Carlos Fontes

 

 

Caravela. Navio português (séc.XV) 

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Uma Viagem pelo Mundo em Português

 

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Saque e Destruição

As empresas espanholas em Portugal continuam a ser cacterizadas pela prática do saque, num desrespeito absoluto pelas leis do país. Muitas delas estão inclusive envolvidas no tráfico de seres humanos. Uma prática que só tem sido possivel pela conivência de vários governos e de muitas autarquias locais. Uma

Empresas Espanholas em Portugal

Longas guerras no passado deram origem a relações baseadas na lógica do Saque e pelo menos o que se pode deduzir de exemplos como os seguintes.

Aumentaram, em 2006, as denúncias de consumidores portugueses referentes a empresas espanholas. O esquema é quase sempre o mesmo. Em Portugal é publicitada a  venda de produtos. Os consumidores que os compram pagam antecipadamente, mas quando depois os vão levantar descobrem que a empresa tem a sua sede algures em Espanha e lá ninguém responde pelos contratos feitos em Portugal. Uma vigarice. 

As empresas espanholas que se instalam em Portugal, operam quase sempre numa lógica de saque ou de "secagem industrial". No primeiro caso, limitam-se a especular envolvendo-se em negócios obscuros, como o de Mario Conde no Banco Totta & Açores. No segundo, após adquirirem empresas industriais portuguesas, para depois se desfazerem das suas unidades produtivas e em transformá-las em meros entrepostos para a comercialização de produtos espanhóis. Largos sectores da economia portuguesa foram desmantelados desta forma.

Uma das operações cada vez mais corrente, é a de pilhar o importante património cultural do país na posse de algumas empresas. Em 2005, por exemplo, após terem comprado dois jornais portugueses ( Primeiro de Janeiro e A Capital) e de os terem levado à falência, prepararam-se de seguida para transferirem para Espanha os seus preciosos arquivos, nomeadamente o do Primeiro de Janeiro. A imprensa do Porto denunciou o saque que estava a ser preparado (Agosto 2005).  

No dia 15 de Maio de 2006, o jornal Expresso denunciou um caso que chocou o país. Numa vila do norte de Portugal, perto da Galiza, a multinacional espanhola ZARA, explora o trabalho de crianças. Uma delas tinha apenas 11 anos de idade e trabalhava para esta multinacional no fabrico de calçado.

Em 2007, vem a público que uma empresa de construção civil (SOMAGUE), adquirida por espanhóis, em 2001/2002 esteve envolvida no financiamento ilegal de um partido português (PSD). 

Empresas Portuguesas em Espanha

Ao longo dos anos todos os governos portugueses, incluindo os presidentes da república tem-se  queixado que a Espanha procurado de forma muito diversas impedir a instalação e desenvolvimento das empresas portuguesas. A imprensa espanhola tem feito sucessivas campanhas contra grupos económicos portugueses, de forma a criar um clima pouco favorável à sua expansão.

Crimes Ecológicos

Sucedem-se em Portugal os crimes ecológicos feitos por espanhóis numa lógica de total impunidade.

Em Abril de 2007, por exemplo, um empresário espanhol abateu na centenas de zimbros, um espécie em vias de extinção na Reserva Ecológica do Alto Douro. Outro destruiu uma duna primária no concelho de Odemira (Alentejo) fragilizando deste modo as defesas da costa face ao avanço do mar. 

Nas Ilhas Desertas, na Madeira, onde existe uma reserva de lobos marinhos, os pescadores espanhóis nas suas investidas assassinas contra estes animais e outras espécies protegidas, tem ameaçado de morte os guardas da referida reserva (Junho de 2005). 

Outro exemplo desta atitude espanhola de total impunidade para com os seus vizinhos, ocorreu entre 13 e 19 de Novembro de 2002, com o petroleiro "Prestige". Este petroleiro que transportava  70  mil toneladas de fuel, quando vinha da Estónia e se dirigia para Gibraltar, começou a derramar fuel ( 6 mil toneladas) junto à costa Galega, contaminando-a.

A Espanha em vez de o rebocar para o porto mais próximo (La Corunha), começou por prender o respectivo comandante e depois afastou o navio destas suas costas, levando-o para sul na direcção das águas de Portugal, onde veio a afundar-se. Foi necessário a intervenção da marinha de guerra portuguesa para impedir que o mesmo fosse despejado nas suas praias.

Crimes contra o Património

Apostadas numa lógica de puro saque de recursos, as empresas espanholas, aproveitando-se da apatia das autoridades portuguesas destroem o património do país. A empresa espanhola - De Prado Portugal SA -, no concelho de Beja, destruiu 2 dezenas de sítios arqueológicos, uma villa, um aqueduto e uma ponte romana, ignorando as ordens das autoridades portuguesas (Publico, 9/10/2017).yuguesas

Criminalidade Organizada

Desde os anos 80 que Portugal tem vindo a ser invadido por bandos de criminosos sediados em Espanha. A abertura e ligação de todas as fronteiras por auto-estradas, assim facilitou estes assaltos, nomeadamente no norte (Minho e Trás-os-Montes) e no sul (Algarve). Estas organizações criminosas estão ligadas ao tráfico de droga, prostituição, assaltos (bancos, ourivesarias, bombas de gasolina, estabelecimentos comerciais, museus, residências, etc). Desde 2002 que existem crescentes suspeitas que a ETA, procura instalar células em Portugal.

Tráfico de Droga

A Espanha é a principal porta de entrada da cocaína na Europa, e o principal centro de branqueamento de dinheiro da droga. Todos os anos são presos em Portugal dezenas de traficantes espanhóis, 90% da droga que é aqui apreendida destina-se a Espanha.

Tráfico de Seres Humanos

A tradição escravocrata é antiga e tarda em desaparecer na Península Ibérica. 

Por incrível que possa parecer, no início do século XXI, tem-se multiplicado os raptos de portugueses que são depois levados para Espanha como escravos. Só em Abril de 2005, a Polícia portuguesa prendeu 23 negreiros de etnia cigana ao serviço de empresas espanholas. A partir de então, a comunicação social tem noticiado diversos casos de escravatura de deficientes por empresas espanholas. A barbárie em plena Europa.

Multiplicam-se os casos de empresas nos dois lados da fronteira que se dedicam ao trafico de pessoas, com a mais completa cumplicidade das autoridades espanholas. A 29 de Maio de 2006, por exemplo, a comunicação social denuncia mais uma empresa "portuguesa" que desenvolvia a sua actividade em Espanha (Valença) na construção de grandes empreendimentos turísticos. A sua "especialidade" consistia em contratar em Portugal imigrantes ilegais (ucranianos, moldavos e brasileiros) e depois levá-los para Espanha onde eram escravizados. 

Em Abril de 2007 foram libertados em Navarra mais 97 escravos, a maioria das quais era de origem portuguesa. Os contratadores eram de etnia cigana, os escravos eram indivíduos débeis mentais, toxicodependentes e com graves problemas de integração social.

Carlos Fontes

 
 

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