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Testes de Filosofia

Carlos Fontes

 
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  Psicologia 

 Ensino Secundário

 

 

Origens

 

 
 

 

Psicologia = Estudo da Alma

 

  A reflexão sobre as causas do comportamento humano não nasceu na Antiga Grécia, mas foi aqui que conheceu os seus primeiros investigadores.

Os gregos partiam do pressuposto de que todos os seres viventes tinham uma causa que determinava a sua natureza, comportamento e pensamento: a Alma (Psyché). 

A Alma era o princípio da vida e do pensamento. Quando abandonava um corpo este morria. Cada ser tinha a sua alma específica. Os filósofos gregos procuravam determinar os vários tipos de almas de modo as distingui-las em função da sua origem, natureza,  finalidade, constituição, inclinações morais, relações com o corpo, etc. A Alma (inata) definia a natureza de cada ser.

Platão atribuiu à Alma um lugar central na sua filosofia (ver ), tendo inclusive elaborado a partir da mesma  todo um sistema político. A Alma era para Platão imortal e definidora da natureza de homem quando nascia, determinando-lhe a sua condição social, pensamento, inclinações morais, etc. Aristóteles escreveu sobre o assunto uma das suas mais importantes obras - De Anima (Da Alma) -, na qual não apenas sumariza as posições anteriores, mas introduz novos conceitos, nomeadamente a unidade entre o corpo e a alma.

Os filósofos cristãos durante a Idade Média (séc. IV-XV) prosseguiram esta reflexão, mas confinam a Alma aos seres humanos, terminando o processo na sua espiritualização e personalização. A Alma humana, criada por Deus, definia aquilo que de mais essencial cada homem possuí. Nela estava inscritas as tendências humanas consideradas boas face aos olhos de Deus. A psicologia está subordinada à religião.

A ruptura com estas concepções sobre a Alma começou no século XVII. O conceito de Alma começa a ser abandonado, concentrando-se os filósofos modernos na explicação da natureza e funções do "entendimento, "consciência" ou da "mente".  Três movimentos que concorrem para esta mudança:

a) Ciência Moderna. A única forma de conhecimento que passou a ser assumido como verdadeiro era o produzido pela ciência. Este conhecimento era baseado em experiências e em teorias que podiam ser verificadas, provadas. Ora as reflexões sobre a Alma não passavam de especulações impossíveis de serem verificadas. 

b) Mecanicismo. O mundo e os seres vivos desde o século XVI era cada vez mais encarado numa perspectiva mecanicista. Tudo não passavam de mecanismo mais ou menos perfeitos. Na medicina do tempo, por exemplo, o corpo humano era frequentemente descrito como um máquina.  No seu "interior"  não  havia espaço para as concepções tradicionais sobre a Alma.

c) Empirismo. O empirismo defendia uma concepção sobre o conhecimento humano que reforçava as teses mecanicistas. Os homens quando nasciam assemelhavam-se a uma folha em branco. Nada possuíam de inato. Era através da experiência que se formavam e definiam como seres humanos. Os seus orgãos sensoriais não passavam de meros mecanismos receptores e transformadores de sensações. O seu comportamento era  determinado pelas sensações externas recebidas ao longo da vida. O homem era visto como um produto do meio. Conhecendo as circunstâncias em que uma pessoa fora criada era possível  prever como agiria. Modificando estas experiências externas podia-se também mudar o seu comportamento.

No século XVIII Kant demonstra que as realidades metafísicas, como a Alma ou Deus, não podiam ser objecto de conhecimento. Não passavam de crenças, meras hipóteses impossíveis de serem comprovadas.

Carlos Fontes

Continuação

 

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