Andaluzia
A
reconquista da Andaluzia aos mouros pelos castelhanos ficou em grande parte
a dever-se ao apoio prestado pelos reis de Portugal. Na tomada de Sevilha (1248)
teve um papel decisivo o português, D. Paio Peres Correia,
Grão-Mestre da Ordem Militar de Santiago de Espada. Entre os
séculos XV e XVII, existiu na região uma importante comunidade portuguesa, que
apoiou a nobreza local, em especial os Duques de Medina Sidónia na sua luta contra o domínio dos castelhanos.
Após a ocupação de Portugal
pela Espanha (1580-1640), os portugueses minaram no interior e no exterior as
defesas castelhanas. No exterior, milhares de portugueses (pilotos, piratas e
corsários) conduziram ingleses, holandeses e franceses ao coração do Império
Espanhol participando activamente na sua pilhagem e domínio (consultar).
O seu objectivo era enfraquecer a Espanha, criando as condições para a
restauração da Independência de Portugal.
Uma destas acções de
desagregação, ocorreu em 1588, com a chamada Invencível Armada,
que saiu de Lisboa, sob o comando do Duque de Medina Sidónia. O
Duque seguia num galeão português (São Martinho). 12 navios eram
portugueses, assim como a esmagadora maioria dos estrangeiros que seguiam
nesta expedição (cerca de 4 mil). Acontece que este Duque foi sistematicamente
mal informado e conduziu os espanhóis de uma forma tão incompetente que
levou a uma humilhante derrota pelos ingleses, comandados pelo corsário Francis
Drake. Aproveitando o impacto desta
derrota espanhola, no ano seguinte (1589), Francis Drake veio a Portugal
com uma armada para defender a Independência do país e a causa de D. António
Prior do Crato (pretendente ao trono). O problema é que os ingleses eram muito
maus em combates em terra e os portugueses estavam desorganizados e minados por
traidores. Este célebre corsário inglês contou sempre nas suas expedições
com pilotos e marinheiros portugueses.
A
última tentativa de Independência da Andaluzia (Verão de 1641), chefiada
por um destes duques de Mediana Sidónia, foi naturalmente apoiada por Portugal.
Uma das suas filhas (Dona Luisa de Gusmão) foi a 1ª. rainha de Portugal logo
após a restauração da sua Independência (1640).
Muitos dos principais monumentos
andaluzes foram construídos ou tiveram o contributo de nobres portugueses (Convento de Santa Paula em Sevilha,
etc). Velázquez, o grande pintor andaluz era filho de um nobre português
1. Sevilha
Inquisição de Sevilha
(1482-1834)
Está por determinar
o número de portugueses que foram condenados e queimados em Sevilha,
calculando-se que oscile entre os 800 e os 1.000. No século XVII mais de 10% da
população da cidade era portuguesa. Em 1640 só nesta cidade existiam mais de
2.000 comerciantes e mercadores portugueses. Existiam outras importantes
comunidades em Cádiz, Osuna, Huelva, Utrera, Ayamonte, Puerto de Santa Maria,
Sanlucar de Barrameda, Jerez onde a inquisição fez verdadeiras matanças. A
maioria eram comerciantes, mercadores, banqueiros, arrendatários, médicos e
artesãos.
Na igreja da Madalela (Iglesia de
la Magdalena), erguida no local onde existiu a antiga igreja do Convento de São
Paulo (convento de San Pablo el Real de los dominicos), a primeira sede da
Inquisição em Sevilha, existe uma pintura mural que retrata um auto de fé de um
mercador de origem portuguesa: Diego López Duro, queimado vivo em 1703.
Data de 1434 a morte do primeiro
português, um frade franciscano, acusado de estar à frente de um grupo de
revoltosos independentistas em Sevilha, identificado com judeus ou conversos
(56).
Alguns portugueses vítimas da
Inquisição de Sevilha:
Auto de Fé de 21/5/1559,
entre os portugueses condenados conta-se Gonzalo Vaez.
Entre 1560 e 1599, pelo menos 42
portugueses foram condenados por vários motivos, tais como: judaísmo (a
maioria), heresia, protestantismo, fornicação ou sodomia (38).
