A Instrução das meninas foi crescendo de importância ao longo de todo século XVIII, mas com particular destaque para o período de D. Maria I. O ensino feminino continuou a ser essencialmente doméstico.

1. A Companhia de Santa Ursula, dedicada ao ensino feminino,  fundou em 1753 (7), na vila de Pereira, nos arredores de Coimbra um colégio para recolhimento e ensino de meninas pobres. Recebiam educação cristã, instrução primária e "educação feminina" para que, as que se mostrassem bem suportadas pudessem vir a casar (8). Em 1777 funda o Real Colégio das Chagas de Viana, na foz do Lima, e em 1784 cria o conhecido Colégio Convento do Real Colégio das Chagas de Braga (2).

2.  O Instituto das Salesianas, a partir de de 1782, passou a ter um recolhimento para educação de donzelas nobres (9).

3. A Ordem da Visitação, em 1784, cria o Convento da Visitação de Santa Maria, no sítio da Junqueira (Lisboa), como recolhimento para a educação de meninas pobres (10), numa iniciativa do padre Theodoro de Almeida (oratoriano) (1).

4. A Casa de Educação das Meninas da Junqueira (Lisboa) surge em 1790, numa iniciativa do padre Joaquim José dos Santos.

5. No Porto, Frei Caetano Brandão, numa notável acção a que já fizemos referência, em 1798, abre 20 escolas para o ensino de meninas pobres (Recolhimento de Tamanca, freguesia de S.Lázaro, Sé, etc).

Outras instituições religiosas para raparigas seguiram-lhe o exemplo.

Em 1790 foi decido criar 18 escolas para alunas em Lisboa (11). Devido aos tempos turbulentos que então se viviam, nomeadamente invasões franco-espanholas (1801-1814), esta medida só foi possível concretizar em 1815 (12).