Impérios

Impérios Orientais

Império Muçulmano / Império Otomano

Está inscrito na matriz do Islão que um dia irá dominar o mundo, exterminar os idolatras e ateus. Esta crença na criação de um Império Mundial é algo inerente ao islamismo.

1. Império Muçulmano

Maomé (570 -632) deu os primeiros passos, unificando as tribos árabes e após várias guerras lançou as bases do novo Império. Os que lhe seguiram as crenças  expandiram a religião Islâmica e o Império fundado na mesma ao Iêmen, Pérsia, Síria, Omã, Egito e Palestina. Em 711 conquistam aos cristãos grande parte da península ibérica. Foram derrotados em 732 quando se preparavam para conquistar a actual França. Os seus avanços para Oriente foram igualmente muito bem sucedidos. 

Durante alguns séculos o Império, baseado numa organização teocrática, manteve-se firme nas suas posições, embora as divisões internas não parassem de aumentar. O Império não tornou a fechar-se sobre si próprio, tornando-se avesso a qualquer mudança.

O Império, no século XII, começou a ser abalado pela reacção dos cristãos até então na defensiva: Na Península Ibérica, os cristão começam a tomar-lhes importantes posições territoriais, acabando por os expulsar definitivamente em 1492. Na Palestina as cruzadas, entre os século XII e XIV, mostram que os muçulmanos eram susceptíveis de serem derrotados nos seus territórios aparentemente mais bem defendidos. No século XV e XVI os portugueses atacam as suas posições em África e na Ásia, atingindo o coração do Império no Golfo Pérsico. No mar e em terra o Império Muçulmano mostra-se cada vez mais frágil.

2. Império Otomano (1299 - 1923)

No século XIII, na Anatólia os otomanos começou a formar-se um novo império. De conquista em conquista acabaram por tomar Constantinopla, a capital do Império Bizantino, em 1453, transformando-a na capital do seu próprio Império. A partir daqui a Europa cristã tinha um novo e terrível inimigo. 

As conquistas do novo império não pararam. No século XVI, os seus domínios abarcavam uma vasta região que se estendia por todo o norte de África, passando pelo Egipto, sudão, entrando pela Europa pelos Balcãs até às portas de Viena de Austria e só terminando no extremo oriente, onde andaram à guerra com os portugueses. 

O Império deu uma forte unidade ao mundo islâmico, sobretudo no século XVI e XVII, mas não tardou em ser dominado pela suas correntes fundamentalistas sunitas e outras mais místicas.

O Império vivia da pilhagem dos povos inimigos ou submetidos, assentando a sua administração num brutal sistema de formação de dirigentes: Por todo o Império eram raptadas crianças, sobretudo cristãs, sendo depois educadas como muçulmanas, e depois já como adultos eram usados no exército (os janízaros) e na administração pública.

No início do século XVIII começa a entrar em decadência, mostrando-se  incapaz de se renovar começando a perder territórios para a Rússia, Inglaterra, França, Itália, etc. 

Entra na 1ª. Guerra Mundial (1914-1918) ao lado da Alemanha e é esmagado, ficando ainda mais reduzido na suas dimensões. O Império Otomano terminou formalmente em 1923, quando se constituiu a Turquia, sendo então estabelecidas as actuais fronteiras.

3. O Sonho do Grande Império Islâmico

O ideia de voltar a constituir um novo Império, recuperando o antigos domínios nomeadamente na Península Ibérica, nunca desapareceu no mundo muçulmano. A construção do Império Muçulmano está inscrito no código genético do Islão.

Apesar deste sonho, os muçulmanos quando olham para o seu passado apenas podem constatar um longo período de decadência entre os séculos XIV e XX. 

O Império Otomano em nada contribuiu para modificar esta situação, apenas alimentou por algum tempo a ideia do grande império. Os seus contributos para o progresso da Humanidade foram nulos, limitou-se à pilhagem dos povos.

O nacionalismo muçulmano que se difundiu por todo o mundo entre os anos 30 e 60 do século XX, tinha a promessa de unificar a "grande nação islâmica", dando-lhe uma força equivalente ao número dos seus fiéis. O resultado destes movimentos nacionalista foi catastrófico: a maioria destes países vive hoje sob o terror de movimentos fundamentalistas e com graves problemas sociais. Os únicos que tem uma situação mais confortável são aqueles que se "renderam" ao modelo ocidental e capitalista. Um paradoxo difícil de explicar.

O sonho da reconstrução do grande Império Muçulmano não desapareceu. Candidatos não tem faltado.

1. Os terroristas islâmicos pretendem atingi-lo espalhando o terror, exterminando indistintamente idolatras e ateus, e confiando que a expansão demográfica dos muçulmanos no mundo acabe por fazer o resto. Um dia mundo será muçulmano, se entretanto tiver desaparecido. 

2. Alguns países muçulmanos, com maior ou menor dimensão, tem-se afirmando ciclicamente como os líderes de um novo movimento de afirmação, unidade e expansão do Islão. O seu sonho é transformar 1 bilião e 300 milhões muçulmanos que existem no mundo num verdadeiro exercito pronto construir o prometido Império.  

Carlos Fontes

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