O século XVII, inicia-se com o
grandioso Auto de Fé a 30/11/1604, cuja principal atracção foi a
condenação de portugueses (31).
- Gabriel Rodriguez, era líder
desde 1610 de um importante grupo de portugueses em Coria del Rio. Foram presos
em 1620 (14).
- Juan de Jesus Maria, condenado
por ser "alumbrado", em 1624.
O caso do "Cristo de la Paciencia"
de Cádiz, em 1629, enchem durante anos as prisões de portugueses, seis deles,
como vismo, foram queimados em 1632 na Plaza Mayor de Madrid.
- Pereira (Perea), foi preso pela
Inquisição em 1636, por andar a difundir ideias luteranas. Condenado à morte,
conseguiu fugir, sendo queimado em estátua a 23/8/1637, na Praça de S. Marcos.
Entre 1639 e o primeiro quartel
do século XVIII, o número de homens de negócios portugueses que ingressaram nos
cárceres do castelo de Triana (Sevilha) foi muito elevado. "No se cansaban los
inquisidores de repetir ante el consejo cuán ricos y poderosos eran éstos y
todos os demás conversos de esta nación aficandos en Sevilla" (37).
- Fernando Báez de Silva, médico e
mercador nas Indias espanholas. Foi denunciado em Lima e Cartagena das Indias.
Foi condenado em 1641.
- Família Passarinho (Passariños),
mercadores. Foram alvo de uma brutal perseguição.
- Diego Diaz Baez, condenado em
1643.
- Francisco Baez Castelbanco.
Condenado.
- Damian Diaz de Santillana,
caixeiro dos Passarinhos (Passariños), oriundo de Castelo Branco.
- Luiz Gomez Lobo, com mulher e
sogra. Condenados em 1643.
- Damián Baéz (ou Vaez) de Lucena e
o seu irmão Diego Diáz Baez foram presos, em 1648. A inquisição sevilhana neste
ano quase concluir a matança desta família em Sevilla.
- Artu Mendez, mercador. Faleceu
durante as torturas em 1648.
- Simón Núnez Cardoso, natural de
Lamego. Médico em Cifuentes. Preso em 1652. Foram também presas, entre outros os
seguintes portugueses: Diego Nunez, Francisco Nunes, Lucrécia Nunez, Maria Nunez,
Gracia Nunez, Gracia Cardoso.
O Auto de Fé de 2/3/1653,
condenou 24 pessoas, sendo 14 delas portuguesas.
A Inquisição de Sevilha, à
semelhança de outras por toda a Espanha, agia como um verdadeiro bando de
ladrões, prendendo de forma arbitrária portugueses, sobretudo comerciantes, para
os roubar. No dia 17/5/1655, por exemplo, foram presos 4 mercadores portugueses,
que não tardaram a ser espoliados de imediato dos seu bens (6).
- Isaac Orobio de Castro, nasceu em
Portugal (1617). Formou-se em medicina. Foi preso mais a sua família em 1654 na
cidade de Málaga.
- Manuel de Paz, morre durante as
torturas em 1659.
Auto de Fé de 13/4/1660, o
último de grande aparato, dos 64 réus, 58 eram portugueses, 7 foram queimados
vivos, 33 em estátua porque tinham fugido ou porque já haviam sido mortos nos
cárceres da Inquisição. Entre os portugueses condenados destaca-se: António
Enríquez Gómez (1600-1663), poeta, natural de Cuenca, filho de portugueses. Foi
um dos mais activos defensores da Independência de Portugal, em 1641, publica
Triunfo Lusitano. Primeiro foi queimado em estátua (13/4/1660) e
depois de descoberto, acabou por morrer preso nos cárceres da Inquisição de
Sevilha.
- Valentín Rodriguez Baéz, preso em
1662
- Luis Perez de Leon, médico. Preso
em Málaga a 27/8/1664.
- Manuel de la Pena, mercador e
negociante de tabacos. Preso em 1666.
- Diego Morales, preso em 1674 (?)
- Juan António de Medina, natural de
Lisboa, administrador da renda do sal de Utrera.
