Director: Carlos Fontes

 

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Equador (Ecuador) - Portugal

A presença de portugueses na região do actual Equador data do início da conquista espanhola, onde participam activamente na conquista do "Império Inca".  João Fernandes, por exemplo, como almirante da frota de Pedro Alvarado (1534) foi à costa do Equador, tendo subido até Quito.

Exploradores do Amazonas

A partir de Quito iniciam a exploração de oeste para leste do Amazonas.

Diogo Gomes, navegador português, acompanhado por uma mercador espanhol, em 1538, realizou a primeira viagem entre Quito e o Maranhão.

A conhecida expedição de Francisco de Orellane, em 1541, a partir de Quito desceu o Maranhão até ao "mar do Norte", contou com pelo menos dois portugueses: António Fernandes  e Fernando Gonçalves. 

A longo do século XVI os portugueses realizam expedições sistemáticas no Rio Amazonas e seus afluentes, implantando povoações  e fortes no seu interior. Eram contínuas as entradas de portugueses em Quito, vindos do Amazonas, disso se queixam o jesuítas espanhóis desde finais do século XVI. 

A expedição em sentido contrário do Maranhão até Quito, foi realizada por portugueses sob o comando de Pedro Teixeira, entre 1637-1639, que fundou no Equador uma cidade: Franciscana.

Comerciantes

Os portugueses em finais do século XVI eram já os grandes comerciantes de cidades Quito e Cuenca, tendo igualmente um lugar predominante no tráfico de escravos para esta região. Muitos fixaram-se nas regiões mais interiores montanhosas e inacessíveis do Equador fugidos à Inquisição de Lima.  

Artistas. Leonis Delgado, chegou a Quito, em 1546, como militar, mas logo se estabeleceu como ourives e prateiro, arte que dominava como nenhum outro em Quito. A 31/1/1571 foi nomeado pelo Vice-Rei Cañate, "platero, fundidor e ensaidor" da cidade de Quito, cargo que desempenhou durante vinte anos. 

Quito. Os portugueses estão presentes desde a primeira hora em Quito.O conhecido convento de S. Francisco, teve um português (Frei António Rodrigues) como porteiro durante 30 anos ! O pintor Miguel Santiago deixou-nos o seu retrato na portaria. 

Cuenca. A elite da cidade ligada ao comércio, reclamou durante séculos a sua origem portuguesa.

Esmeralda. Esta região costeira do norte, a zona rica em esmeraldas, foi durante muito tempo inacessível pelo mar. A descoberta, em 1606, da saída para o mar deveu-se a um português - Fernando Gonçalves de Saa (Hernán Gonzalvez de Sáa) e a espanhol.

Limites geográficos

O núcleo histórico que deu origem ao actual Equador, foi estabelecido pela Corte Espanhola, quando em 1563 criou a Real Audiência de Quito, cujos limites geográficos eram uma completa ficção: a  oeste começavam no Oceano Pacífico e a Leste, entravam pelo Brasil até ao Oceano Atlântico seguindo o curso do Rio Amazonas.

Os portugueses nunca aceitaram tais limites, pois os mesmos constituíam uma clara intromissão espanhola nos seus domínios. A reacção não se fez esperar e de forma sistemática foram-se apoderando de todo o curso do Amazonas aproximando-se o mais possível da cordilheira dos Andes.

No inicio do século XVIII já ocupavam todo o Rio Yapurá e curso médio do Rio Negro. Uma rede de poderosos fortes garantiam a sua presença em todo o Amazonas.

Descendentes

Entre os ilustres descendentes de portugueses, destaca-se o pintor Joaquín Pinto (Quito,1842-1906), filho do português José Pinto Vademouros. Procurou como ninguém registar em centenas de quadros  o espírito do povo do Equador: paisagens, costumes, tradições, gastronomia, objectos, pessoas, etc. Foi o primeiro a retratar o indio.  

Exploração de Borracha (Caucho) no Amazonas

Face à A longa experiência dos portugueses na selva amazónica, é natural que estivessem envolvidos na sua exploração no Brasil, Perú, Equador e outros países amazónicos. No Equador, encontramo-los, em 1891, em locais como Puca Barranco. 

Um português - José Maria Mourão (José María Mouron) -, em 1893, aparece envolvido num acontecimento de profunda repercussão no Equador e no Perú. 

Mourão era então oficial do Perú, encarregado de inspeccionar o Rio del Napo. Acontece que os equatorianos assassinaram o seu irmão, também português, quanto este extraía borracha no afluente do Rio Tambor Yaco. Mourão tratou de assaltar a fazenda do alegado governador local em Curarayo. O Equador viu nesta acção uma tentativa do Peru anexar parte do seu território, afirmando que Mourão estaria a construir um forte, para se apoderar da região. 

Carlos Fontes

 

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