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Imigrantes Somos Todos !
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  Entre a Exclusão e a Integração 

O aumento do número de imigrantes em Portugal, à semelhança do que aconteceu em outros países, recoloca entre nós, mas numa escala mais alargada o problema da inserção social destes novos residentes. Esta inserção tende a provocar quase sempre fenómenos de xenofobia e racismo.

Inquéritos à opinião pública e a grupos específicos da população  portuguesa, como jovens universitários, revelam que estamos perante um preocupante aumento de tendências racistas. A comunicação social passou também a tratar os casos esporádicos de crimes praticados por imigrantes numa forma alarmista, veiculando a mensagem que a segurança do país está posta em causa.   

As principais vítimas destas tendências são portugueses negros e imigrantes desta raça. Ninguém ignorava que o seu aumento na população residente em Portugal iria traduzir-se em novos problemas sociais, devido a  crescentes problemas de integração e de inserção social. Algo semelhante aconteceu, por exemplo, com os portugueses de raça branca em França.

Muitos destes africanos encontram-se em situação ilegal, mas mais grave que isso, estão completamente desenraizados e sem apoios nas respectivas comunidades. Atravessam gravíssimos problemas de solidão, o que os torna presas fáceis para redes de marginais e todo o tipo de exploradores.

Outros, estão ainda de tal modo apegados às suas origens que se auto-excluem da sociedade que os acolheu, agravando deste modo a sua situação. A sociedade em que vivem surge como uma permanente agressão às suas crenças e valores. A todo o custo procuram manter a sua identidade cultural, os seus modos de vida tradicionais.

Há aqui todo um campo de intervenção que os governos africanos tem descurado: o apoio aos seus emigrantes na Europa. O mesmo se poderia dizer dos países que os acolhem e se servem desta mão-de-obra barata.    

Um dos principais problema dos emigrantes, em qualquer parte do mundo, é sempre o da sua INTEGRAÇÃO ou INSERÇÃO SOCIAL nos países que os acolhem.

Quando existe grandes afinidade culturais, linguisticas e religiosas com os países que os acolhem esta integração está em princípio facilitada. 

Quando as diferenças culturais e religiosas são profundas, esta integração é muito mais difícil, como acontece, por exemplo, com os imigrantes de povos islamizados em países em França, Espanha, etc.

Em qualquer caso, esta integração pode ser facilitada através de programas sociais e educativos adequados (educação multicultural). Sobre este ponto podemos afirmar que o que se tem feito em Portugal é ainda muito insuficiente, sobretudo nos concelhos de maior concentração de emigrantes (Amadora, Loures, etc).

No entanto é preciso ter presente que a questão nunca é pacifica. Uma "boa" integração, representa sempre um "bom" processo de aculturação, o que implica quase sempre que os emigrantes esqueçam as suas raízes culturais e adoptem uma nova cultura, hábitos, tradições, etc. 

Acontece todavia que quando as culturas são muito distintas, ocorre com frequência problemas de desenraizamento cultural. O imigrante não se identificam com nenhuma das culturas, nem a do seu país de origem, nem com a do país de acolhimento. Este é um problema muito sentido pelas comunidades africanas na Europa. 

Um dos factores que agrava estes problemas de integração, ocorre ao nível dos estratos mais baixos da população. A mão-de-obra imigrante, na sua esmagadora maioria desqualificada, concorre com trabalhadores locais pouco qualificados, eles próprios vítimas de processos de exclusão e auto-exclusão social. Os imigrantes aos seus olhos surgem, muitas vezes, como a causa dos seus problemas laborais, como a falta de emprego, ordenados baixos, etc.  

A Integração e a Inserção Social dos imigrantes é um problema que requerer uma mobilização colectiva, nomeadamente das comunidades educativas. 

Carlos Fontes

 

 

 

Comunidades de Países Lusófonos

O racismo e todas as formas de discriminação assentam na ignorância e no medo do Outro, os que se apresentam como diferentes. Uma língua comum, como o português, pode ser um excelente instrumento para melhorar a nossa pátria comum, a Terra, mas para que isso aconteça é necessário que aqueles que a falam aceitem dialogar com os outros sobre os que os diferencia, mas também sobre o que os une enquanto seres humanos. 

Oito países diferentes,

 muitos séculos de história em comum

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Oito países diferentes,

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