- Enrique Jorge Acosta
- Diogo Henriques, natural de Faro.
Médico e presbitero, seguidor de Miguel de Molinos, preso a 22/8/1687.
- Rafael de Silva y Monteiro,
barbeiro. Foi preso em 1689.
- Gabriel de Anabia (Anadia?),
natural de Lisboa, médico. Foi preso em Cádiz em 1693 (33)
- No dia 19 de Abril de 1699, um
grupo de 29 portugueses oriundos de Trás-os-Montes foram presos em Cádiz, e
entregues à Inquisição de Sevilha. Entre eles encontrava-se o célebre médico
Jacob Rodrigues Pereira.
Auto de Fé de 28/10/1703, no
qual foi queimado Diego López Duro, mercador, morador em Osuna.
O ano de 1709 foi marcado por uma
enorme repressão dos portugueses:
- Diego de Ávila foi preso com a sua
esposa Maria de Avila e as suas filhas Claudia e Juliana, incluindo o marido
desta - José Alvarado y Maldonado;
- Francisco Luis Diáz Espinosa
- Fernando de Saldanha
- António Fernandez Matos (29)
Entre 1718 e 1733, os portugueses
sofreram em Granada, Sevilha e Cordoba uma brutal repressão: 36 foram condenados
à morte em Granada, 14 em Sevilha e 17 em Córdoba, isto sem contar com aqueles
que sofreram outras penas ou morreram nos cárceres da Inquisição (39) .
Entre os muitos condenados
de origem portuguesa, contam-se:
- Juan Muñoz Peralta, médico
fundador da Sociedade de Medicina de Sevilha. Preso em 1724
- Diego Mateo Zapata (1644-1749),
filho de portugueses, médico. Foi preso em 1691 (Logronho) e em 1724.
A importante comunidade portuguesa
de Cádiz é dizimada na primeira metade do século XVIII (32).
2. Córdoba
Inquisição de Córdoba
(1482 -1834)
No final do século XVI, os
portugueses começam a ser alvo de uma sistemática repressão que se prolongará
até meados do século XVIII. O processo desencadeia-se em 1593, na sequência de
uma investigação inquisitorial. O municipio de Andujar, a 7/7/1600, toma um
conjunto de medidas especificas contra os comerciantes portugueses, procurando
incentivar atitudes xenofobas.
Auto de Fé de 1596 foram
condenados um grupo de portugueses presos em Antequera.
- Pedro Lorenzo Aguiar, natural de
Vila Real, preso em 1624.
Estudos recentes revelaram que só
entre 1625 e 1640, pelo menos 230 portugueses, na sua maioria comerciantes,
foram julgados pela Inquisição de Córdoba.
No Auto de Fé de 2/12/1625,
dos 45 condenados, 39 eram portugueses, entre eles estavam:
- Manuel Enríquez, natural de Vila
Flor, negociante, morador em Andujar.
- Violante Nunez, esposa de Manuel
Enríquez
- Valentim Fernandez, natural de "Riosus"
(Portugal), morador em Andujar.
- Marquesa Fernandez, esposa de Luis
Sanches, moradores em Andujar.
-
No Auto de Fé de 21/12/1627,
entre os 81 réus, contavam-se vários portugueses ou seus descendentes, entre
eles:
- Alonso Lopez da Acuña.
- Perea (Pereira) Machado, morador
em Andujar
- Diego Alvarez
- Susana, 16 anos.
- Maria Núnez, 13 anos.,
- Elena Correa, o seu marido Gaspar
Fernandez conseguiu fugir.
O Auto de Fé de 1629,
envolveu um vasto grupo de portugueses acusados de terem queimado um crucifixo.
O seu assassinato foi presenciado pelo rei de Espanha.
Em 1644, 19 portugueses de Sevilha e
7 de Cádiz, foram implicados num caso de judaísmo de outro português - Simón
Rodriguez Ángel, de apenas 15 anos. Era, filho de Artur Mendez, o mais rico
comerciante da última cidade. Como as prisões da Inquisição de Sevilha estavam
cheias, foram enviados para Córdoba (5), onde foram "julgados" e com outros
portugueses presos ou mortos.
