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Caravela. Navio português (séc.XV) 

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Turquia - Portugal

O Império Otomano entre fins do século XV e o início do século XIX, esteve quase sempre em guerra com Portugal no Mediterrêneo e no Oriente. 

No Mediterrâneo, os turcos tornaram-se numa enorme ameaça quando conquistaram todo o Norte de África até Marrocos e expulsaram em 1522 da Ilha de Rodes, os Cavaleiros de S. João (Ordem dos Hospitalários). A correlação de forças no Mediterrâneo foi então abalada, pois nada os parecia deter. Entre as várias expedições que os portugueses participaram contra os "turcos" destacam-se as seguintes:

- Em 1481 era organizada foi uma armada comandada pelo Bispo de Évora, D. Garcia de Meneses, toma aos turcos Otranto em Itália. 

-  Em 1535 expedição composta por 23 navios comandados por António Saldanha, para ajudar Carlos V a conquistar Tunes. Em 1538, nova expedição para reconquistar Tunes. Nova expedição em 1541 para conquistar Argel.

- Em 1715, os turcos apoderaram-se das últimas ilhas que Veneza ainda detinha no mar Egeu. Pedem auxílio, mas só Portugal se prontificou a ajudá-los. D. João V enviou Julho de 1716 uma esquadra, mas não chegaram a combater porque entretanto os turcos fugiram de Corfu que estavam a atacar.

- Em 1716 é de novo pedido auxílio a Portugal, pois Veneza estava a ser atacada pelos turcos. Em Abril de 1717 parte para Itália uma nova armada, onde virá a participar na célebre batalha do cabo de Matapão, tendo os turcos mais uma vez retirado.

No Oriente, a mais importante de todas as batalhas foi a batalha naval de Diu (1509), em que uma esquadra  portuguesa derrotou uma frota conjunta do Sultanato Burji do Egipto, Império Otomano, Calecute e o Sultão de Gujarat.O poder dos Turcos Otomanos nos mares da Índia saiu da mesma profundamente enfraquecido..

Comunidade de Judeus Portugueses. Apesar deste passado repleto de conflitos, o Império Otomano no século XVI e XVIII acolheu de forma tolerante milhares de portugueses vítimas da intolerância dos católicos. 

No vasto Império Otomano da época estabeleceram-se em várias das suas cidades, onde criaram  importantes comunidades:Tripoli (Líbia), Salónica (Grécia), Chipre, Damasco (Síria), Constantinopla (Istambul, Turquia), Drubrovnik (Rugosa, Croácia), Jesusalém (Israel/Palestina) e Safed (Israel). 

Em 1544, D. João III é informado que um barco cheio de portugueses haviam desembarcado em Drubrovnik (Rugosa). Nos anos que se seguiram outros cristãos-novos continuaram a afluir a esta cidade. 

Em Jerusalém, em 1563, viviam cerca de 200 familias judias, das quais 30 eram portuguesas (cfr. Frei Pantaleão de Aveiro - Itinerários à Terra Santa). Em Safed, na mesma altura, viviam 400 portugueses. Ainda hoje é possivel encontrar testemunhos da sua presença ao longo dos séculos.

Ainda no mediaterrâneo, Frei Pantaleão afirma que viviam cerca de 2000 portugueses em Triploli, muitos outros em Chipre e Damasco.

Até aos nossos dias, em algumas destas comunidades, continuaram a usar o rito português e a falarem a língua dos seus antepassados, o ladino.

Século XIX / XX. As Invasões francesas (1807-1814) provocaram o impensável: uma aliança de Portugal com a Turquia contra dois inimigos comuns: os franceses e os espanhóis.

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  Carlos Fontes

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