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Filosofia da Linguagem e da Comunicação

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A linguagem sempre esteve presente na reflexão filosófica, nomeadamente porque os filósofos sempre desconfiaram da mesma. A ambiguidade e o pouco rigor das palavras foram apontadas como a causa de permanentes confusões e obstáculos à expressão do pensamento. Ao longo de toda a história da filosofia foram apontadas quatro saídas possíveis:

a) Definição dos conceitos. A fim de evitar a diversidades de sentidos que uma palavra podia assumir,  a primeira tarefa é  justamente a de definir os conceitos utilizados e seleccionado os termos mais adequados, tentando desta forma anular, ou pelo menos reduzir a ambiguidade das palavras e evitar as confusões no discurso produzido; 

b) Descoberta da sentido originário das palavras. Parte-se neste caso, do pressuposto que cada palavra  possui um significação primitiva, frequentemente obscurecida pelos usos que foi adquirindo. A tarefa consiste justamente é desvelar esse significado oculto, essencial que nos permite justamente compreender melhor o sentido das próprias coisas.

c) Criação de uma linguagem artificial. Assumindo a linguagem corrente como um obstáculo à expressão de um pensamento rigoroso, procura-se neste caso a criar uma nova linguagem isenta dos problemas que possui a linguagem corrente;

d) Silêncio. Perante a dificuldade de encontrar as palavras adequados e que não atraiçoem o pensamento,  muitos filósofos aconselharam que evitássemos a comunicação verbal, centrando-nos apenas na reflexão interior.

A verdade é que a linguagem, enquanto tal só em finais do século XIX começou a ser objecto de uma reflexão sistemática. 

Platão

Neopositivismo:

Gottlob Fregue (1848-1925) foi o primeiro a demostrar as limitações da linguagem natural, nomeadamente devido à imprecisão das palavras. Esta linguagem não apenas foi considerada inadequada para ser usada pela ciência, mas também para exprimir o pensamento filosófico. Surge então a ideia que grande parte dos problemas filosóficos eram resultantes do uso desta linguagem imprecisa.

Bertrand Russel.    

Wittgenstein

Circulo de Viena: 

Carnap, Neurath, Schlik, Reichembach, Hempel, Ayer

Escola de Oxford

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Breve Bibliografia sobre Filosofia da Linguagem e da Comunicação

1. Filosofia da Linguagem

Alston, Willian P. - Filosofia da Linguagem . Zahar editores, Rio de Janeiro.

Belo, Fernando -Filosofia e Ciência da Linguagem. Lisboa. Colibri.1993

Ducrot, O; Todorov, T.- Dicionário das Ciências da Linguagem.Lisboa.Pub.Dom Quixote.1977

Enes, J.-Linguagem e Ser.Lisboa.IN-CM.1983

Haching, Ian- Por que a linguagem Interessa à Filosofia?.São Paulo.Unesp.1999

Kristeva, J.- História da Linguagem.Lisboa.Ed.70.1969

Jacob, A.- Introdução à Filosofia da Linguagem. Porto.Rés

Jakobson, R.- Relação entre a Linguagem e as Outras Ciências.Lisboa.Bertrand.1974

Lima,J,P. (org.) -Linguagem e Acção.apaginastantas.1983

Mayer, M - Lógica,Linguagem e Argumentação.Lisboa.Teorema.1992

Marcos, Maria Lucilia -Sujeito e Comunicação. Porto.

Mouloud, Noel - Linguagem e Estrutura. Coimbra. Almedina.

Schaff, Adam - Linguagem e Conhecimento. Coimbra. Almedina.

Simon, Josef - Filosofia da Linguagem. Lisboa.70.1990

Piaget, Jean;Chomski, Noam - Teorias da Linguagem. Teorias da Aprendizagem.Lisboa.Ed.70

Searle, J.-Os Actos de Fala.Coimbra.Almedina.1984

Vários -Existência e Linguagem.Lisboa, Presença.1990

Vários (J.Sunpf,G.Granger,J.Bouveresse, J.Gauvin) - Filosofia da Linguagem. Coimbra. Almedina.

Vygotsky, L.S.- Pensamento e Linguagem. São Paulo. Martins Fontes.1987

Watzlawick, Paul e outros - Pragmática da Comunicação Humana. São Paulo. Ed.Cultrix.

Zilhão, António - Linguagem da Filosofia e Filosofia da Linguagem. Estudo sobre Wittgenstein. Lisboa.Colibri.1993

 

Ver: Ayer, Chomsky,Davidson, Searle, Wittgenstein, etc

Continua !

Carlos Fontes

Referências Históricas

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