Através de uma denúncia ficou-se a
saber que os portugueses, em 1647, tinham informadores no Tribunal da Inquisição
de Córdoba, que os avisavam das prisões que os inquisidores planeavam fazer
(35). Na sequência das investigações que então são feitas muitos portugueses são
presos.
O Auto de Fé de 1655, levou à
morte pelo menos 5 portugueses(17).
Em 1648 um galego apresenta-se
voluntariamente no tribunal para denunciar um grupo de portugueses.
Em todos os Autos de Fé eram
habitual serem condenados portugueses, como:
- Domingos de Chaves, capitão. Fora
já anteriormente preso em Saragoça. 1656
- Nuño Machuca, 1656
- Ana de Sosa, 1660
- Maria Luis, 1660
- Maria Álvarez, 1661.
O Auto de Fé de 29/9/1684 foi
marcado pela morte de muitos portugueses. O mesmo aconteceu nos Autos e Fé de
1723 e 1724.
Auto de Fé de 5/12/1745 foi
condenado a prisão perpétua Manuel de Acuña, natural de Lisboa, médico, morador
em Jaén.-
Com a sua mulher, foram os últimos portugueses a serem presos pela
Inquisição de Jaén. O motivo da condenação deveu-se a ter socorrido um outro
português moribundo, que segundo a Inquisição praticava judaísmo em segredo.
3. Granada
Inquisição de
Granada
(1526-1834)
A comunidade portuguesa,
sobretudo em Málaga, era muito numerosa no século XVI, aumentando durante a
tenebrosa União Ibérica (1580-1640). O número dos presos e mortos não tem parado
de aumentar à medida que se estudam os processos deste Tribunal.
Alguns portugueses vítimas da
Inquisição de Granada:
-
Hedor Méndez,
condenado em 1526.
- Francisco
Baez, alfaiate, morador em Marbella, preso em 1560.
- Juan Rodriguez, moradora em
Marbella, 1563
- Gaspar Soarez, preso em
1568
- Maria Luisa, negociante moradora
em Málaga, 1568 (duas pessoas com o mesmo nome e apelido?).
- Andrés Franco, morador em Málaga.
1570
- Catalina Méndez,
moradora em
Málaga,1571
- Isabel
Mendez, morta em 1572.
- Frade
portugues, residente em Archidona, preso em 1575.
- Catalina
Martim, casada com Hernan Martim, morador em Málaga. Presa em 1581.
- Manuel
Afonso, caseiro, morador em Ronda, preso em 1582.
- Salvador
Alfonso, natural da Guarda, morador de Archidona, 1585
- Gaspar
Romero, morador em Antequera, preso em 1589
- Pedro Alvarez, mercador, 1590
No Auto de
Fé de 1593, foram queimados em estátua Pedro Alvarez e a sua esposa Blanca
Sierra, moradores em Antequera.
- Antónia Enríquez, casada com
Hernando Rodriguez, morador em Málaga. 1594
- Antónia Enríquez, moradora em
Antequera, acusada de islamismo, presa em 1596
- Clara Lucena, casada com Simón
Lopez, moradores em Antequera. Acusada de islamismo, presa em 1596
- Ana Mendez, moradora em Antequera,
presa em 1596 acusada de islamismo.
- Isabel Mendez, moradora em
Antequera, 1597
- Gerónimo Fernandéz, preso em 1653.
No Auto de Fé de 1654 a quase
totalidade dos condenados eram portugueses.
O Auto de Fé de 1571, entre
os portugueses mortos contam-se: Catalina Mendez, natural de Mertola; Hernando
López, vizinho de Málaga e guardador do almoxarifado da mesma cidade.
No Auto de
Fé de 30/5/1672, dos 90 condenados 57 eram portugueses (3 mulheres mortas e
1 jovem de 19 anos).
Entre eles,
contam-se as irmãs: Isabel Mendes (morta) e Margarida Mendes, Leonor Rodrigues,
Mayor Nunez e Maria Blanca. O filho de Isabel - Esteban Mendez - foi preso.
