1974 |
25
de Abril. Derrube da Ditadura em Portugal. |
Maio |
Costa
Gomes (membro da Junta Militar que governa Portugal) visita Moçambique.
A
Frelimo intensifica as acções de guerrilha, tirando partido da
fragilidade da indefinição política que reina em Portugal.
Aumenta
o número de militares portugueses que se recusam a combater.
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Junho |
No
inicio do mês de Junho, em Lusaca, o ministro português Mário
Soares e o dirigente da Frelimo Samora Machel iniciam contactos
exploratórios com vista ao estabelecimento do cessar fogo e à
independência de Moçambique. |
Julho |
22
de Julho. A estrutura coordenadora política dos militares
portugueses em Moçambique (MFA), solicita a Lisboa a independência
imediata deste território e a sua entrega à Frelimo. |
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30
de Julho a 2 de Agosto. Conversões em Dar-es-Salam, entre o
ministro português Melo Antunes e a Frelimo. |
Agosto |
1
de Agosto. Uma companhia portuguesa, em Omar (norte de Moçambique),
na ausência do seu comandante entrega-se à Frelimo e é
conduzida prisioneira para a Tanzânia. O caso espelha a
desmoralização em que se encontravam as tropas portuguesas. |
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Portugal
reconhece perante o secretário-geral da ONU, em Lisboa, o direito
de Moçambique à Independência. |
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14
de Agosto. Novo encontro entre um delegação do governo português
e a Frelimo, em Dar-es-Salam.A delegação portuguesa é constituída
por Mário Soares, Melo Antunes e Almeida Santos. |
Setembro |
5
a 7 de Setembro. Uma delegação do governo português e outra da
Frelimo estabelecem em Lusaca, os termos do Acordo sobre a
Independência de Moçambique. O Acordo foi assinado pelo
presidente da República portuguesa a 9 de Setembro. |
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7
a 17 de Setembro. Rebelião, em Maputo e na Beira contra os termos
do Acordo de Lusaca. A comunidade portuguesa em Moçambique e
muitos outros moçambicanos sente-se lesada com o processo.
Registam-se dezenas de mortes e destruições. Muitos portugueses
residentes em Moçambique partem na altura para a África do Sul e
Rodésia. |
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10
de Setembro. As tropas portugueses começam a transportar
militares da Frelimo para vários pontos de Moçambique tendo em
vista, evitar situações de vazio de poder em todo o território
e possíveis desacatos. |
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21
de Setembro. Toma posse um governo de Transição, presidido por
Joaquim Chissano. |
Outubro |
No
dia 21 de Outubro, elementos armados da Frelimo envolvem-se em
confrontos com comandos das forças militares portuguesas,
provocando diversos mortos em Maputo. |
1975 |
Fins
de Maio. Samora Machel regressa a Moçambique. |
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Independência
de Moçambique a 25 de Junho, conforme o estabelecido nos Acordos
de Lusaca. Samora Machel é o primeiro presidente da república. |
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Saem
de Moçambique cerca de 250 mil brancos
É estabelecido um
regime de partido único, a Frelimo. Inicia-se um processo de
construção de um Estado Socialista. Os principais sectores económicos
do país são nacionalizados. O governo moçambicano apoia os
movimentos nacionalistas que na África do Sul e no Zimbabué
lutavam contra os regimes racistas. As fonteiras do Zimbabué
(antiga Rodésia) são fechadas.
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1976 |
Fundação
da Renamo, o movimento de resistência ao regime monopartidário
marxista que se instalara em Moçambique. A Renamo conta
inicialmente com o apoio da Rodésia, África do Sul e
indirectamente dos EUA.. A Renamo capitaliza em seu benefício os
descontentamentos populares, sobretudo nos meios rurais. |
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Fecho
das fronteiras com a Rodésia, decisão que se mantém até 1980. |
| Apoio
à luta de libertação do Zimbabué. |
1977 |
Inicio
da guerra civil. Até 1992 esta guerra devasta o país e conduz à
morte 1 milhão de pessoas e mais de 3 milhões de refugiados. A
guerra civil provoca uma paralesia da educação, saúde e da
agricultura.
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Inicio
de grandes secas que se prolongam até 1978, produzindo um número
indeterminado de vítimas. |
1980 |
A
África do Sul apoia a Renamo. |
1982 |
Chegada
das tropas do Zimbabué para controlar as oleodutos e linhas
ferroviárias entre Mutare e a Beira.Estas tropas só sairão de
Moçambique em 1993. |
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As
secas que ocorrem entre 1982 e 1984, provocam mais de 100 mil
mortos e deixam à fome cerca de 4 milhões. |
1984 |
Acordo
de Nkomati. Moçambique deixa de dar apoio ao ANC e a África do Sul à Renano. |
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As
cheias neste ano desalojam 50 mil pessoas e destroem grande parte
das colheitas. |
1986 |
Morte
de Samora Machel num desastre áereo. Joaquim Chissano é o novo
presidente de Moçambique.
