Director: Carlos Fontes

 

 

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Breve História de Portugal

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Antecedentes

Os mais antigos vestígios da ocupação de Portugal datam de há cerca de 1,3 milhão de anos. Foram encontrados no litoral da estremadura portuguesa e estão entre os mais antigos da Europa.

Não existe uma linha clara de continuidade entre os povos aqui viveram e aqueles que hoje se denominam de portugueses. Apesar de tudo, os portugueses gostam de assinalar como manifestações dos seus antepassados remotos uma dezena de casos. 

Menino do Lapedo. Trata-se do esqueleto de uma criança com cerca de cinco anos. Foi encontrada, em 1998, sob a rocha no vale do Lapedo, situado no Lagar Velho (Leiria). O seu corpo foi envolvido com uma pele embebida em ocre vermelho. Tem junto de si restos de veado e de coelho, testemunhos de oferendas rituais quando foi sepultado, e constituem  provavelmente as primeiras manifestações mágico-religiosas conhecidas do homem moderno. Os especialistas acreditam que se trata de uma mistura genética entre os neandertais e o homem moderno. Viveu há cerca de 25 mil anos.

Vale do Coa. Num afluente do Rio Douro, ao longo de 17 km, ao ar livre encontra-se um verdadeiro santuário, constituído por magníficos desenhos de animais gravados nas rochas. Um dos núcleos foi realizado há cerca de 22 mil anos e o outro há 12 mil. Todo o conjunto está classificado como Património da Humanidade pela UNESCO

Megalitismo.  Por volta do V milénio a.C. na região que hoje constitui Portugal parecem ter abundado os dolmens, cromeleques e menires. O seu número continua a espantar os especialistas. Já em 1733, o padre Afonso Guerreiro, comunicava à Real Academia de História Portuguesa que tinha inventariado 315 dolmenes, sendo o seu número particularmente abundante no Alentejo (sul de Portugal).

O que ficou dos povos que aqui habitaram neste longo período ? A maioria dos investigadores aponta a formação de uma tendência para a abstracção e o esquematismo na arte. 

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  Fenícios, Gregos e Romanos. Deixaram em Portugal as suas marcas, mas o que de mais importante deixaram foi o testemunho que existia aqui um povo que não se deixava facilmente dominar - os lusitanos. O mito da Lusitânia e dos lusitanos irá perdurar para além dos mesmos, sendo recuperado já depois da Independência de Portugal (1143) para construir o imaginário de uma nação. 

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  Pagãos, Cristãos, Judeus e Muçulmanos. Nesses tempos conturbados entre os séculos V e IX, quatro religiões vão coexistir e degladiarem-se entre si pelo domínio deste território.

O paganismo não desapareceu com a queda do Império Romano, aos pouco foi sendo integrado e domesticado nas religiões do Livro, sobrevivendo ainda hoje em inúmeras tradições populares.  

O cristianismo começou aqui a sua difusão no século I, só se tornando a religião dominante depois do século XII. Portugal assumiu-se como um reino cristão, embora povoado por cristãos, judeus e muçulmanos.

O judaísmo apareceu em Portugal no século V. Foi lenta mais contínua a formação de comunidades judaicas ao longos dos séculos. Muito da Identidade do país deve-o aos cristãos, mas também aos judeus.

O Islamismo entrou de rompão no século VII. Os muçulmanos surgiram aos olhos dos que aqui habitavam como forças invasoras que ocuparam um território que não lhes pertencia. Dominados, nos séculos XII e XIII, foram rapidamente integrados no modo de ser português, subsistindo de forma muito viva em multiplas tradições e hábitos portugueses.

  Carlos Fontes

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