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Palestina - Portugal

A história de Portugal durante séculos esteve intimamente ligada à Palestina, na dupla perspectiva de reconquista cristã (Cruzadas) e regresso dos judeus a este território do médio Oriente. Não nos esqueçamos que no final do século XV, cerca de 10% da população portuguesa era judia. O que se tem passado neste território depois da 2ª. Guerra Mundial (1939-1945), nomeadamente as guerras israelo-arabes tem-se reflectido em Portugal.

  Cruzadas e Peregrinações.

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  Regresso dos Judeus à Palestina. A criação do Estado de Israel, em 1947, foi saudada pela comunidade judaica em Portugal, mas a Ditadura (1926-1974) não reconhece o novo Estado. A sua posição foi a de não hostilizar os países muçulmanos de forma a impedir que os mesmos pudessem apoiar os previsíveis movimentos de luta armada contra as suas colónias na Ásia e na África.  

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  Guerras israelo-arábes. As várias guerras entre os israelistas e os árabes, em torno da ocupação da Palestina tem tido várias repercussões em Portugal. A sua intervenção tem-se limitado à cedência da Base das Lajes nos Açores, ao abrigo de uma Aliança que mantém com os EUA.

Embora a Ditadura não tivesse relações diplomáticas com Israel, em 1973 cedeu a Base das Lajes para abastecer de armanento as tropas israelitas. Uma acção que se revelou decisiva para os israelitas vencerem a guerra (Guerra do Yom Kippur), mas que fez entrar Portugal na lista dos países que sofrerem um boicote petrolífero dos árabes.

Depois do 25 de Abril de 1974, na chamada fase "revolucionária" (1974-1976) as posições políticas portuguesas foram de claro apoio à causa ao "povo palestianiano" e condenação da ocupação israelita.

Iasser Arafat (1929-2004), presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), vem pela primeira vez a Portugal, no verão de 1975, para participar em Lisboa num comício a favor da causa palestianiana. É aplaudido como um herói. Voltou em 1979, sendo então recebido oficialmente pela primeira-ministra da altura. Em 1993 está de novo em Portugal, sendo recebido por Mário Soares (Presidente da República).

A mudança da política portuguesa, ocorreu em 1977, quando Portugal reconhece o Estado de Israel (12/5/1977), adoptando a partir daí uma posição mais prudente sobre o conflito que opõe israelistas contra palestinianos. 

Desde que passou a integrar a CEE/UE (1986), a sua politica para a Palestina é cada vez mais concertada com os restantes membros da UE. 

Atentados. Portugal não tem passado ao lado dos mortíferos atentados contra israelitas e palestinianos:

No dia 13 de Novembro de 1979, ocorreu em Lisboa um brutal atentado contra a vida do embaixador israelita (Ephraim Eldar), tendo morrido três pessoas: o guarda e o motorista do embaixador, e um agente da polícia portuguesa. 

No dia 10 de Abril de 1983, no Congresso da Internacional Socialista, em Montechoro (Albufeira), o representante da OLP (Issan Sartawi) é assassinado pelo grupo de Abu Nidal. 

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  Carlos Fontes

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