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A
Renamo declara guerra ao Zimbabué. |
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A
Tanzânia envia tropas para Moçambique para apoiar o governo. |
1987 |
Agosto.
Massacre das populações de Homoine (cerca de 400 mortos) e do
Manjacaze (c.80). |
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. |
1988 |
Abre-se
de novo a possibilidade da emigração dos moçambicanos para as
minas da África do Sul. |
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Grandes
cheias, as últimas haviam sido em 1985.. |
1989 |
A
derrocada do bloco da ex-União Soviética provoca uma ruptura nos
apoios aos regimes marxistas em todo o mundo, o que se reflecte em
Moçambique.
A Renamo não tarda
em perder os seus apoios no Zimbabué e na África do Sul.
A Frelimo abandona
o marxismo-leninismo
Inicio de conversões
entre a Renamo e a Frelimo, em Roma, sob a égide do Quénia e do
Zimbabué.
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1990 |
Introdução
de um sistema multiparditário. Abertura do país à economia de
mercado |
1991 |
Inicio
da fome em grandes áreas de Moçambique.
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1992 |
4
de Outubro. Assinatura, em Roma, de um tratado de paz entre o
governo e a Renamo, pondo fim a 16 anos de guerra civil .N altura
da assinatura a Renamo controlava cerca de 20 % do território.
Dezembro. A ONU envia
para Moçambique forças para a manutenção da paz.
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Continua
a seca de 1991, afectando uma grande parte do território moçambicano. |
1993 |
Retirada
das forças do Zimbabué e que auxiliavam o governo a controlar as
vias de comunicação entre a Beira e o Limpopo
Agosto.
A ONU lança um programa de repatriamento para refugiados que
termina em Maio de 1995 (cerca de 1 700 000 refugiados serão
repatriados para Moçambique). |
1994 |
27
e 29 de Outubro.Eleições democráticas. A Frelimo é o partido
mais votado para o parlamento, e Joaquim Chissano para a presidência
da república.
O novo governo
dirigido por Pascoal Mocumbi, tem pela frente uma enorme tarefa, a
reconstrução do país. A reintegração dos guerrilheiros e o
controlo do banditismo estão na ordem do dia.
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Grandes
secas que se prolongam por 1995, produzindo milhares de vítimas. |
1995 |
Março.
As instituições internacionais acordam num plano de reformas
económicas e de diminuição da pobreza. A divida externa do país
é elevadissima, assim como as assimetrias de desnvolvimento.
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1996 |
Julho.
Moçambique adere à Comunidade de Países de Língua Oficial
Portuguesa (CPLOP)
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1998 |
Tensão
nas relações entre o Presidente Chissano e o chefe da Renamo,
por ocasião das eleições municipais.
9 de Março.
Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama encontraram-se para debaterem
divergências sobre alegadas irregularidades no processo relativo
a preparação das primeiras eleições autárquicas.
Junho. Realizam-se as primeiras eleições autárquicas nas
principais cidades do país, mas sem a participação da Renamo,
que não reconheceu os resultados.
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1999 |
3
e 5 de Dezembro. Novas eleições
legislativas e presidenciais. A Frelimo e Joaquim Chissano são
novamente declarados vencedores, mas a Renamo - união eleitoral
recusa-se a aceitar os resultados, declarando que houve fraude.
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2000 |
Fevereiro
e Março.
Grandes cheias. Para além de um número considerável de vítimas,
as frágeis estruturas económicas são duramente afectadas.
9 de
Novembro. A Renamo promove diversas
manifestações pelo país.Em consequências de confrontos com a
polícia morrem 40 manifestantes.A oposição exige a recontagem
dos votos das eleições de 1999.
22 e 23 de Novembro. Perseguições e detenções pela polícia
de membros dos partidos da oposição. Cerca de uma centena de
detidos morre na cadeia de Montepuez, na província de Cabo
Delgado (norte).
20 de Dezembro. Iniciam-se novas conversações entre o
presidente moçambicano Joaquim Chissano e o líder da Renamo,
Afonso Dhlakama, como resultado das pressões da sociedade moçambicana
e da comunidade internacional, nomeadamente da União Europeia,
tendo os dois líderes anunciado reuniões subsequentes e
terminado o encontro com um simbólico aperto de mão. |
2001 |
19
de Fevereiro. Conversações entre a
Renamo e o Presidente Chissano, para analisar as reivindicações
deste movimento político.As conversões posteriores apenas
serviram para aprofundar as respectivas divergências,
nomeadamente sobre as alterações pontuais à Constituição da
República. |
2002 |
Em construção ! |