Navegando na Filosofia. Carlos Fontes

 

Diógenes, o cínico

(404-323a.C.)

 

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Diógenes, o Cínico, pintura de Jean-Léon Gerôme (1860)

Diógenes é assinalado, em muitas histórias da filosofia, como o filósofo que desprezou ostensivamente os poderosos e as convenções sociais. Nasceu em Sínope. Foi discípulo de Antístenes (c.444-365 a.C.), fundador da filosofia cínica. Como todos os cínicos desprezava as ideias gerais e as convenções sociais, negando a possibilidade da própria ciência.

 Diógenes ficou associado a diversos episódios que exprimem as suas ideias éticas, as únicas a que dava verdadeira importância. A única forma de vida aceitável seria a conforme à natureza, tudo o mais não passava de vento.

Diógenes, pintura de John William Waterhouse

Conta-se que Alexandre da Macedónia, o grande imperador da antiguidade, ao encontrá-lo lhe teria perguntado o que mais desejava. Acontece que devido à posição em que se encontrava, Alexandre, fazia-lhe sombra. Diógenes, então olhando para o sol afirmou: "Não me tires o que não me podes dar!".

Noutra versão Alexandre perguntou-lhe se queria alguma coisa se ele queria alguma coisa. Diógenes disse-lhe: "Estou à procura dos ossos do teu pai, mas não consigo distingui-los dos de um escravo".

Diógenes, pintura de Thomas Cristian Wink

Levando ao extremo esta atitude de desprezo pelas convenções sociais,  Diógenes, tinha como casa um barril e vestia-se de trapos. Deambulava pela cidade com um lamparina acesa, mesmo de dia, afirmando a quem o interrogava que procurava "um verdadeiro homem".  Aquele que vivia de acordo com a natureza.

Vários episódios da sua vida tem servido de inspiração a muitos artistas para conceberem obras com uma forte mensagem moral e política. Mais

Carlos Fontes

Diógenes, pintura de J. H. W. Tischboin (1780)

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