Director: Carlos Fontes

 

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Tráfico de Droga na Guiné-Bissau

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Desde a Guerra Civil de 1998-1999 que a Guiné-Bissau se tem vindo a ser dominada pelos cartéis da droga (cocaina) da América Latina, em especial pelos colombianos. 

 

O Brasil é a primeira grande escala da cocaina andiana. O chamado Brazilian Connection (conexão brasileira) está a utilizar a Guiné-Bissau e Cabo Verde como «placas giratórias» para fazer entrar a droga na Europa. Recorde-se quer mais de metade da cocaína apreendida no ocidente da África passou pelo Brasil (ONU, Junho de 2007).

 

A entrada da droga na Guiné-Bissau está muito facilitada devido à inexistência de uma  fiscalização das suas costas marítimas e ausência de controlo das suas pistas de aviação. Cabo Verde pediu apoio a Portugal para vigiar as suas costas (corveta portuguesa “Baptista de Andrade"), mas a Guiné-Bissau nunca solicitou qualquer auxílio. A 

  

Foi apenas precisos dez anos para transformar a Guiné-Bissau no primeiro "narco-estado" de África (Público, 9/8/2007), funcionando como um distribuidor da cocaína proveniente da América do Sul pela União Europeia, Rússia, mas também para a África do Sul e o Médio Oriente. Este tráfico ameaça des-estabilizar toda a região. 

 

Há registos que a região já esteja a ser também utilizada por traficantes de heroina do Afganistão. Para este tráfico contribui o facto da maioria dos povos desta região serem muçulmanos.

 

A partir da Guiné-Bissau a distribuição da cocaina é depois feita utilizando navios pesqueiros ou portacontentores, pequenas lanchas, aviões privados ou "correios".

 

Portugal, devido às ligações históricas a este país está a ser ser alvo dos narcotraficantes. Um das manifestações mais visíveis deste tráfico tem sido o aumento do número de guineenses presos nos aeroportos portugueses por transportarem droga. Em 2004, por exemplo, foram detidos 42 cidadãos da Guiné-Bissau por tráfico de droga. Dois anos depois o número subiu para 77, um número apesar disso muito abaixo dos 352 cabo-verdianos, 113 angolanos, mas igual ao mesmo número de espanhóis e brasileiros.

A fragilidades extremas do estado guineense e a pobreza da sua população foram aproveitadas pelo barões da droga colombianos. A comunicação social tem passado a mensagem que altas figuras do Estado e militares, em especial a marinha de guerra estejam igualmente envolvidas neste negócio.

 

As suas principais bases dos traficantes estão situadas em Cufar (sul) e no arquipélago de Bolama Bijagos (sudoeste). Neste arquipélago, com 88 ilhas, os traficantes sul-americanos  possuem pistas de aviação, esconderijos e armazéns. As suas operações são realizadas frequentemente através de empresas ficticias sediadas na própria Guiné-Bissau.

 

Outros países da costa ocidental de África como a Guiné-Conakri, Senegal, Togo, Gana, Costa do Marfim, Gambia, Mauritania e Marrocos estão a ser dominados pelos grandes traficantes internacionais, com origem na América do Sul.

 

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