Resistência
Religiosa Para resistir às ferozes
perseguições que eram vítimas, os judeus acabaram por criar poderosos meios
de resistência e sobrevivência nos ambientes mais hostis, acabando por
fechar-se sobre si próprios. Os membros desta
religião adoptam antigas práticas tribais, tais como: endogamia, culto de mitos de
superioridade racial e de uma suposta missão divina, cumprimento rígido de
tradições e rituais, etc.
Os textos sagrados ou de natureza
jurídico-doutrinal, como o Talmude, cavaram um fosso entre
judeus e gentios (cristãos, muçulmanos, etc). A interpretação judaica da Bíblia (Antigo
Testamento) tem um significado muito próprio para os judeus. O célebre mandamento biblico
- " ama o próximo como a ti mesmo"-, na interpretação
judaica, apenas inclui os judeus. Os não judeus, são considerados gente
inferior, idolatras e
portanto não merecem qualquer respeito, muito menos amor. No Talmude, sistematizado por Maimónides
(1135-1204), todos os não judeus são injuriados. Cristo é classificado de
feiticeiro e os cristãos de idolatras desprezíveis.
Este fosso entre judeus e gentios
acabou por os levar a aliaram-se aos poderosos para explorarem os mais pobres e
fracos entre os gentios. O
gentio era encarado com total desprezo, pouco importando o expediente usado
para o explorar. Em muitos países, como Portugal, os judeus eram cobradores de
impostos, banqueiros, dedicando-se a actividades de natureza especulativa.
Quando se sentiam espoliados pelos grandes senhores, os pobres revoltassem
contra os judeus, pois viam neles os agentes dos opressores.
Os negros são classificados como uma raça inferior.
É curioso constatar quer os judeus aparecem em muitos pontos do mundo ligados
aos tráfico de escravos.
Um judeu, segundo a versão
tradicional do judaísmo, só pode ajudar um gentio, quando estiver em causa a
imagem do seu povo. Caso contrário deve abster-se. Uma prática que durante
séculos levou os médicos judeus a recusarem-se a tratar de não judeus
(idolatras).
Os rabinos até ao século
XIX tinham um poder absoluto sobre a vida dos judeus, procurando mantê-los
sobre o mais apertado controlo afastados dos gentios. Os que se procuravam
libertar arriscavam-se a ser assassinados. Esta foi uma das razões, porque no
inicio do nazismo rabinos, como o Dr. Joachim Prinz, em 1934 saudaram as
ideias racistas de Hitler, porque dessa forma se impedia a assimilação dos
judeus pela sociedade alemã.
Estes mitos, ideias e
práticas procuravam assegurar uma forte unidade do seus membros, mantendo os
judeus afastados dos gentios de forma a evitar a sua integração nas
sociedades onde viviam.
Carlos Fontes |