Carlos Fontes

 

 

PORTUGAL  

Ambiente

 
  Rios
  Rios

A maioria do rios estão poluídos. A causa principal está nas águas que recebem directamente dos esgotos sem serem tratadas. As estações de tratamento tiveram um grande impulso nos anos 90, mas desde então a incúria dos diversos governos, mas também das autarquias atrasou todo o processo de despoluição.

 

  Floresta

A área total da floresta ronda os 3,4 milhões de hectares, cerca de 38% do território nacional (dados de 1995). 93,4% da floresta é privada, desconhecendo-se o número de proprietários. Desde os anos 60, a floresta nativa portuguesa foi sendo substituída por eucaliptos e pinheiros bravos para alimentarem as industrias de celulose. 

A biodiversidade tem sido sistematicamente reduzida. Entre 1985 e 2000, a vegetação natural de Portugal foi reduzida em 101 mil hectares, equivalentes a cerca de 9% (Quercus, 2006)    

 

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Incêndios

Desde os anos 60, cada vez com maior gravidade, Portugal continental é assolado entre os meses de Junho e Agosto por terríveis incêndios. 

Desde finais dos anos 90  as suas dimensões atingiram tais proporções que fazem parte dos noticiários internacionais. Portugal fica literalmente em chamas durante 3 meses por ano !  As causas destas catástrofes são conhecidas, mas a incompetência dos políticos é tal que a tragédia continua.

1. Abandono dos campos. A agricultura emprega hoje menos de 5% da população. Este facto são a consequência directa do abandono de aldeias. No meio da floresta ficaram perdidas milhares de casas habitadas por pessoas de muita idade que teimam em permanecer em locais sem as mínimas condições de segurança. Basta haver um incêndio para as suas vidas ficarem em perigo. A desertificação humana atinge actualmente vastas áreas de Portugal. 

2. Floresta sem uma gestão adequada. À medida que a agricultura foi sendo abandonada, aumentou as áreas de mato, uma enorme fonte de combustível. Como se isto não bastasse, desde os anos 60 cresceram também as plantações de eucaliptos e pinheiros bravos, com as quais os seus proprietários esperam obter algum lucro de terras deixadas ao abandono. Sem uma gestão adequada, as florestas portuguesas estão também transformadas em enormes lixeiras, onde proliferam construções de todo o tipo (barracões, fabriquetas, etc), sem as mínimas condições de segurança contra incêndios.

3. Estado Ausente. Os serviços centrais do Estado, assim como as Câmaras Municipais, povoados de dirigentes mediocres, mostram-se incapazes de fazerem cumprir as leis que abundam sobre a floresta em Portugal: perímetros de segurança das povoações e habitações, limpeza das matas, etc, etc, etc. 

A maioria das propriedades  agrícolas também não possuem cadastro, pelo que não se conhecem os eus donos, o que tem impedido o Estado de lhes pedir responsabilidades.

Apesar das enormes somas gastos com os bombeiros, o país continua a não possuir um corpo de bombeiros profissionalizado à altura da dimensão da sua floresta.  

Face a este panorama, basta que as temperaturas subam acima do normal, a húmida desça e ocorra um ano de seca, para que os incêndios superem a área ardida dos anos anteriores. Não se trata de uma fatalidade, mas de incompetência ! 

 Área Florestal Ardida (em hectares)

1990 - 135.723 2003 - 425.716
1991 - 182.486 2004 - 129.539
1992 - 57.011 2005 - 338.262
1993 - 49.963 2006 - 75.510
1994 - 77.323 2007 - 49.363
1995 - 169.612 2008 - 17.564
1996 - 88.867 2009 - 87.420
1997 - 30.565 2010 - 133.090
1998 - 158.369 2011 - 46.108
1999 - 70.613 2012 -104.125
2000 - 159.606 2013 - 152.756
2001 - 111.850 2014 - 19.929
2002 - 124.411 2015 - 58.116

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  Fauna
  Flora
  Explorações de Inertes

Percorrendo de avião Portugal continental de norte a sul destacam-se claramente enormes feridas na paisagem provocadas por pedreiras. Em 2000 calculava-se que existissem mais de 5 mil pedeiras, embora só estivessem legalizadas 3.557. O Estado neste domínio, como em muitos outros não cumpre as suas funções de fiscalização. 

No Alentejo destacam-se igualmente as crateras abertas pelas explorações de minérios a céu aberto, muitas delas estão a contaminar os lençóis friáticos.  

 

  Ar

O excesso de automóveis provocou não apenas o caos nas cidades, mas aumentou a poluição atmosférica. Portugal continua a produzir elevadas emissões de gases com efeitos de estufa, contribuindo desta forma para o aquecimento global.

 

  Água

É impressionante o desperdício da água em Portugal. Calcula-se que de toda a água captada para uso urbano, apenas 58% seja utilizada para os fins a que se destina (Quercus, 2006)

   

Parques e Reservas Naturais, Matas Nacionais

Portugal possui 14 parques naturais e 14 reservas naturais.

 

  Litoral

A construção desenfreada ao longo do litoral português, tem contribuído para acelerar a erosão costeira. Trata-se de um problema que afecta cerca de 28% de toda a costa. 

Entre 1985 e 2000, a área construída no território nacional cresceu 42%. Algarve, Porto e Lisboa foram as regiões que mais contribuíram para este aumento. A construção fez-se sobretudo ao longo da A1 e no litoral algarvio. 

No Algarve o crescimento dos territórios artificiais chegou aos 55%, o índice de construção mais elevado do País, devido à pressão turística, o que implicou a delapidação do património natural, tendo desaparecido 20% da vegetação natural (Corine Land Cover 2000, AEA).

 

Açores

Açores, Ilha de Ponta Delgada, imagem da Lagoa das Sete Cidades

O arquipélago dos Açores - nove ilhas de origem vulcânica, em pleno Atlântico - oferecem ao visitante um conjunto de paisagens deslumbrantes, ainda não estragadas por atentados urbanísticos. .

 

Madeira

Em termos ambientais é brutal o contraste entre Portugal continental e o arquipélago da Madeira. O desenvolvimento fez-se aqui de forma harmoniosa, preservando-se a paisagem, o que torna este arquipélago num destino turístico de excelência para quem gosta de desfrutar a natureza.

 

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Tempo em Portugal

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