Navegando na Filosofia - Carlos Fontes

Distingue os vários tipos de inferências mediatas

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Síntese da Matéria

Inferências Mediatas

 

 

1.As inferências mediatas são também designadas por raciocínios. Num raciocínio, como dissemos, relacionamos entre si proposições já conhecidas, tendo em vista extrairmos novas proposições (conclusões).

2. Podemos deste modo distinguir num raciocínio dois tipos de proposições:

a) As proposições das quais partimos ( o antecedente ou premissas).

b) A proposição final a que chegamos como consequência das relações expressas nas premissas ( a consequente ou conclusão).

Exemplo: Os vertebrados são animais (premissa)

               O javali é vertebrado (premissa)

               Logo, o javali é animal (conclusão).

3. As três formas mais comuns de raciocínios são a analogia, a indução e a dedução.

3.1. Analogia

Este tipo de raciocínio faz-se através de comparações. Partimos de semelhanças que observamos entre duas ou mais coisas de espécies diferentes para obtermos novas semelhanças entre elas.  As conclusões a que chegamos são mais ou menos prováveis quanto maior ou menor forem as semelhanças observadas.

Exemplos:

- Considerando as semelhanças anatómicas entre os homens e os animais, inferimos que a reacção de certos medicamentos são idênticas em ambos. Daí  usarmos os animais como cobaias para experimentar medicamentos destinados aos seres humanos.

- Ao observarmos que o Joaquim apresenta os mesmos sintomas da Maria, concluímos que ele tem a mesma doença.

3.2. Indução

Este tipo raciocínio desenvolve-se do particular para o geral. Trata-se de uma operação mental em que se parte da observação de um certo número de casos (antecedentes), e se infere uma explicação aplicável a todos os casos da mesma espécie (conclusão). As conclusões, como na analogia, são mais ou menos prováveis. 

A maioria das ciências experimentais recorre à indução. Repara que a experiência ou os casos particulares são o ponto de partida para se atingir um compreensão mais geral dos fenómenos.   

Exemplo:

Observações particulares:

- O ferro dilata com o calor; a prata dilata com o calor; o cobre dilata com o calor; O ouro dilata com o calor.

- O ferro, a prata, o cobre e o ouro são metais.

 Conclusão:

- Os metais dilatam com o calor.

3.3. Dedução

Neste tipo de raciocínio parte-se do geral para o particular. Parte-se das  causas para os efeitos, das leis para os factos, dos princípios para as suas consequências necessárias. Se aceitarmos a verdade das premissas de que partimos, somos logicamente obrigados a aceitar a verdade da conclusão, sob pena de nos contradizermos. Estas conclusões são pois necessárias (apodíticas).      

Exemplo:

- Os carbonos são corpos simples (premissa).

- Os carbonos são condutores de electricidade (premissa).

 - Logo, alguns corpos simples são condutores de electricidade (conclusão).

 Carlos Fontes

Carlos Fontes

 11º Ano - Programa de Filosofia 

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