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Testes de Filosofia

Carlos Fontes

Psicologia . Ensino Secundário

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Inteligência

 

 
   

Pensamento e Inteligência

Não existe consenso sobre a distinção entre pensamento e inteligência. O conceito de pensamento é, em geral, mais amplo e pressupõe uma capacidade de compreensão maior do que a inteligência. 

1. Pensamento

Wundt, um dos criadores da psicologia cientifica, explicava o pensamento como um processo de associações mecânicas (relações de factos, sem conexões de sentido).

A escola de Wurzburgo (Oswald Kulpe e outros), no princípio do século XX rompeu com esta concepção, ao demonstrar que o pensamento é sobretudo uma apreensão de relações de sentido

Os psicólogos gestaltistas, por sua vez, procuraram demonstrar que o pensamento é um processo de estruturação e mudança de estruturação  dentro de grandes totalidades.  

Entende-se por pensamento, em sentido lato, todo o fenómeno mental. Em sentido específico, a resolução de problemas, com base na compreensão de uma dada situação. O pensamento ultrapassa a dimensão empírica dos fenómenos, elabora conceitos, formula juízos e raciocínios  e teorias de forma criativa.

Neste sentido, os estudos sobre o pensamento tem incidido sobre os seguintes aspectos:

- Representações mentais. Elementos básicos do pensamento, constituídos por sinais e os símbolos que representam qualquer coisa. Podem ser analógicas (imagens, mapas mentais, etc)  ou simbólicas (conceitos, proposições, etc)).

- Tipos de raciocínios: analógicos, dedutivos e indutivos.

- Resolução de Problemas (Pensamento criativo ).

2. Inteligência

A inteligência recebe, organiza e interpreta os dados sensoriais, formando uma redes de significações com as quais ordenamos e nos adaptamos ao mundo. 

No inicio do século XX procurou-se definir a especificidade da inteligência. William Stern (1871-1938) e Edouard Claparède (1873-1940) definiram-na como a capacidade de resolver novas tarefas e dominar novos problemas. Edward Torndike (1874-1949) defendeu, por sua vez, a concepção era essencialmente uma capacidade de aprendizagem, que consistia em utilizar experiências anteriores para a resolução de problemas. Desde então, como veremos, muitas outras concepções surgiram. 

Podemos defini-la como a capacidade de adaptação ao meio, que nos permite aprender com as experiências e resolver os problemas práticos ou abstractos que enfrentamos.

3. Inteligência ou inteligências

A inteligência é um factor único ou é constituído por múltiplas componentes? Esta foi uma questão que provocou o aparecimento de várias teorias explicativas sobre a inteligência.   

3.1. Teoria de Charles Spearman (1863-1945). Concebeu a inteligência como uma capacidade única - o célebre factor g -, que se manifestava em diferentes áreas ou competências. O factor g estava subjacente à capacidade intelectual dos sujeitos, podendo ser medido através dos testes de inteligência (Q.I.).  Uma pessoa tende a manifestar o mesmo grau de inteligência em todas as áreas. 

3.2. Teoria de L. L. Thurstone (1887-1955). Rompe com as concepções anteriores, defendendo que a inteligência era composta 7 capacidades ou aptidões mentais básicas, relativamente independentes ente si: 

- Compreensão Verbal, Memória, Raciocínio, Rapidez de Percepção, Fluência Verbal, Aptidão Numérica, Relações espaciais. 

Cada uma era responsável por uma dada aptidão, cujo desempenho podia ser medido através de testes adequados. Segundo esta teoria, uma pessoa pode revelar elevados níveis de desempenhos num aptidão, e muito baixos em outra. 

3.3. Teoria de Raymond Bernard Cattell (1905-1998). Defende a existência de dois tipos de inteligência: 

a) Inteligência fluída. Capacidade para resolver problemas novos, sem recurso a conhecimentos já adquiridos. Reflecte a capacidade de raciocínio, de memória e de processamento da informação.

b) Inteligência cristalizada. Capacidade para usar habilidades, conhecimentos e experiências adquiridas para a resolução de problemas. 

3.4. Teoria de Robert Sternberg (1949 - ). Partindo da abordagem cognitiva à inteligência, defendeu a teoria triárquica da inteligência:

a) aspecto componencial: componentes mentais envolvidas na análise da informação necessária à resolução de problemas;

b) aspecto experiencial: componente que envolve o recurso as experiências anteriores, nomeadamente para a resolução de problemas.

d) aspecto contextual: o modo como as pessoas lidam com as exigências quotidianas.

Sternberg ficou associado aos seus estudos sobre a "Inteligência prática".

3.5. Teoria de Howard Gardner (1943 - ). Demonstrou que a inteligência demonstrou ultrapassa as capacidades lógico-matemáticas, abrangendo várias componentes.

Em 1975 expôs pela primeira vez a sua teoria de inteligências múltiplas, a saber: 

- Lógico-matemática (capacidade para estabelecer relações entre objectos e abstracções, dominando os princípios básicos destas relações).  

- Linguística (capacidade de expressão verbal e escrita)

- Musical (capacidade de composição sonora de forma criativa)

- Espacial ( capacidade de apreensão e manipulação dos objectos no espaço)

- Corporal-cinestésica (capacidade de controlo, harmonização dos movimentos corporais, orientação e manipulação dos objectos) 

- Interpessoal  ( capacidade de interacção social e compreensão dos outros)

- Intrapessoal (capacidade de auto-conhecimento e de lidar com as emoções)

Cada uma destas inteligências é relativamente independente das outras, e todos os individuos as possuem.

3.6. Teoria de Daniel Goleman (1946 -).Na década de 90, às 7 inteligências de Gardner acrescentou mais duas:

- Inteligência Pictográfica (capacidade de expressão gráfica).

- Inteligência Naturalista (capacidade de se sentir como parte da natureza).

Ficou particularmente associado ao conceito de inteligência emocional: "...capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos." (Goleman, 1998)

4. Inteligência e Instrumentos de Medida. Escalas (Stanford-Binet, Wechsler). Limitações.

Alfred Binet e H. Simon, no princípio do século XX, construíram testes de inteligência destinados a medir as capacidades de um individuo, em tarefas como o calculo, atenção, compreensão, memória e outras.

Estes testes estavam organizados em função da idade dos indivíduos, permitindo desta forma determinar a sua idade mental, por comparação com o desempenho médio do grupo de indivíduos da mesma fase etária.

5. Factores da Inteligência

- Hereditariedade

- Meio

6. Inteligência e Criatividade

Em Construção !

Carlos Fontes

   
 

Para nos contactarcarlos.fontes@sapo.pt

 

 






 

  
 

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