Navegando na Filosofia

Testes de Filosofia

 

Carlos Fontes

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Psicologia . Ensino Secundário

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Motivação

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Conceito de Motivação

 

Conjunto de forças internas  que mobilização o indivíduo para atingir um dado objectivo como resposta a um estado de necessidade, carência ou desequilíbrio.

A palavra motivação vem do latim movere , que significa "mover". A motivação é, então, aquilo que é susceptível de mover o indivíduo, de o levar a agir para atingir algo (o objectivo), e de lhe produzir um comportamento orientado.

 

Ciclo motivacional:  

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1. Necessidade. É o motivo, a razão de ser da acção. É provocada por um estado de desequilíbrio devido a uma carência ou privação (ex.falta de alimento no organismo).

 

2. Impulso ou pulsão. É a actividade desenvolvida pela necessidade ou motivo, isto é, a energia interna que impele o indivíduo a agir num dado sentido. (Ex.força que move o indivíduo para obter comida). 

 

3. Resposta. É a actividade desenvolvida e desencadeada pela pulsão para atingir algo. (ex.procurar comida). 

 

4. Incentivo. É o objectivo para o qual se orienta a acção. (Ex. ingerir o alimento). 

 

5. Saciedade. É a satisfação decorrente de se ter atingido o objectivo pretendido (depois de se ter ingerido o alimento, a fome desaparece).

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Este comportamento sequencial volta a repetir-se sempre que se repete a necessidade que o provoca.

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Tipos de Motivação

Não existe uma classificação para as motivações, mas várias. As motivações podem classificar-se em dois grandes grupos:  

 

1.Motivações fisiológicas (primárias, básicas, biológicas, orgânicas): as que estão ligadas à sobrevivência do organismo e não resultam de uma aprendizagem. Elas provocam no organismo certos impulsos para o restabelecimento do seu equilíbrio. Estas motivações encontram-se estreitamente ligadas com determinado estado interno do organismo. Exemplos: respiração, fome, sede, sexo, evitar o frio e o calor, sono, etc.  A homeostasia designa o mecanismo que regulação o equilíbrio interno do organismo.

2. Motivações sociais (secundárias, culturais): as que dependem essencialmente de aprendizagens, isto é, foram adquiridas no processo de socialização. Exemplos: Necessidade de convivência (afiliação), de reconhecimento, de êxito social, de segurança, etc. Este grupo pode ser subdividido, por exemplo, entre motivações sociais centradas no indivíduo e ou centradas na sociedade.

a) Centradas no indivíduo (auto-afirmação): desejo de segurança, de ser aceite, de pertencer a um grupo, de alcançar um estatuto social elevado, de enriquecer, etc.

b) Centradas na sociedade (independentes dos nossos interesses particulares): respeito pelo próximo, de solidariedade, de amizade, de amor, etc.      

Há que questione esta divisão das motivações, afirmando que todas elas têm um fundo comum: a busca do prazer, o único e verdadeiro motivo de todas as acções humanas. 

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  Frustração

Quando o indivíduo está motivado para atingir uma dado objectivo, e por um obstáculo qualquer não o consegue atingir, vive um estado de frustração. Este sentimento de  depende de muitos factores: personalidade do sujeito, idade, natureza da motivação, tipo de obstáculo, etc.

Reacções à frustração. Não existe uma reacção tipo para determinada frustração, as respostas às frustrações dependem de muito factores como acima aludimos. 

Comportamentos resultantes da frustração : 

1.Agressão (directa ou deslocada). Esta agressão denomina-se directa quando é dirigida contra a fonte que provocou a frustração, e deslocada se dirige para outras outras pessoas ou objectos. Ex. A criança agride o pai que a impede de brincar (agressão directa); A criança proibida de brincar, destrói os brinquedos com que o pai a impede de brincar (agressão deslocada);    

Ao longo do processo de socialização, o indivíduo aprende a lidar com as frustrações, inibindo, deslocando, dissimulando, ou compensando as suas manifestações de agressividade. Em situações extremas, o individuo pode dirigir as suas manifestações de agressividade deslocada para ele próprio (auto-agressão). 

2.Apatia (indiferença ou inactividade). Face a contínuas frustrações o individuo pode cair na reacção apática (indiferença perante a fonte da frustração).A pulsão motivadora do comportamento é reduzida ou eliminada.

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  Conflito

Estado de tensão que resulta de uma tensão interior vivida pelo sujeito quando se debate com motivações inconciliáveis.

