_blnk.gif _blnk.gif _blnk.gif _blnk.gif_blnk.gif _blnk.gif _blnk.gif _blnk.gif _blnk.gif _blnk.gif _blnk.gif _blnk.gif _blnk.gif
Filorbis.Carlos Fontes Anterior . Próximo      

Exposição:

O livro e a iluminura judaica em Portugal no final da Idade Média

   26 de Fevereiro a 15 de Maio de 2015, na Biblioteca Nacional de Portugal.

 Comissários: Luís Urbano Afonso e Adelaide Miranda.

A exposição está organizada em cinco grandes núcleos: 1. O livro e a iluminura sefardita ibérica (séc.XIII-XV); 2. A Escola de Lisboa (c. 1470-1490); 3. Interação cultural, científica, teológica e artística entre judeus e cristãos em Portugal; 4 Livro Impresso; 5. Controvérsias religiosas judaico-cristãs. Os caminhos do pós 1496/97: conversão e exilio dos judeus.

Com esta exposição, pretende-se divulgar um património que representou um momento alto da arte e da cultura judaica e portuguesa, do século XV, atualmente disperso e de difícil acesso. Mais 

 

Manuscritos Medievais em Movimento, 4 a 6 de Março de 2015, Fundação Calouste Gulbenkian e Biblioteca Nacional de Portugal

 

Congresso Internacional "Manuscritos Medievais em Movimento". A circulação de obras, imagens, modelos e ideias na Península Ibérica durante a Idade Média", segunda edição da iniciativa "Medieval Europe in Motion", organizada pelo Instituto de Estudos Medievais da Universidade Nova de Lisboa. Comissão organizadora: Alicia Miguélez Cavero e Fernando Villaseñor Sebastián. Mais

Sephardic Book Art of the 15th century
Lisbon, Biblioteca Nacional de Portugal, 25-27 February 2015

Colóquio internacional dedicado ao estudo dos códices hebraicos peninsulares (sefarditas) produzidos no século XV, nomeadamente sobre os manuscritos após a conversão forçada ou expulsão dos judeus da Ibéria entre 1492 e 1498. Entre os oradores internacionais destaque para as intervenções de Andreina Contessa, Javier del Barco, Katrin Kogman-Appel, Maria Teresa Ortega Monasterio, Sarit Shalev-Eyni, Shalom Sabar e Sonia Fellous.

Nos últimos tempos tem-se desenvolvido um interesse crescente pelos manuscritos sefarditas do século XV. Historiadores como Katrin Kogman-Appel, David Stern ou Andreina Contessa destacaram a relevância cultural e artística destes manuscritos. Poster . Programa

Livro de Horas da Rainha D. Leonor, iluminado por Willem Vrelant (c.1450-1475), IL-165 (BNP)

 

Um Mês, Um Códice Iluminado

(2013-2014)

 

Numa iniciativa a todos os títulos louvável, a Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) e o IEM - Instituto de Estudos Medievais, da FCSH, da Universidade Nova de Lisboa, entre 7 de Março de 2013 e Outubro de 2014, promoveu esta importante iniciativa. Todos os meses, um especialista em iluminura, analisou um códice iluminado da BNP ou da Biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda.  Está de parabéns Catarina Barreira, do IEM, coordenadora da iniciativa.

 

Prevê-se que ainda em 2014 seja publicado o volume com os textos das conferências.

 

O estudo da iluminura em Portugal tem conhecido nos últimos anos um enorme avanço. Inúmeras obras de arte escondidas nos nossos arquivos e bibliotecas tem sido estudadas e mostradas ao grande público, graças um trabalho académico sistemático.

 

 

Livro de Horas da Rainha D. Leonor, iluminado por Willem Vrelant (c.1450-1475), Fl.33; IL-165 (BNP)

 

No dia 8 de Outubro de 2014, Delmira Espada Custódio, proferiu a última e notável conferência do seminário - Um Mês, Um Códice Iluminado -, que decorreu entre 7 de Março de 2013 e Outubro de 2014, numa iniciativa conjunta da Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) e do Instituto de Estudos Medievais (IEM), da FCSH, da Universidade de Lisboa.

 

Delmira Espada, que prepara atualmente o doutoramento sobre Livros de Horas flamengos existentes em Portugal, não apenas revelou um profundo conhecimento sobre o objeto da sua conferência - o livro de horas da Rainha Dona Leonor -, mas também sobre o seu iluminador, influências e circulação do manuscrito. Com rara erudição explicou a sua iconografia e desvendou a história paralela de Joana d`Arc que percorre as suas margens.

 

 

 

Antifonário Santoral, (Entre 1526 e 1575); Fl. 1; LC. 131

 

Pormenor do enterro da virgem Maria.

