Director:Carlos Fontes

.Garcia da Horta

 
 
  Garcia da Horta (1501-1568), natural de Castelo de Vide, de ascendência judaica, estudou em Salamanca e Alcalá de Henares (Espanha), onde terá asssistido às lições do conhecido botânico Lebrija. Após se ter licenciado em medicina, regressou a Portugal, obtendo em 1526, a carta para o exercício da profissão da médico. Neste ano concorre à cadeira de Lógica da Universidade de Lisboa, em 1529 à de Filosofia Moral e, em 1530, à das Súmulas, mas em nenhuma é aceite. Acabou por ser nomeado professor interino da cadeira de Filosofia Natural, em 1534, o que terá contribuido o estimular a desenvolver uma observação da natureza e em particular da Botânica.

Provavelmente para fugir às perseguições que os judeus então eram vítimas, alistou-se como médico naval na ramada de Martim Afonso de Sousa. Entre 1534 e 1538 percorreu o Oriente desde Diu até Ceilão, estudando todas as espécies de vegetais, e dialogando com médicos árabes e indianos.

A partir de 1538 fixou residência em Goa, dedicando-se à medicina, mas também ao comércio de drogas, pedras preciosas, possuindo mesmo um navio próprio para este comércio.

A sua obra Colóquios dos Simples e Drogas e Cousas Medicinais, publicada em Goa (1563), com um poema de Camões, foi depois de traduzida para o latim e francês tendo alcançado uma enorme repercussão em toda a Europa.

 
 

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