Kurt Lewin classificou os conflitos em três grupos: 

1.Conflito aproximação/ aproximação. Decisão sobre duas coisas desejáveis, mas incompativeis. Ex.: Escolher entre uma festa e uma viagem; 

2. Conflito afastamento/ aproximação. Decisão sobre algo que comporta aspecto positivos, mas também negativos. Ex. Fazer uma viagem, mas ficar sem dinheiro. 

3.Conflito afastamento/ afastamento. Decisão sobre duas coisas igualmente desagradáveis, mas inevitáveis. Ex.: Para uma criança- comer a sopa ou ir para a cama; 

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  Teorias da Motivação

Principais teorias:

1. Teoria de Abraham Maslow. Este psicólogo, fundador da psicologia humanista, descreve o processo como o indivíduo passa das necessidades básicas, como alimentar-se, a necessidades superiores como as cognitivas ou estéticas. 

Maslow estabelece uma estrutura hierarquia das necessidades partindo da ideia que se não se satisfaz uma necessidade básica, torna-se impossível satisfazer outras de ordem superior.Se temos fome (necessidade fisiológica), por exemplo, somos incapazes de nos concentrarmos em actividades estéticas.Esta ideia aplica-a a todas as actividades da vida humana, afirmando também que todos os homens aspiram à auto-realização plena das suas potencialidades. 

Hierarquia das motivações (por ordem crescente): 

1. Necessidades fisiológicas (água, luz solar, alimento,oxigénio, sexo, alojamento);

2.Necessidades de segurança (estar livre do medo e das ameaças, de não depender de ninguém, de autonomia, de não estar abandonado, de protecção, de confidencialidade, de intinidade, de viver num ambiente equilibrado); 

3.Necessidades de afecto ou de pertença (afiliação, afecto, companheirismo, relações interpesssoais, conforto, comunicação, dar e receber amor);

4.Necessidades de prestígio e estima social (respeito pela própria dignidade pessoal, elogio merecido, auto-estima, individualidade, identidade sexual, identidade sexual, reconhecimento); 

5. Necessidades de auto-realização e criatividade (auto-expressão, utilidade, criatividade, produção, diversão e ócio);

6.Cognitivas e de curiosidade, de conhecer o mundo (saber, inteligência, estudo, compreensão, estimulação, valia pessoal);

7.Estéticas (realização de possibilidades, autonomia pessoal, ordem, beleza, intimidade, verdade, objectivos espirituais). 

2.Teoria Psicanalíticas. O comportamento do indivíduo é motivado por uma energia libidinal, que se manifesta sob a forma de pulsões. A satisfação desta pulsões diminuem a tensão no indivíduo, mas também produzem prazer.Nem sempre esta satisfação se revela aceitável, o que origina frustrações e conflitos. 

A fim de evitar as frustrações e os conflitos, e tendo em vista diminuir a tensão interna, os mecanismos de controlo do ego (Eu), recorrem a várias estratégias para a controlarem estas tensões e obterem alguma satisfação das pulsões Na maior parte tratam-se de respostas elaboradas pelo inconsciente, sem que o individuo se dê conta disso. 

Principais mecanismo de defesa do ego :

- Recalcamento : Processo de esquecimento inconsciente de lembranças desagradáveis. Os desejos e sentimentos inaceitáveis são mantidos no inconsciente. 

- Repressão: Processo voluntário e consciente pelo qual o indivíduo esquece ou repele da consciência lembranças desagradáveis.

- Regressão: Retorno do indivíduo a formas de comportamento próprias de uma idade inferior à sua, nomeadamente a aquelas em que se sentia seguro e confiante.

- Projecção: Os desejos próprios são atribuídos a outras pessoas. O individuo atribui a outros desejos que são seus.

- Identificação. Adopção de comportamentos daqueles que nos impressionam e se nos impõe como modelos de comportamento. 

- Sublimação: Substituição do objectivo da pulsão  por outro socialmente aceite e estimável. Deste modo o desejo é satisfeito de modo indirecto.

- Racionalização: Justificação, à posteriori, com o intuito de evitar sentimentos de inferioridade que ponham em risco a auto-estima.

- Compensação:  Realização de actividades inferiores para compensar outras tidas como superiores, mas face às mesmas o indivíduo manifesta medos ou assume certas incapacidades para a sua realização. 

- Transferência: Mudança de um objecto proibido das pulsões para outro, relacionado com aquele, mas socialmente aceitável e socialmente aceitável.

- Fantasia

 
Carlos Fontes
 

Para nos contactarcarlos.fontes@sapo.pt

 

 






 

  
 

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