 

No dia 10 de Setembro de 2014, Paula Cardoso, partindo de uma abordagem do vasto fundo de livros de coro da BNP, centrou-se sobre o antifonário L.C. 131 da autoria de "soror Antónia, indigna serva do senhor", do Mosteiro de Nossa Senhora da Anunciada, para mostrar com arguta mestria como pela sua decoração algo "ingénua", estava ali a despertar a forma própria das mulheres expressarem a sua relação com o divino.

 

As monjas copistas e iluminadoras não apenas se introduzem no universo masculino dos copistas e iluminadores, mas elaboram uma nova forma de expressão dos temas religiosos com uma nova  paleta de cores. 

No dia 10 de Setembro de 2014, Paula Cardoso, na conferência sobre Os Livros de Coro quinhentistas de Soror Antónia: o Antifonário L.C. 131, partindo de uma abordagem do vasto fundo de livros de coro da BNP, centrou-se sobre o antifonário L.C. 131 da autoria de "soror Antónia, indigna serva do senhor", do Mosteiro de Nossa Senhora da Anunciada, para mostrar com arguta mestria como pela sua decoração algo "ingénua", estava ali a despertar a forma própria das mulheres expressarem a sua relação com o divino. - Iluminura no feminino ?

Hinário (entre 1631 e 1640)  da BNP, LC.9,  Livro de Coro, proveniente do Convento dos Lois.

No dia 9 de Julho, António José de Almeida, O.P., na sua comunicação sobre as Trindades trivúlciacas em livros da Biblioteca Nacional (LC 9 e RES. 1876 P.), abordou a problemática da representação de Deus (invisivel) e em particular a "santíssima trindade".

No dia 11 de Junho, Rosário Paixão (CESEM-FCSH-UNL), desvendou a partir da leitura dos frontespícios alguns segredos das várias edições da "Crónica do Emperador Clarimundo, donde os Reys de Portugal descendem", escrita por João de Barros.

No dia 5 Maio, Manuel Pedro Ferreira (CESEM-FCSH-UNL), apresentou a sua comunicação -  O iluminado 115: liturgia cisterciense e adições locais [ IL. 115 ]. Mais uma excelente comunicação em que foi desmontada não apenas a notação musical, mas sobretudo, como a música numa ordem centralista como eram a dos cistercienses, não deixava de ser impregnada elementos locais.

 

Página iluminada da Bíblia hebraica, dita de Cervera, da BNP

 

Numa das sessões mais fascinantes, no dia 12 de Março de 2014, na Biblioteca Nacional de Portugal, o historiador de religiões e filólogo José Augusto Ramos e os historiadores de arte Luís Urbano Afonso e Tiago Moita (FL-UL), analisaram e comentaram a célebre bíblia hebraica - "Bíblia de Cervera: um manuscrito sefardita iluminado (1299-1300)", da colecção da BNP, no âmbito do programa "Um Mês, Um Códice Iluminado". 

Durante a conferência foi anunciado que, por volta de Fevereiro de 2015, na BNP, seria inaugurada uma exposição e realizado um congresso internacional sobre manuscritos hebraicos produzidos em Portugal no século XV, ambos comissariados por Adelaide Miranda e Luis Urbano Afonso.

Exposição:

Judaica nas Coleções da Biblioteca Nacional de Portugal – séculos XIII a XVIII
Exposição de 26 de Março a 28 de Junho de 2014 na BNP (1), comissariada por Lúcia Liba Mucznik (2).

Numa feliz coincidência, membros da comunidade judaica de Lisboa, ao saberem dos estudos que estão a ser realizados sobre a iluminura hebraica, não quiseram deixar de dar o seu contributo singular, promovendo esta exposição e a edição da obra: "Tratado que fez mestre Jerónimo, médico do papa Bento XIII, contra os Judeus, Moisés Orfali (estudo e transcrição)" (Abril de 2014, BNP)


 

   Um Mês, Um Códice Iluminado, na Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) é uma das mais importantes iniciativas em curso desde 7 de Março de 2013 e se prolongará até novembro de 2014.

Todos os meses, um mais especialistas em iluminura, analisam um códice iluminado da BNP ou da Biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda. Um programa a não perder !

 
     
 

 

Imagem do Livro de Horas, iluminado pelo mestre de l' Échevinage de Rouen (Rouen, 1426-1476), Fl. 12, BNP IL.42

Cartaz da Exposição sobre Livros de Horas

 

Em 2014 duas magnificas iniciativas já tiveram lugar: Uma exposição de Livros de Horas manuscritos, pertencentes à BNP (  14 de Novembro de 2013 - 17 de Fevereiro de 2014) e um Colóquio Internacional sobre Livros de Horas (13 e 14 de Fevereiro), também na BNP, ambas iniciativas foram comissariadas por Adelaide Miranda e Delmira Custódio.

