Director: Carlos Fontes

 

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Comunidades Portuguesas no Mundo

Milhões de portugueses (exploradores, marinheiros ou simples emigrantes) ao longo dos séculos tem percorrido o mundo, estabelecendo-se nos seus lugares mais recônditos. Descubra um pouco desta história fantástica de um povo que fez do mundo a sua pátria de eleição.

 

 

Caravela. Navio português (séc.XV) 

Uma Viagem pelo Mundo em Português

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Paraguai (Paraguay) - Portugal

No principio do século XVI, divulga-se a lenda do "El Dorado", segundo a qual junto às nascentes dos grandes rios que desaguavam no Atlântico, existiam fabulosas minas de ouro e prata. Gonçalo Coelho, em 1502, chegou a um desses rios - o Rio da Prata (nome português) entre a Argentina e o Uruguai. A partir daqui sucederam-se as tentativas para o explorar e atingir as suas nascentes.   

Foi nestas andanças que outro português Aleixo Garcia, em 1525, chegou ao Paraguai, e com a ajuda dos indíos guaranis, atingiu a actual Bolívia, tendo confirmado a existência de enormes riquezas. Estava assim aberta a chamada Rota da Prata que ligava Buenos Aires a Potosi (Bolívia).

Os portugueses procuraram apoderar-se desta região, e estão ligados a muitos episódios históricos deste país.

Asunción

A fundação da actual capital do Paraguai, em 1537, tinha como objectivo criar uma defesa contra a expansão dos portugueses ao longo da Rota da Prata.

Gado

A criação de gado no Paraguai, foi introduzida elos portugueses em 1555, procedentes da Capitania de São Vicente, tornando-se numa das principais actividades do país. 

Missões - República de Guarani

A partir do inicio do século XVII, os jesuítas começaram a criar no sudeste do Paraguai, missões para acolherem os indios, formando uma vasta comunidade com cerca de 100 mil pessoas, transformando-se progressivamente no que virá a ser conhecido por "Republica dos Guarani".  Entre as mais importantes missões destacam-se a Santíssima Trindade do Paraná (1706) e de Jesus de Tavarangue (1685), perto da cidade de Encarnacion.. 

Estas missões, cerca de 33, ocupando uma área de mais de 400 mil  km2, eram apoiadas pela corte espanhola, pois viu nelas uma forma de conter a expansão portuguesa para sul .

Os portugueses nunca desistiram de ocupar estes territórios. Caçadores de escravos como Antonio Raposo Tabanes, por exemplo, num destes ataques entre 1618-30, destroem as missões de Encarnación, San Pablo e San Francisco Javier, fazendo dezenas de milhares de prisioneiros guaranis. Em 1639, os jesuítas obtém da Corte Espanhola autorização para formarem uma exercito de guaranis, que consegue um importante êxito ao derrotarem os portugueses em Caazapaguarú (1639). Em 1641 são os tupies, armados pelos jesuitas que vencem os portugueses em Mbororé.

Em meados do século XVIII, a Espanha começou a encarar estas missões com desconfiança, não tardando a aliarem-se aos portugueses para as combaterem. Estes viam nelas um dos grandes  obstáculos à expansão do Brasil. Em Janeiro de 1756, 1700 espanhóis e 1600 portugueses, invadiram as Missões, vencendo a frágil resistência dos Guarani. 

Portugal, criou desta forma condições para a posterior expansão do Brasil na região.

Os jesuítas passam a ser encarados como inimigos dos interesses de Portugal. Marques de Pombal, em 1759, expulsa-os de Portugal e colónias.

Independência

A Independência do Paraguai, em 1811, envolve directamente Portugal. Neste ano, Diogo de Sousa, capitão general de Rio Grande do Sul (Brasil), ao saber que se estava a preparar um movimento contra os espanhóis e que este não tinham qualquer capacidade de resposta, envia um tenente - José de Abreu - oferecer o apoio militar ao governador Velasco. Este aceita e autoriza os portugueses a ocuparem as Missões na margem esquerda do Paraná, acelerando a revolta pela independência do Paraguai e outras colónias espanholas.

Carlos Fontes

 

 

   

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