No Auto de
Fé de 1673 são mortos Pedro Alvarez, natural de Vinhais e Blanca Nunez,
entre outros..
O ano de 1678
ficou marcado por uma feroz perseguição aos portugueses. Foram presos, entre
outros: Manuel Garcia e mulher (Juana Marin); António Garcia (desc.); Blasco
Pereira, natural de Vila Flor; Juan López Pinto, natural de Vila Flor;
Cristobal, detido em Málaga; Fernando e Beatriz de Acosta, etc.
- Albin Lopez,
vizinho de Coin. Morreu nos cárceres desta inquisição (1679?)
- Juan de
España Sotomayor (ou Pedro Prieto), vizinho de Málaga. Morreu nos cárceres desta
inquisição (1679?)
No Auto de
Fé de 1680 foram condenados 58 portugueses ou seus descendentes.
5. Jaén
Inquisição de Jaén
A comunidade portuguesa era muito
importante nos séculos XVI e XVII, dedicando-se a múltiplas actividades:
medicina, comércio, gestão de rendas, etc (53). A maioria eram oriundos de Vila
Flor, Vila Real e Almeida.
Na primeira metade do século
XVII, os portugueses constituíram uma importante comunidade em Baeza, que
adoptou práticas judaicas (12), que será alvo de um brutal repressão..
6. Múrcia
Inquisição de Múrcia
Desde finais do século XVI que
existia em Murcia uma importante comunidade de portugueses, ligados sobretudo à
produção e comércio de sedas (52). Em Cartagena dedicavam-se ao comércio,
tráfico de lã, tecidos e trigo.
No século XVII dedicou-se a
perseguir portugueses, depois de ter assassinado os mouriscos. Estes
inquisidores perseguiram os portugueses de Orán.
A maioria foi exterminada
na segunda metade do século XVII.
Alguns portugueses vítimas da
Inquisição de Múrcia:
- Juan Fernandez. Morador em
Cartagena em 1632. Dizia que era "Jesus Cristo, redentor" e todas as mulheres
lhe pertenciam. Foi acusado de fornicação.
- Rodrigo Nunez Enrique, preso em
1660.
- Francisco e Manuel Enrique, presos
a 6/6/1678. Fora também presos muitos outros seus familiares.
Auto de Fé de 20/5/1563,
condenados portugueses: Juan Ribero, natural de Viseu. Morador em Madrid;
Alfonso Rodriguez,
comerciante de lenços, morador em Múrcia, etc.
- Guiomar Enriquez, e seus filhos
foram presos em 1678
-
A família Acosta, ligada ao comércio
de seda, entre 1681 e 1682 viu cerca de 100 dos seus membros serem presos pela
Inquisição (52).
- Diego Fernandez de Silva, com a
esposa - Isabel Rodriguez, foram presos em 1682.
- Francisco Zapata e a sua esposa,
clara de marcado, presos em 1689 ( 1679?)
- Diego Rodriguez Núnez,
- Catalina Nunez, foi queimada em
estátua,1696.
Na primeira metade do século
XVIII, os inquisidores espanhóis, como os de Múrcia estavam apostados em
destruírem os últimos "redutos" (48) de portugueses ou seus descendentes em
Espanha. Famílias inteiras são presas. As perseguições, prisões e condenações
sucedem-se:
- Gaspar López Rubio,
cirurgião. Preso em 1715
- Manuel Rubio, médico.
Preso em 1715
- José Lopez Rubio,
sangrador. Preso em 1715.
- Simón Lopez Rubio,
cirurgião
- Catalina Nunez, esposa de
Sauca (Pastrana).
- Ana Lopez, presa em 1718.
Era casada com Melchior Melo
- Francisco Melo, morador em
Orihuela. Preso em 1720. Os inquisidores afirmam que o mesmo se dizia
publicamente portugues.
- Clara Anhés, "Portuguesa"
"Cristã velha".
- Jorge Rodriguez, morador
em Tutança. Preso em 1721.
- Inês Alvarez Pereira,
preso a 23/5/1722.
- Jerónimo de Melo, preso em
1723.
Carlos Fontes
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