 

 
 

Relações Culturais Judaico-Cristãs em Portugal no Final da Idade Média
31 de outubro e 1 de novembro de 2013, no anfiteatro III da FLUL
 

 
 

Colóquio Internacional “Medieval Europe in Motion” (18 a 20 de Abril de 2013)

Analise das influências da circulação e movimentação de pessoas, formas e ideias na criação artística durante a Idade Média.
 

 
 

Seminário Internacional e leituras no Mosteiro de Lorvão, 1 de Junho de 2012
 

 
 

COLÓQUIO INTERNACIONAL “D. ÁLVARO DA COSTA E A SUA DESCENDÊNCIA, SÉCS. XVXVII: PODER, ARTE E DEVOÇÃO, 7 e 8 de Junho de 2011

 

 

Seminário Internacional: “Os Livros de Horas do Palácio Nacional de Mafra e a Cultura Artística do Século XV”; Mafra: Palácio. Nacional de Mafra, 25 de Novembro  de 2011

 

Carlos Fontes, 2015

Anterior . Próximo

 

  . Notas:
 

(1) A Noticia informativa que consta no site da BNP, refere o seguinte:


"A exposição inclui uma seleção das obras mais representativas da Biblioteca Nacional de Portugal em hebraico ou sobre a língua hebraica e relativas ao judaísmo e a judeus, manuscritas ou impressas até ao séc. XVIII. Encontra-se organizada em seis núcleos: Bíblia; Liturgia, Ritual e Homilética; Língua Hebraica; Literatura Didática; Flávio Josefo e Fílon de Alexandria, e Polémica antijudaica.

A especificidade da coleção Judaica da BNP resulta do contexto histórico do país, em particular da inexistência de judaísmo legal em Portugal, entre o final do séc. XV e o início do séc. XIX, e da censura da Inquisição.

Salienta-se, em primeiro lugar, a quase inexistência de obras hebraicas impressas em Portugal, à exceção dos incunábulos hebraicos anteriores à expulsão. E em segundo lugar o facto de a maioria das obras hebraicas raras existentes na BNP terem sido produzidas por hebraístas cristãos para um público cristão, designadamente católico, como se comprova pelos locais de impressão (Paris, Antuérpia, Veneza, Basileia, Alcalá). Entre elas, destacam-se as bíblias hebraicas e as obras sobre a língua hebraica, quase todas do séc. XVI, na sua maioria provenientes de livrarias conventuais.
Em terceiro lugar, é de realçar, como consequência do desterro dos judeus peninsulares, que as obras produzidas por e para judeus foram impressas na diáspora, em Ferrara, Veneza, Amesterdão, Londres ou Hamburgo, com o objetivo de satisfazer as necessidades religiosas dos novos judeus – cristãos-novos retornados ao judaísmo – portugueses e espanhóis. Essas obras foram adquiridas, na sua maior parte, a partir do séc. XVIII, quando o clima de abertura cultural em Portugal fomentou o interesse de intelectuais pelos estudos judaicos, como são os casos, entre outros, de Frei Manuel do Cenáculo e António Ribeiro dos Santos, primeiro bibliotecário-mor da Real Biblioteca Pública da Corte, antecessora da Biblioteca Nacional de Portugal."

(2) Lúcia Liba Mucznik tem uma vasta obra dedicada ao judaísmo, da qual destacamos os seguintes títulos: Os Judeus Portugueses e a Expulsão: catálogo da exposição evocativa dos 500 anos da Expulsão dos Judeus de Portugal, Lisboa, BNP, N, 1996; Sinagogas portuguesas, BNP, 2004; A Consolação às Tribulações de Israel, de Samuel Usque : Um testemunho da era da Expulsão", in Os Judeus Portugueses entre os Descobrimentos e a Diáspora, catálogo da Exposição realizada na Fundação Calouste Gulbenkian, de 21 de Junho a 4 de Setembro de 1994, Lisboa, Agosto de 1994, etc.
 

 
 

 

Copyright © 1998 Filorbis Portugal . Todos os direitos reservados.
 

carlos.fontes@sapo.pt

 

 

 

   
 

 

 

   
Filorbis

Rede portuguesa de sites temáticos. Uma das primeiras a nível mundial

Carlos Fontes

Responsável e autor da rede Filorbis 

 

 

Interesses:

Filosofia, Comunicação, Cultura, Educação e Formação Profissional.

Formação Académica

Licenciado em Filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa.

Mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação no ISCTE (Lisboa).

Currículo Profissional

 

Professor do Ensino Secundário em Portugal. 

Foi dirigente no Instituto de Emprego e Formação profissional (IEFP) e no Ministério da Cultura.

Dirigiu e editou diversas publicações.

 

     
.