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China - Portugal

Jorge Álvares, em 1513, terá sido o primeiro português a pisar território chinês ( Tong-men, perto de Cantão). A partir daqui foram muitos milhares os que o fizeram aos longo dos séculos.

 

Séc. XVI. Depois da primeira expedição à China, Simão de Andrade comanda uma outra 1519, construindo uma fortaleza em Tamão. Os portugueses manifestam a firme intenção de se estabelecerem na China. O Imperador Chinês, temendo as consequências que daqui pudessem resultar, proibe o comércio com os os portugueses.

 

Apesar das proibições o comércio não parou de crescer e com ele a pirataria. Os chineses mostram-se incapazes de fazerem frente a estes ataques. O auxílio que lhes é então prestado pelos portugueses acaba por alterar a posição do Imperador. Em 1557, as autoridades de Cantão estabelecem com os portugueses um acordo: em troca da defesa das suas costas pela marinha portuguesa, podiam estabelecer-se na China, onde fundam a cidade de Macau,  que rapidamente se tornou na principal porta entre o Ocidente e a China. 

 

Ao longo do século um número incontável de mercadores, missionários ou simples aventureiros portugueses percorrem toda a China, relatando um mundo fantástico que maravilha os europeus do tempo. Um dos relatos mais impressionantes foi o de Fernão Mendes Pinto (Peregrinação). 

 

Navegadores portugueses alcançaram a ilha de Taiwan em 1544, batizando-a de Ilha Formosa. Era um ilha habitada por piratas que resistiu durante muito tempo à colonização, inclusivé dos próprios chineses.

Século XVII. Os portugueses de Macau recusam aceitar o domínio de Portugal pela Espanha (1580-1640). A sua fidelidade a Portugal é saudada por D. João IV.

Explorada a costa, os portugueses começam a realizar expedições terrestres: A partir de Goa (India) vão até à China por vários caminhos. Os missionários católicos estabelecem-se cada vez mais pelo interior do continente.

Século XVIII. Início das relações diplomáticas entre os dois países. Os portugueses trazem para a Europa grandes quantidades de artigos chineses, que se tornam muito populares. 

Século XIX. A China entra num período de decadência, o que é aproveitado pela marinha de guerra inglesa para lhes impôr a abertura dos seus portos, assim como a compra de Ópio. Os chineses são obrigados a ceder, e em 1841, tem que a aceitar também a instalação dos ingleses em Hong Kong, a 60 km de Macau. Estas acções inglesas alteraram profundamente a relação dos chineses com os europeus. Macau deixa de ser o principal entreposto entre a Europa e a China.

Século XX. A implantação de um regime comunista na China (1950), afecta profundamente as relações entre os dois países. Portugal não reconhece a República Popular da China, mas em contrapartida estabelece relações diplomáticas com a República da Formosa. Os chineses e portugueses radicados em Macau em neste período um papel muito importante como mediadores. 

Durante as guerras nas colónias portuguesas em África (1961-1974), a China apoia financeira e militarmente vários movimentos de guerrilheiros (Frelimo, UNITA, PAIGC). 

Nos anos 60 e 70 desenvolve-se em Portugal, um activo movimento maoista que não apenas luta contra a ditadura, mas apoia e divulga a Revolução Cultural de Mao Tse Tung  (1965-1976) e as posições chineses no mundo. Na própria China, portugueses participam na preparação destas acções de propaganda e na própria Revolução Cultural. 

Após o 25 de Abril de 1974, Portugal rompe as suas relações diplomáticas com a República Formosa (Taiwan) e estabelece relações com a República Popular da China (Fevereiro de 1979). Macau, em 1999, volta de novo a ser integrada na China, mantendo contudo uma ligação especial com Portugal.

 Arte Luso-Chinesa

 

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Carlos Fontes

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