeadamente os dos Uruguay, Paraguay, Equador, Bolívia, Peru e Colombia   sentiram-se traídos pela corte espanhola.

 

Guerra Luso-Espanhola 

 

A partir da segunda metade do século XVIII, desencadeia-se uma guerra permanente entre Portugal e a Espanha em torno das fronteiras do Brasil.

 

Em 1762, a Espanha uniu-se à França e invade Portugal, aliado da Inglaterra. Ocupam também Sacramento (1762), que se encontrava mal defendida. Os portugueses, estabelecem um aliança com os ingleses e invadem o Rio da Prata. A esquadra comandada por um capitão inglês (John McNamara) acaba por ser derrotada (1763). Graças a um Tratado acordado nesse ano em Paris, Sacramento é devolvida a Portugal.

 

Os Portugueses não desistiram todavia do objectivo de expandirem o Brasil, e de ocuparem a Banda Oriental (Uruguai).

 

Face ao seu avanço, os espanhóis, em 1776, criam o Vice-Reino da Prata que abrangia as áreas em disputa (Bolívia, Paraguai, Uruguai, Argentina e o actual Estado de Rio Grande do Sul do Brasil). O novo vice-rei - Pedro Ceballos (1776) - à frente de mais de 9 mil homens avança contra as áreas ocupadas pelos portugueses. Ocupa Sacramento (1777), ataca Santa Catarina e prepara-se para atacar Rio Grande, também no Brasil. Não tarda a perceber-se os portugueses estão solidamente instalados em Rio Grande. Retira-se ao ser informado que um novo Tratado (1777), reconhece o domínio definitivo de Portugal sobre Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

 

 

Invasão de 1801

 

Em 1801, os espanhóis, apoiados pelos franceses invadem de novo Portugal e usurpam a Vila de Olivença, cometendo o primeiro etnocídio da Europa contemporânea. 

 

A resposta portuguesa não se fez esperar, neste mesmo ano as tropas portuguesas ocupam uma vasta região do Uruguai, onde estavam as chamadas "Misiones Orientales do Uruguai ou "Sete Povos de Missões, que foram mais tarde integradas no Estado do Rio Grande do Sul do Brasil. Antes desta invasão já os portugueses haviam criado ao longo da fronteira com o Uruguai diversas povoações como Caçapava do Sul e Canguçu, com população vinda dos Açores (Jane. 1800).

 

Os portugueses ocupam ainda a área dos Rios Piratini e Yaguarón, a margem esquerda do Rio Santa Maria até à linha do Tratado de Santo Ildefonso (1777), a área costeira dos arroios de Taim e Chuy, vindo a integrá-las no território brasileiro.

 

Invasão de 1811

 

Após a proclamação da Independência do Uruguai, em 1810, o Vice-Rei Espanhol do Rio da Prata solicita a intervenção dos portugueses para derrotar os revoltosos. Os portugueses viram nesta intervenção uma oportunidade para se apoderarem da região, integrando-a no Brasil. 

 

A 17 de Julho de 1811, cerca de 3 mil soldados, comandados por Diogo de Sousa, invadem a "Banda Oriental". 

 

Cisplatina

 

 

 

Os portugueses, em 1816, voltam a invadir a Banda Oriental e entram em Montevideo (1817). 

 

El Directorio avaló la invasión portuguesa de la Banda Oriental para someter a Artigas, que se había convertido en el rival más peligroso para Buenos Aires

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A partir de 1815, la situación política en el Litoral se volvió cada vez más inestable, por lo cual desde Buenos Aires muchos vieron con buenos ojos la eventualidad de una invasión portuguesa. Una invasión que, de todos modos, Buenos Aires no estaba en condiciones de impedir.

En agosto de 1816, el general Carlos Federico Lecor invadió la Banda Oriental con una fuerza de 12.000 hombres, muchos de ellos veteranos de las guerras europeas. El avance fue lento, dado que Lecor buscó ganarse el respaldo de los orientales y evitó la destrucción inútil de sus bienes.

José Artigas intentó una resistencia desesperada, para lo cual instaló su campamento de Purificación en las Misiones. Pero sus tropas, al mando de Fructuoso Rivera, fueron derrotadas en India Muerta, en noviembre de 1816.

Agentes montevideanos intentaron un último pedido de ayuda a Buenos Aires, donde la resistencia popular a la pasividad del director Pueyrredón ya se hacía sentir. Pero Buenos Aires impuso sus condiciones: la ayuda sólo era posible si la Banda Oriental se entregaba luego a la autoridad del Directorio. Como era de prever, esta oferta fue rechazada. Pero Artigas también le negó apoyo a la ciudad de la cual desconfiaba: en enero de 1817, Montevideo, bloqueada por agua y rodeada por tierra, cayó en manos de los portugueses. Sin embargo, no todos lamentaron esta situación: para muchos miembros de la elite montevideana también era la ocasión para librarse de la incómoda tutela de Artigas.

 

 

 

Em 1820, a Banda Oriental foi integrada no Brasil com o nome de Provincia Cisplatina do Reino Unido de Portugal e Brasil..

Os conflitos só acabaram quando em 1828 o Brasil já independente se mostrou disponível para criar um estado tampão, o Uruguai (1828). 

 

  Carlos Fontes

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