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.VisãoNews.Com-27/8/2002
"Cabo-verdianos
nos EUA não chegam a 100 mil segundo "Census 2000
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Dados
do recenseamento americano feito no ano 2000 e revelados esta semana
indicam que não chegam a 100 mil o número de pessoas que se
identificaram como cabo-verdianos durante a recolha de dados feita há
quase dois anos.
O Estado de Massachusetts é o que acolhe a maior parte dos originários
desse arquipélago, com 45.125, seguido de Rhode Island, 15.727 e
Connecticut, 3,638. Quanto a cidades, na área de Boston residem 11.060.
Brockton aparece com 8.844 situando-se como o segundo pólo de concentração
crioula nos Estados Unidos da América.
Para a maioria dos líderes comunitários, estes números estão aquém da
realidade já que, como é sabido, muitos indocumentados não se fizeram
contar temendo que a revelação de dados pessoais pudessem chegar às mãos
dos serviços de Imigração. Outros tantos, já naturalizados, preferiram
identificar-se como americanos para além daqueles que preferem continuar
com a cidadania portuguesa.
Nota-se ainda que há um grande número de cabo-verdianos americanos que
embora nasceram na América, continuam a ser portadores da identidade
cabo-verdiana. Resta saber é se se apresentaram aos recenseadores como
originários de Cabo Verde.
Estes números, embora relativamente expressivos em cidades como Boston e
Brockton, podem desfavorecer a organizações comunitárias que utilizam
os números para angariar fundos que sustentam programas sociais, ou para
defender uma maior presença cabo-verdiana em instituições como escolas,
corporações policiais, entre outros serviços públicos.
Uma contagem dos alunos cabo-verdianos nas escolas públicas de Brockton e
Boston, por exemplo, poderá revelar dados surpreendentes e deitar por
terra os resultados do "Census 2000". O problema é encontrar os
recursos financeiros e a vontade política de realizar tais estudos. Uma
real percepção dos sistema americano indica que a contagem das pessoas,
e conhecer o número de cidadãos com capacidade eleitoral em cada grupo
étnico é a maior arma de pressão sobre os políticos. E talvez ajude a
equacionar a possibilidade de estimular uma maior participação de originários
de Cabo Verde em desafios eleitorais a nível local ou estadual" |
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